Thursday, July 30, 2009

A glória do regresso e a cobardia da partida


A BMW poderá ter-se despedido de Schumi com uma mensagem de agradecimento, quando este abandonou a F1 há três anos atrás, mas o contrário não acontecerá certamente quando a equipa alemã abandonar a competição no final deste ano.

Schumacher saiu pela porta grande e por ela voltará a entrar, quando se sentar a bordo do Ferrari no próximo GP. A BMW sai pela porta mais pequena que já se viu na F1. A equipa sai com vergonha e envergonhada, pela forma cobarde como a sua direcção decidiu deixar o desporto maior.

Quando chegaram fizeram tudo para ficar com a equipa ao Williams, como este conseguiu resistir, viraram-se para o Sauber, que foi levado pelas cantigas e acabou por vender para ver a criação de uma vida acabar sem honra nem decência. Levados também foram todos os que nos últimos meses viram os "artistas" de Munique a conspirar uma revolução contra a FIA para abandonarem logo de seguida, mesmo se vinham confirmando a manutenção, a pés juntos, de forma repetida em tudo o que era jornal.

Este dia será sempre lembrado como o dia em que o regresso do maior vencedor de sempre é anunciado.

Da BMW na F1 quase nada será recordado, uma equipa que nunca conseguiu ser competitiva nos quatro anos que tentou ombrear com os carros mais rápidos do planeta e que desistiu quando lutava apenas para não ficar nas últimas posições do pelotão.

Thursday, July 23, 2009

Ahmadinejad? Então e o resto?


Anda tudo aos arrufos e aos amassos por causa do suposto estado a que chegou a Fórmula 1. Entre os “entendidos” das federações e dos clubes, ninguém hesita em soar o alarme e vaticinar cenários de catástrofe, caso não se faça nada urgentemente. Hipocrisias.

O mundo permanece em alerta, com constantes avisos e ameaças ao governo iraniano por causa das supostas irregularidades nas últimas eleições. O que se passou no Irão passa-se todos os dias em praticamente todos os países africanos e nem por isso se viu alguém do mundo ocidental fazer alguma coisa contra os ditadores do costume, seja no Zimbabué, Sudão ou Serra Leoa. Fazem vista grossa, agora como sempre, pois o problema africano dá trabalho e exige intervenção séria e não umas reprovações de “beatas de igreja” ao passarem pelo Intendente. As declarações de reprovação à eleição de Ahmadinejad, foram patéticas de tão inócuas.

No desporto automóvel a situação é igualzinha, os senhores do costume estão todos em sobressalto com a F1, que nem umas virgens na festa do quartel de bombeiros, mas o que de mal se possa passar ali já se passou há muito nas outras categorias, sem que alguém tenha feito algo para o contrariar. Quando a F1 espirrar então é porque tudo o resto que tenha rodas já morreu, sejam ralis, karting, resistência, turismos ou rallycross. Onde é que está o estado de alarme quando se vê um campeonato nacional de karting desaparecer, como aconteceu entre nós. Onde é que estão os paladinos do desporto quando se vê um campeonato do mundo de ralis com apenas quatro carros oficiais?

Para os fãs do desporto motorizado é certo e sabido que as corridas de carros não se fazem só com monolugares. Tão certo é também dizer que não se sairá deste marasmo com os mesmos de sempre, que na FIA ou nos clubes e federações que a suportam, continuam há mais de 20 anos, a gerir os destinos do automobilismo unicamente preocupados em multiplicar os milhões gerados pelo Campeonato do Mundo de F1.

Dificilmente Ari Vatanen conseguirá levar de vencida esta sua (nossa) cruzada, porque para tal teria que conseguir convencer os muitos, que há muito comem da mesma gamela em que comeram Mosley e Balestre, que continuam confortavelmente sentados no trono das suas (nossas) federações nacionais e que assim pouco ou nada farão para mudar o “status quo” actual, i. e., a eleição de Jean Todt.

Monday, July 20, 2009

Mais revolucionário que o iPod


Este ano fui ver a F1 ao 'Ring e encontrei lá a melhor invenção em prol do espectador de corridas desde a invenção da televisão a cores. Podem distribuir programas, colocar altifalantes, ecrãs gigantes e até frequências de rádio dedicadas, que nada se assemelha à maravilha da Kangaroo TV, que disponibiliza tudo o descrito atrás num aparelho só, portátil e individual.

Se não tivéssemos uma federação que só vê F1 à frente, poderíamos ter isto espalhado por outras modalidades. Já alguém imaginou a revolução que seria para o público a assistir a uma prova de ralis?

Pode ser que o Vatanen lá chegue e distribua estas maravilhas do século XXI às modalidades em que nada acontece desde o século passado.

Algumas vitórias merecidas


Ayrton em Donington Park 1993, Doohan no campeonato de 1994, Colin em 1995, Jesse Owens em 1936, Federer em Wimbledon 2009, Bayliss em Valência 2006, Mark Webber no Nurburgring 2009. Tudo bons exemplos de vitórias merecidas e repletas de justiça.

Monday, July 06, 2009

Um americano no merchandising?


Não há muito para exorcizar acerca do Aston Martin utilitário, até porque pouco ainda se sabe acerca do carro. Há quem diga que será "oferecido" com cada Aston de 12 cilindros, enquanto outros propalam que só será vendido a clientes da marca. Seja lá como for, não vejo nada de especial no assunto, nem sequer algo de comparável com o arrastar da imagem desportiva que a Porsche concretizou no Panamera ou no Cayenne versão fogareiro.

O Aston Martin Cygnet tem a mesma relevância que uma tosca miniatura da Ferrari no balcão da Shell, uma garrafa de vinho do Benfica numa prateleira do El Corte Inglés, um "after-shave" Lamborghini numa montra no Martim Moniz, ou uns chinelos da Caterpillar numa banca ambulante em Fátima. A única real diferença entre estas pérolas do merchandising e o Cygnet, é que este último é a mais ridícula de todas.

O Cygnet é isso mesmo, eventualmente uma ideia de algum americano do departamento de merchandising da Aston, uma ideia que se esgotará nela própria. Não é para ser levada a sério, já que nem a Aston o faz ou não estivesse tão somente a camuflar um Toyota.

Semelhanças com o Panamera só mesmo no facto de na Porsche, eventualmente um outro americano do merchandising ter sido promovido a gestor estratégico de produto, após ter lançado uma churrasqueira com o nome da marca, adquirindo assim poder suficiente para que as suas ideias tivessem que ser levadas a sério. Como o presidente da companhia andava mais preocupado em comprar a VW com o dinheiro que não tinha, só se apercebeu do "aborto" quando já se tinha gasto demasiado no seu desenvolvimento, demasiado para se evitar o nascimento.

Em resumo pode-se dizer que a diferença entre o Panamera e o Cygnet, é que eventualmente na Porsche os americanos poderão chegar a posições de destaque, enquanto que na Aston Martin nunca inventarão muito mais do que uns isqueiros, uns despertadores ou, no caso dos mais fraquinhos, umas variantes do Toyota IQ.

Thursday, July 02, 2009

Honrando os ralis



Video épico sobre a mais bela modalidade do desporto motorizado, os Ralis.