Saturday, October 31, 2009

Campos Campeão



Fica aqui a breve menção à conquista do título nacional de TT pelo Filipe Campos. O campeonato deste ano não foi tão fácil como o do ano passado, muito por culpa de Carlos Sousa que não fossem os problemas de saúde teria pelo menos discutido o "caneco" até ao fim e muito provavelmente teria-o levado para casa. O que realço, no entanto, foi a diferença de andamentos que mais uma vez se confirmou, entre Campos e Miguel Barbosa.

No ano passado Barbosa chorou-se de que o título de Campos se devia à superioridade do BMW X3. Este ano correram com carros iguais e o campeão em título não deixou dúvidas acerca de quem é que dominava melhor a "regueifa" do BMW.

Filipe Campos foi sempre, para mim, um dos melhores pilotos em Portugal, é com justiça que se sagra bi-campeão.

Saturday, October 24, 2009

Momentos de Antologia - Casey Stoner, Austrália 2009


O tipo está três meses no estaleiro a recuperar de uma doença que ninguém sabe bem o que é - seja lá o que for que atingiu Casey Stoner, parece que não o afectou nem um bocadinho - e assim que regressa começa logo a dar na cabeça de tudo e todos.

Na primeira corrida após a paragem, no Estoril, arrancou logo um segundo lugar e no passado fim-de-semana ganha o GP da Austrália sem apelo nem agravo e ainda por cima a conduzir desta maneira.

Não há dúvidas que quem anda para o lado a derrapar não está a andar para a frente, mas o australiano lá arranjou uma maneira de fazer a Ducati andar para a frente com a roda de trás sempre de lado. Impressionante.

Thursday, October 22, 2009

Sunday, October 18, 2009

Ganharam os melhores


Dia de consagração para dois grandes pilotos, hoje em Interlagos, com a vitória de Webber e o título mundial de Button.

A corrida de Webber é imaculada e merecida, bem demonstrativa do valor do australiano. Absolutamente nada a apontar, desde a qualificação até ao final da corrida.

Já Button não teve um fim-de-semana tão descansado, começando por uma borrada completa na qualificação, ficando mesmo atrás do Alguersuari e do Grosjean. Já hoje na corrida redimiu-se, fazendo uma corrida à campeão, com algumas daquelas ultrapassagens de antologia. Conquistou o título por mérito próprio mas também porque o disputou com o homem mais azarado da história da F1, Rubens Barrichelo.

A história dos títulos deste ano, para Button e para a Brawn, ficarão para sempre como exemplos de vida que por vezes se encontram no mundo do desporto. No início do ano, a pouco mais de um mês da primeira prova, o piloto inglês era dado como comentador televisivo e a equipa não existia. É certo que foi um ano atípico, com as grandes equipas completamente aos "papeis", mas isso não belisca em nada o feito dos novos campeões. Os títulos foram entregues com justiça, e muita.

Uma palavra ainda para o Hamilton, que depois de uma qualificação vergonhosa conseguiu fazer mais uma corridaça, acabando no pódio. Vergonhosa foi mais uma vez a prestação da Ferrari que se arrasta penosamente até ao final da temporada. Não hesito em dizer que para fazerem o que fizeram hoje no Brasil, mais valia terem ficado em casa. A equipa vermelha há muito que deveria ter deixado de correr, concentrando-se no ano que vem e não embaraçando mais a memória do Comendador.

***
Opinião:

Button fez finalmente uma excelente corrida, cheia de garra e com ultrapassagens à Campeão!
Mas a surpresa foi para mim o japonês Kobayashi. Sem medos, atacou e defendeu como se não houvesse amanhã...e de facto acabou por se prejudicar. Mas foi a melhor entrada de um rookie em 2009, sem dúvida. Parece que foi campeão de GP2 Asia este ano. Temos piloto! Mas se a Toyota abandonar a F1, lá ficará apeado...

(O Presidente)

Friday, October 09, 2009

Qual virgem ultrajada



O Nelsinho Piquet Jr fez-me lembrar o nosso Presidente da República, Cavaco Silva. Ambos meteram a porcaria em que andaram envolvidos no ventilador e esperavam não ficar salpicados de me§®#. Agora, depois de andarem a brincar com os matulões, aparecem em declarações sofríveis a proclamarem-se umas virgens ultrajadas.

Wednesday, October 07, 2009

Para evitar equívocos



Tenho que postar isto para evitar equívocos:

Da mesma forma que este é um espaço tendencioso a favor da Ferrari e da Ducati entre outros, também o poderia ser contra os triciclos, tractores, veículos a gasóleo ou eléctricos; só que não é.

Julgo que a única vez que critiquei aqui um carro a gasóleo foi quando do lançamento do Cayenne com este tipo de motorização. Para além do Cayenne ser a antítese do que se poderia esperar de uma marca de viaturas desportivas, de ter a agilidade, o peso e a velocidade de um glaciar, eu já tinha experimentado aquele motor num A6 e num Q7, podendo dizer com propriedade que para além da utilização em auto-estrada, o motor não vale nada. Tem certamente muitas e enormes vantagens, mas nenhuma daquelas que transformam o gosto pelos carros em algo de completamente irracional.

É claro que só quem não faz muitos quilómetros todos os dias é que não se apercebe das vantagens de um motor a gasóleo, como tal, a única razão pela qual não se louvam aqui estes veículos é a mesma pela qual não se louvam os carrinhos de golf, autocarros ou caravanas, porque simplesmente estes não têm piada nenhuma. É claro que eu não conduzi todos os carros a gasóleo, mas também não conduzi todas as autocaravanas e no entanto não me engano muito se disser que estas estão para a condução como a serradura está para a alta cozinha. As vantagens deste tipo de veículos não encaixam neste espaço, quem quiser ler sobre eles que compre o Autohoje.


PS: já fiz (e vou continuar a fazer) muitos mais kms a gasóleo do que a gasolina, só que dessa enorme distância percorrida em fogareiros, a única recordação que guardo é de quanto paguei a menos por cada km percorrido. Nada mais ficou como registo na minha memória, para além dos momentos em que estava parado (!) em frente à caixa registadora da bomba da Galp. Isso não é coisa sobre a qual goste de escrever, momentos em que estou parado, talvez quando começar um blog sobre economia e outro sobre postos de combustível, o faça.

Monday, October 05, 2009

Bugatti Galibier, a próxima obra prima


Nas criações de Ettore Bugatti a forma nunca, mas mesmo nunca se dissociou da função. Mesmo quando se tratavam de máquinas extremas, quase sempre desenhadas apenas com o propósito da velocidade, como as viaturas de GP, o italiano nunca descurava o aspecto estético. Tratasse-se da forma da carroçaria ou do mais simples parafuso, tudo tinha que ser belo e funcional. Veja-se por exemplo o motor de um Type 59 e percebe-se de imediato a sua obstinação pela forma, nalgo que era uma absoluta maravilha da técnica em eficácia e rendimento.

Se há um mérito no renascimento da Bugatti, sob a égide da VW, é o facto de se terem mantido os princípios básicos que fizeram outrora com que esta marca fosse a mais relevante do seu tempo.

Um Veyron pode não ser tão assombroso visualmente como um 8C, mas é de alguma forma mais harmonioso. Ao vivo é de certo mais majestoso e impressionante pela atenção dada a todos os detalhes. Já nem falo do interior - um misto de classe e bom gosto com muito de visionário e vanguardista - mesmo componentes como o mecanismo que acciona o aileron traseiro, parecem ter sido feitos por um ourives.

O novo Galibier é a continuação do que foi começado com o Veyron e de todo o historial passado da marca. Quem disse que um carro de quatro portas não pode ser belo irá questionar-se bastante ao ver a nova criação.

Os Bugatti para além de serem um festim e regalo para a vista têm depois aquele pequeno pormenor de serem máquinas absolutamente infernais. Enfim, maravilhas, obras de arte da criação humana que fazem sonhar e acreditar que um carro pode ser muito mais que um meio de transporte.

Sunday, October 04, 2009

Loeb deve muito a Sordo


Ninguém no seu perfeito juízo poderia pedir ao Hirvonen que ganhasse o Rali da Catalunha ao Loeb. O que se poderia pedir era que o Latvala fosse um pouco mais útil à equipa, não só na Catalunha como no resto do campeonato. O jovem da Ford volta a não conseguir andar ao nível dos mais rápidos, deixando novamente o seu companheiro sozinho lá na frente

O que se esperava de Latvala era que fosse um pouco mais parecido com o Sordo, que sistematicamente rouba pontos a Hirvonen, favorecendo assim o Loeb.

Caso Hirvonen ganhe o título, será uma vitória só sua, já que nunca, em prova alguma teve um verdadeiro apoio do seu companheiro de equipa, lutando sempre sozinho contra os dois Citroen.

Thursday, October 01, 2009

Aquele "bem-haja"


Gosto de pilotos que ganham por tudo o que fazem e não que fazem de tudo para ganhar. Talvez por isso sempre tenha sido reticente em relação à troca do Raikkonen pelo Alonso. Admito, no entanto, que o espanhol é um pilotaço e muito provavelmente o mais completo do pelotão. Também não me é difícil de aceitar a ideia de que, neste momento, é o piloto certo para a Ferrari. A equipa italiana por mais profissional e competente que seja é sempre uma equipa italiana e como tal não se galvaniza sem um alter-ego como o foi Michael Schumacher. Alonso tem esse condão de conseguir congregar uma equipa à volta dele e isso faz a diferença nos momentos decisivos.

Quem faz um bom negócio também é a McLaren, que conseguindo o concurso do Kimi consegue contratar um dos únicos pilotos da actual F1 capaz incomodar o Hamilton na sua própria casa. O actual campeão do mundo tem na equipa de Dennis a sua equipa, a sua casa, o seu feudo. Isso não tem mal nenhum desde que o piloto inglês continue a ser desafiado e não se deixe acomodar no conforto do lar.

O Kimi é a melhor escolha possível para colocar o Hamilton a correr sobre brasas, já que o finlandês se está positivamente nas tintas para qualquer coisa que esteja instituída, preocupando-se somente em colocar o capacete e fazer a sua corrida. Não é piloto para fazer um carro, trabalhar com os engenheiros ou com qualquer companheiro de equipa, mas ponham-lhe um bom carro nas mãos e ele trata de ganhar corridas e partir a loiça toda, mesmo que o tenha que fazer contra o Hamilton, mais a sua equipa, ou seja lá quem for. Nesse sentido a escolha da McLaren é mais do que acertada.

No entanto, mesmo se a troca de peças do xadrez parece encaixar perfeitamente, não deixo de sentir um certo desapontamento por ver que a Ferrari não tem uma estrutura suficientemente madura e crescida para fazer render um piloto como Kimi Raikkonen, um dos últimos fenómenos que vi com um volante nas mãos. Bem-hajas homem de gelo.