Não vão mais longe, porque não ir só até França

Mont-Blanc 2008
Uploaded by Vrakkainen

A FPAK prepara-se para mexer nas regras do Campeonato Português de Ralis. Se estão mesmo com vontade de o fazer então porque não ver o que se passa, por exemplo, em França em que uma prova de ralis permite ao público ver viaturas tão diversas como S2000, WRC, Kit-car, S1600, grupo N, VSH, GT e eu sei lá mais o quê. Uma coisa é certa sempre que se deslocam para ver uma prova de ralis é com a certeza de que vão ver carros com fartura e quase de certeza, porque tal é inerente à modalidade, muito espectáculo.

Fica aqui a sugestão e aliás para quê voltar a inventar a roda, se há tão bons exemplos que podemos adoptar.

Do que é que estávamos à espera?

Voltaram a aparecer notícias relativas à crise do lixo em Nápoles. Desde o início do ano que a situação se arrasta e o governo por várias vezes teve mesmo que enviar o exército para remover o lixo que atingiu tais proporções nas ruas da cidade, que esta ficou completamente bloqueada.

A crise do lixo em Nápoles ajudou-me a perceber o que é que se passou no Domingo à noite em Singapura, com a equipa de F1 da Ferrari.

A nossa desilusão vem do facto de para aí há dez anos que nos habituámos a ver a equipa vermelha ganhar tudo e a todos de forma inequívoca, nunca perdendo uma corrida por culpa própria, sendo que tal só acontecia quando os adversários eram muito melhores.

Uma união de esforços germânicos (M. Schumacher) e italianos nunca antes tinha dado grandes resultados, basta para tal ver o que sucedeu há cinquenta e tal anos atrás quando um italiano careca se aliou a um alemão de bigode ridículo. Desta vez, no entanto, havia dois factores que fariam com que a fórmula funcionasse como nunca antes, pois na scuderia transalpina estavam também um protagonista francês (Jean Todt) e um inglês (Ross Brawn), fazendo com que todas as grandes potências do velho continente se vissem representadas numa só equipa. Hoje em dia as coisas estão diferentes, os lugares de comando voltaram a pertencer somente a conterrâneos de Enzo Ferrari.

Não podemos assim ficar tristes com os resultados de uma equipa que é gerida por tipos que, no século XXI, ainda não sabem despejar o lixo.

Vale muito a pena a visita

Visitei hoje o blog de um visitante deste espaço motorizado e o mínimo que posso dizer é que fiquei impressionado com a qualidade do que por lá vi. Muito bom, excelente mesmo. Recomendo vivamente. Basta clicar aqui.

Volta GT Turbo, estás perdoado.

Ainda sou do tempo em que o 5 GT Turbo, só não era considerado um "serial killer" porque normalmente ficava irrecuperável após o primeiro acidente, não conseguindo reclamar a vitalidade a mais nenhum jovem condutor afoito e de origens endinheiradas. O silêncio era sepulcral à sua passagem, num misto de respeito e admiração, já que o condutor seguramente se dirigia para algum acidente trágico.

Carros como o GT-ti, o G40, o Turbo i.e., ou Swift GTI, eram todos aprendizes do GT Turbo, mas nem por isso menos fatais. É claro que na altura as histórias eram bestialmente empoladas e certamente que morria mais rapaziada devido à falta de travões, suspensão, pneus e qualquer outro elemento de segurança dinâmica, nas Casal Boss e XF17, artilhadas com os talheres lá de casa, do que propriamente em acidentes com os pequenos desportivos dos anos 80.

Havia no entanto uma regra velada pela sabedoria popular, que dizia que qualquer coisa daquele tamanho com mais de 100 cavalos, devia ter como equipamento de origem a extrema-unção.

Ao longo dos anos, fiz uns kms no GT Turbo, no Turbo i.e. e no G40 - todos já com o "charriot" desempenado por bastas vezes - não tendo verificado em nenhum deles o tal efeito de "morte súbita", era mais um sindrome tipo "roleta russa" que estava sempre presente. Curiosamente o que tinha pior fama, o francês, era o mais benevolente (talvez misericordioso seja o melhor adjectivo) de todos, mas mesmo assim só deveria ser vendido a quem tinha genes com apelidos como Vatanen, Kankkunen, Sainz, Loeb e por aí fora.

Hoje em dia os motores eléctricos de um dos "nossos" populares SUVs, que dão vida aos bancos, retrovisores, caixa de velocidades, travão de mão, faróis, à porta da mala, vidros, tecto de abrir, lava-faróis, etc, têm quase a mesma potência destes heróis da geração "rasca".

A escalada de potência só encontra paralelo no preço dos combustíveis e se há vinte anos atrás nos despedíamos da família sempre que entrávamos dentro de uma daquelas pequenas "bombas", hoje assistimos impávidos ao aparecimento de carros como este 500 Abarth SS, com 160cvs.

Longe de mim criticar o excesso de potência, é quase uma blasfémia por estes lados, mas há que ter sentido do ridículo e como tal, colocar 160cvs numa "lata" deste tamanho é como chamar alguém lá a casa para ligar a corrente trifásica à BIMBI.

Momentos de Antologia - Michel Fabrizio, Brno 2006

O Michel Fabrizio deve correr no próximo ano numa das Ducati 1098 oficiais, ao lado do Haga. Qualidades para tal não lhe faltam.

Caramulo ou Goodwood à portuguesa

Recebi belas fotos do Caramulo Motor Festival deste ano, que parece que foi mais um grande sucesso e que se está a tornar num verdadeiro "Goodwood Festival of Speed" à portuguesa.

Sempre espectacular Xaus

Por falar em Xaus, bela foto aos comandos da Ducati Hypermotard.

Superbike ao rubro

As duas corridas de hoje foram boas, como todas as outras no Campeonato do Mundo de Superbikes, mas se dentro da pista foi a emoção habitual, fora dela as coisas estão completamente ao rubro.

Para o ano o campeonato das SBK vai ter, pela primeira vez, mais equipas oficiais que as MotoGP, com as quatro habituais japonesas e a obrigatória Ducati a ganharem a companhia da Aprilia, da BMW e da KTM. Só falta mesmo a MV Augusta (agora que pertence ao gigante Harley Davidson) a Triumph e a Bimota juntarem-se também para termos um campeonato com todas as marcas que possuem motos com as características de Superbike.

Também a nível de orçamentos e desenvolvimento técnico, as coisas estão em completa ebulição. A KTM ainda disfarçou ao criar a sua Superbike a partir de uma moto supostamente com intuitos comerciais, já a BMW e a Aprilia, puseram a fasquia muito mais alta e parece que as suas motos com matrícula e piscas surgiram só para efeitos de homologação das máquinas de corrida.

Com tantas motos oficiais para serem conduzidas, o mercado de pilotos ficou igualmente ao rubro, com o Biaggi a assinar um contrato milionário com a Aprilia, a BMW a roubar o Xaus à Ducati e esta por sua vez a seduzir o Haga, homem estrela da Yamaha. Fica a expectativa em saber se também pela primeira vez conseguirá este campeonato, normalmente considerado secundário, roubar alguma das estrelas do MotoGP. Quanto a mim, julgo que é apenas uma questão de tempo.

Naturalmente bi-campeão

Não foi uma surpresa para ninguém a conquista do bi-campeonato por parte do Bruno Magalhães, era só uma questão de tempo.

Tanta certeza na vitória não se deve só ao estado anémico da concorrência. O campeonato foi ganho por um piloto e por uma equipa que têm potencial para ganhar não só aqui como também lá fora, contra os melhores desta categoria e este ano isso não aconteceu mais por uma questão de azar do que por outra coisa qualquer.

Parabéns ao Bruno e à Peugeot Portugal, indiscutívelmente os melhores.

Momentos de antologia - Colin McRae, left foot braking

Há uma infinidade de videos acerca do Colin, este pertence a uma série em que ele explica como é que fazia aqueles "milagres" com o carro. Até parece fácil.

Desenhado pelo Demo

Carros como o Auto Union Streamliner de 37, o Mustang Shelby GT 500 de 67, o Lotus 340R, o Lambo Countach, o Ferrari F40 ou o Alfa Romeo SZ, levaram-me sempre a suspeitar que por vezes o Diabo estagiava nos ateliers de design automóvel.

O lançamento do Mercedes SL65 AMG Black Series, deu-me a certeza de que tal acontece.

Este é o mais espectacular, brutal e impressionante Mercedes de sempre e há certamente algo de diabólico na sua génese.

Momentos de Antologia - Cobertura da TV neozelandesa

Este momento de antologia não está relacionado com a prestação do Latvala, o mérito aqui vai todo por inteiro para quem filmou esta classificativa desta maneira, do princípio ao fim, permitindo seguir na integridade a prestação do piloto. Só faltam mesmo uns tempos intermédios, em comparação aos adversários.

Quando vista assim, esta modalidade é a mais bela do desporto automóvel e só estranho não haver mais deste tipo de coberturas das provas de rali, porque se houvesse então não haveria provas com listas de inscritos miseráveis, como se irá verificar na próxima prova do Campeonato Português de Ralis.

Romain Grosjean ou o novo Lewis Hamilton?

2008
Uploaded by dm149

Compreendo que os jovens pilotos de hoje em dia tentem seguir as pisadas do Hamilton, mas o que o Grosjean fez é um pouco mais que seguir um exemplo, isto é uma fotocópia descarada do piloto inglês.

Primeiro corta a chicane, estilo Lewis em Spa, para logo a seguir fechar a porta vilipendiosamente ao Kobayashi, estilo Lewis vs Webber. O que é notável é que fez isto tudo para aí em 500 metros. Se este tipo continua assim, para o ano é contratado pelo Ron Dennis.

PS: ao contrário do Lewis, o Grosjean foi penalizado com um "drive-through"

Momentos de Antologia - McCoy, rei do drift

Já vi ao vivo, o McCoy ganhar uma corrida com este tipo de condução e a partir desse dia passou a ser um dos reis do drift, pelo menos para mim.

Momentos de Antologia - Melandri em power slide

Continuando com a senda de slides fumegantes, aqui fica um mais um, por sinal bem impressionante.

24 inscritos - Flagelo nos ralis nacionais

No próximo fim-de-semana há mais uma prova do CPR, na Marinha Grande com o Rali Centro de Portugal. O já tradicional rali da zona centro conta este ano, com uma lista de inscritos com apenas 24 nomes. Vinte quatro participantes na categoria maior dos ralis nacionais é algo de assustador, para quem gosta deste desporto.

Certamente que existem muitas razões, que desconheço, para esta situação paupérrima, mas quando hoje me disseram que o valor de inscrição, para um carro do troféu da Citroen, é de 1250 euros, fiquei pelo menos a conhecer uma delas.

O mais rápido

Há pilotos que tiram prazer na escolha de um pneu entre mil misturas possíveis, que se deleitam com a busca da utópica harmonia entre os três diferênciais do automóvel, que se maravilham com a miríade de dados fornecidos pela telemetria, tudo coisas que se fazem com o cronómetro parado.

Este piloto só queria mesmo conduzir da forma mais rápida possível, tudo o resto era pura perda de tempo. Era genuínamente rápido e viveu a demonstrá-lo a todos nós.

Momentos de Antologia - Randy Mamola a fumegar

Certamente que quando era miúdo o Hayden tinha como ídolo o Randy Mamola e os seus famosos slides fumegantes.

Momentos de Antologia - Nicky Hayden em Indianapolis 2008

No fim-de-semana em que se anunciou a contratação do Nicky Hayden para a equipa principal da Ducati, o piloto do americano brindou o seu público em Indianapolis com este belo slide.

Suponhamos

"Se tivesse continuado a chover poderia ter ganho a corrida." - foi mais ou menos isto que o Lewis Hamilton afirmou no final da corrida de Monza.

Se os restantes pilotos fizessem este tipo de declarações férteis em "suponhamos", tornavam as coisas bem mais imaginativas e engraçadas. Suponho que, no fnal do GP italiano teria sido mais ou menos assim:

"Se a pista tivesse secado mais cedo, poderia ter ganho a corrida" - Kimi Raikkonen supondo

"Se tivesse um companheiro de equipa que não me roubasse pontos, por esta altura já poderia ser campeão do Mundo." - Felipe Massa supondo

"Se no lar houvesse miúdas tão giras como no paddock, já me poderia ter reformado." - David Coulthard supondo

"Se o Hamilton não me tem fechado a porta quando o tentei ultrapassar, poderia ter ganho a corrida." - Mark Webber supondo

"Se o carro não tem tido problemas na volta de apresentação, poderia ter ganho a corrida" - Sebastien Bourdais supondo

"Se o Vettel não corresse, poderia ter ganho a corrida." - Heikki Kovalainen supondo

"Se como que por justiça divina as vitórias fossem sempre atribuídas ao melhor piloto de todos, tinha ganho a corrida." - Fernando Alonso supondo

"Se o Briatore não me mandasse sempre para a pista com uma cisterna às costas, poderia ter ganho a corrida" - Nelsinho Piquet supondo

"Se ao menos tivesse tanto sucesso com as miúdas como o Couthard, poderia ter uma justificação para ainda aqui andar." - Rubens Barrichelo supondo

"Se conseguir arranjar umas miúdas pode ser que pensem que sou o Couthard e não perguntem o que é que ando aqui a fazer." - Jenson Button supondo

"Se ainda corresse, poderia ter ganho a corrida." - Michael Schumacher supondo

"Se não tivesse vendido a equipa, a vitória tinha sido minha." - Giancarlo Minardi supondo

"Se convidar o Bernie para a minha próxima matiné com as miúdas, pode ser que ele me deixe ficar mais uns anos à frente da FIA." - Max Mosley supondo

"Se o Max não me convidar para a próxima matiné com as miúdas, pode não ficar nem mais um minuto à frente da FIA." - Bernie Ecclestone supondo

"Se tivermos que fazer uma matiné com o velho Max e aquele amigo da franja esquisita, pode ser que consigamos filmar mais um espectáculo de degradação humana." - as miúdas da matiné supondo

Ganharam os melhores

Muitas vezes vitórias de equipas e pilotos que não os habituais candidatos ao título, é fruto de alguma sorte ou obra do acaso. As condições de hoje na pista de Monza não eram propriamente normais, mas mesmo se não chovia há quase sessenta anos na corrida italiana, hoje choveu para todos e todos sabiam que seria uma corrida à chuva. Não foi um alteração repentina das condições, a corrida começou à chuva e toda a gente teve tempo para preparar a sua estratégia de prova.

O Vettel só largou a liderança quando foi às boxes e mesmo quando a pista começou a secar, obrigando a troca para pneus intermédios, nunca teve o seu lugar em risco. Foi o mais rápido, no molhado e no seco. A sua equipa soube preparar e gerir a sua prova, permitindo-lhe ganhar sem apelo nem agravo.

Para se ver o que é que o Toro Rosso do alemão andou, basta dizer que atrás dele ficou o Kovalainen num McLaren que nunca, em momento algum, incomodou o mais jovem vencedor de sempre.

Hoje a equipa italiana e o piloto alemão estiveram simplesmente sublimes.

Red Bull - Dá-lhes asas, barbatanas e o que mais for preciso

Nos quatro primeiros qualificados para a corrida de hoje estão três carros da marca taurina e julgo que se no quarto carro estivesse um piloto que não sofresse ainda do reumático, estariam todos nos primeiros sete ou oito lugares.

Independentemente do que acontecer hoje na corrida, este resultado é já a confirmação do grande trabalho que a Red Bull fez na F1. Não se limitou a comprar equipas moribundas e pintar-lhes umas vacas vermelhas na carroçaria.

Certamente investiu muito dinheiro, mas isso também outros fazem, veja-se a Toyota ou a Honda, fê-lo de forma proveitosa e para além da sua equipa principal, conseguiu que a satélite Toro Rosso, que deriva da simpática mas paupérrima Minardi, estivesse hoje com os mesmos pontos que a Williams e à frente da Honda.

Há aqui muito trabalho e mestria, que para além de envergonhar uns, deve essencialmente ensinar a quase todos, como é que se gere uma, neste caso duas, equipas de F1.

Palavra também para o Gerhard Berger que certamente não é inocente nestas exibições de sucesso da Toro Rosso.

Prima-donas foram escovadas à chuva

Manda o bom senso que numa qualificação à chuva se tente fazer um tempo competitivo o mais cedo possível, não vão as condições piorar.

É claro que as vedetas da F1 são sempre as últimas a sair para a pista, quais prima-donas. Ontem tramaram-se e foi mesmo com um certo gozo que vi o Kimi e o Hamilton, debaixo de um dilúvio bíblico, a fazerem voltas desesperadas para deixarem os últimos lugares da segunda parte da qualificação, enquanto o Vettel e o seu Toro Rosso, com o melhor tempo já alcançado, observavam tudo pela TV no conforto das boxes.

As estrelas habituais, Kimi e Hamilton, foram mesmo escovadas pelo Fisichela na sua chamuça de quatro rodas, e pelo Coulthard, que já deve um bom par de anos à reforma.

Depois do pneu suplente, agora o motor de arranque

A primeira vez que ouvi falar disto foi para aí há uns seis anos atrás, havia um amigo de um amigo que era investigador no estrangeiro e estava a trabalhar neste conceito, um motor de combustão interna sem motor de arranque. Basicamente o motor pára sempre numa posição da cambota que permite uma injecção directa de combustível e consequente ignição, para se iniciar o movimento dos cilindros.

Na altura claro que me pareceu uma ideia inteligente, se bem que distante, longínqua e eventualmente inviável. No entanto, como era extremamente proveitosa para os fabricantes - imaginem o que se poupa ao retirar o motor de arranque numa escala de milhões de carros - sabia que a iriam explorar até à exaustão.

Foi agora apresentada pelo primeiro fabricante, a Mazda - sempre pensei que os alemães fossem os primeiros - não como uma redução de custo do produto mas sim, como tudo nestes tempos mais recentes, uma solução amiga do ambiente já que reduz os consumos, estando para isso também associado um sistema start-stop.

Está bem está, depois de matarem o pneu suplente com a chegada dos pneus "runflat" que são tão rijos que parece que são feitos de madeira, agora é a vez do motor de arranque ter os dias contados.

Porreiro PAX

Estava à espera que por esta altura o Sainz já levasse alguns minutos de vantagem, mas parece que teve que andar no pó de uns motards mais atrasados tendo por isso perdido para o Alphand. A situação deve voltar à normalidade amanhã.

Anormal foi também o resultado do Al-Attiyah, que eu pensava que seria o único a incomodar o Sainz. Afinal está em oitavo atrás do Filipe Campos que só tem à sua frente pilotos oficiais e mais uma vez está a mostrar que, em Portugal, é muito provavelmente quem melhor sabe lidar com o volante destes "machibombos" do TT. Para além de ser rápido, passa sempre "à mundial" em frente às câmaras de televisão. Só a forma impressionante como o X3 foge de frente é que estragou um pouco a fotografia, mas parece que é um mal geral, pois os carros oficiais da marca alemã indiciam o mesmo mal. Bem se vê que o Al-Attiyah se desfaz em mão-de-obra à volta do volante, para tentar disfarçar a coisa com provocações obscenas da traseira.

Nas motos acho que só o facto de amanhã abrir a estrada pode tirar algum favoritismo ao Ruben Faria. Para além de ser um pilotaço, a 450 deve ter vantagem em relação aos armários de 690 que a KTM trouxe. Se por acaso as etapas forem mais "abertas" isso beneficia as motos austríacas, mas nessas condições também o Helder Rodrigues deverá sobressair, pelo que nas duas rodas podemos ter mesmo um vencedor luso.

Momentos de antologia - Kalifa al Mutawei, Portugal 2004

Kalifa al Mutawei in extremis a safar o BMW X5 de um valente tombo.

Momentos de antologia - Hakkinen vs. Schumacher em Spa

É assim que se ultrapassa em Spa-Francorchamps, de forma limpa e dentro da pista, sem corta-matos.

Mais uma pérola da federação

Mais uma pérola da capacidade organizativa da Federação. Desta vez conseguiram agendar duas provas de TT (Baja Beja e Pax Rally) na mesma semana, depois de mais de um mês com o campeonato parado. Fantástico.

Tomada de posição

É natural que o “caso” do GP da Bélgica entre o Kimi e o Hamilton gere bastante discussão, mas para acabar com as “bocas” de que dei uma no cravo e outra na ferradura, não sendo claro na minha opinião, aqui fica o meu “post” definitivo sobre a questão.

Os regulamentos são claros, em caso de um piloto ganhar vantagem sobre outro por ter “cortado caminho” é penalizado com um “drive-through” ou com 25 segundos, caso esteja no último terço da corrida.

O Hamilton deveria ter tido em conta o regulamento e se o teve em conta, não tendo como intenção ganhar vantagem ao “cortar” a curva, então que não tivesse ultrapassado o Raikkonen. Ao ver que estava a ganhar ao finlandês de forma incorrecta, travava e mantinha-se atrás deste.

O que ele fez foi cortar uma curva e colocar-se à frente do seu adversário, como tal a penalização aplica-se.

Bem podem dizer que após isso, deixou o piloto da Ferrari passar, mas isso é lá com ele, deixou passar porque quis. O regulamento nada diz em relação a uma eventual despenalização do incorrente, caso este se arrependa.

Se eu assaltar um banco agora e depois me arrepender, devolvendo o dinheiro, não deixo de ser culpado pelo assalto.

Também podem dizer de que em outras corridas, como por exemplo no Mónaco em que tal aconteceu por várias vezes, sem que nenhum piloto fosse penalizado. Se não o foram foi por falta dos comissários e lá por eles terem errado no passado e ninguém se ter insurgido, não justifica que o regulamento não se aplique agora.

A melhor corrida no melhor circuito

Quem levar os regulamentos à risca por certo que vai encontrar justificação para a penalização do Hamilton, no entanto se o inglês cortou uma chicane para ganhar vantagem, então o que dizer da utilização ostensiva das escapatórias, feita por toda a gente e também pelo Raikkonen. É certo que quando da utilização de uma escapatória o piloto não corta caminho, mas como se viu hoje, ganha muita tracção que também serve como vantagem.

Polémicas à parte, a corrida foi a melhor do ano, disputa, incerteza, ultrapassagens e virtuosismo durante toda a prova e não só nos principais protagonistas, porque hoje houve muita gente a brilhar.

O Raikkonen mesmo não tendo ganho esteve soberbo, saindo de quarto para primeiro e dominando quase toda a corrida de forma impressionante, para quem se dizia que não tinha o melhor carro em prova. Quando este tipo acorda é do melhor que já vi na F1, pena é que 2008 esteja quase sempre a dormir e o campeonato já seja uma miragem. Pode ser que em 2009 a Ferrari lhe dê um carro que possa lutar pela pole e aí tenhamos novamente o "Iceman" que vimos hoje em Spa.

O Massa acabou por ter a sorte da corrida, pois não fez nada para ganhar e acabou com o caneco nas mãos. Parece que saiu com um carro afinado com pouco apoio aerodinâmico, o que para uma prova que começou com piso molhado e que tinha grande probabilidade de chuva, foi uma táctica no mínimo estranha, para não dizer idiota. É agora o homem em quem tudo se aposta e como o Hamilton tem aquela tendência para errar em momentos de pressão, muito provavelmente teremos um novo campeão brasileiro.

Hamilton esteve no seu registo habitual, capaz do melhor e do pior numa só prova. Errou logo no início, nunca mais sendo capaz de apanhar o Kimi e no final quando o finlandês vacilou não foi capaz de resistir a aproveitar-se de uma situação duvidosa. Eventualmente no passado viu o Schumacher ganhar campeonatos com manobras dúbias, mas a F1 já não é o que era e ele também não é o Schumacher.

Quem tende a imitar o inglês é o seu companheiro de equipa, Kovalainen, que teve uma partida desastrosa para de seguida estragar a corrida do Webber numa ultrapassagem impossível, levou um "drive-through", acabando na escapatória já perto do final, quando tinha saído de terceiro lugar na grelha.

Fantástica corrida de Bourdais em particular e da Toro Rosso em geral, pois os carros saídos da antiga Minardi, fizeram uma corridaça, sempre nos oito primeiros, à frente dos colegas da Red Bull que quase nem se viram. Muito bem mesmo.

Também boa corrida do Heidfeld, que soube meter pneus de chuva na altura certa e do Alonso que fez o mesmo que o alemão mas com menos resultados, pelo menos ousou.

Sinal de idiota para o Briatore, que insiste em mandar o Nelsinho para a pista ao volante de uma cisterna. Como é que um jovem piloto pode concorrer com os outros e consequentemente ganhar confiança se leva uma refinaria inteira no tanque de combustível. O piloto brasileiro bem que tentou, mas hoje até o "safety-car" estava mais rápido que o seu Renault e quando se anda uma corrida toda a olhar para o retrovisor para ver quem é que lá vem, então não olha para a frente para tentar ser mais rápido.

Macaco pneumático

Segui a sugestão do Filipe Ferreira e a meio do video observei a troca de uma roda furada no Land Rover, com um "macaco" de tal forma imponente que já estou a imaginar uma forma de endireitar a Torre de Pisa.

Não que não acredite nas qualidades de um instrumento daquelas dimensões, mas fica aqui uma sugestão para tirar um pouco de peso à viatura e ao mesmo tempo facilitar a operação de elevação na troca de rodas, um "macaco" pneumático que é insuflado com os gases de escape.

Tigresa

Para continuar esta senda de motos com motivos estranhos, aqui fica uma Ducati versão tigresa.

Esta é que é a Barbie

Afinal esta é que é a Barbie.

Barbie ou Pantera Cor-de-Rosa

Não sei se é a Barbie ou se é a Pantera Cor-de-Rosa.

Trial 4x4 - belo video

Hoje recebi na caixa de e-mail este belo exemplo do Trial 4x4, com o pendura sempre dentro da viatura.

Assim não dá II

Se a Ford anda a estender o tapete vermelho para o título do Loeb, o que dizer de Casey Stoner. É a terceira queda consecutiva, quando liderava com vantagem confortável.

Já há um tempo que tinha tudo apostado na vitória do Rossi, mas era escusado darem-lhe tantas facilidades. Annus Horribilis para a Ducati.