Nos quarenta não é só ternura.
Fernando Peres merece um prémio todos os anos, pela maneira de estar, pela forma como fala, pela visão que tem do desporto automóvel e também pela forma como conduz. Pode já não ser rápido como há dez anos atrás, há até quem diga que ele nunca o foi, o que é absurdo quando se fala de alguém que ganhou o título quatro vezes (!), de qualquer das maneiras para além dos títulos conseguiu algo que muitos almejam, uma estrutura que lhe permite fazer ao mais alto nível o que evidentemente lhe vêmos fazer com gosto, correr. É de facto meritório o que o dentista conseguiu reunir na equipa a que chamou Peres Competições e que lhe tem permitido correr pelo gozo de correr não só no continente como tb nos Açores. Certamente neste nível gostariam de estar outros quarentões igualmente rápidos, como Rui Madeira ou Adruzilo Lopes, mas só o Peres é que até agora teve arte para encontrar o caminho sempre tão obscuro como é o de sobreviver no mundo das corridas de automóvel em Portugal.