Sunday, July 17, 2011

Adeus às camisolas de lã.



Tenho uma série de camisolas de lã, do género do tão tradicional "pullover". No outro dia, no meio da serra, com vento e chuva, envergando orgulhosamente o meu "pullover" encharcado, alguém gentilmente me ofereceu uma espécie de "polar-anorak-corta-vento-neoprene-gore-tex".

Hesitei, era colorido e berrante, feio. Lá acedi, mais por gentileza do que por acreditar nas mais valias daquela peça de roupa com cores de parapente.

Incrível, andei o resto do dia quente e confortável. Sempre que vinha mais uma chuvinha batida pelo vento, pouco me importava, até lançava sorrateiramente um sorriso aos "velhadas" das camisolas de lã monocromáticas.

Pouco tempo depois, outro amigo, ligado às coisas da BMW ofereceu-me uma volta na nova K1600GT de seis cilindros. Coisa impensável; há muitos anos que mantenho uma promessa velada de nunca me sentar numa moto BMW. Para além de um Tupperware com duas rodas não ter qualquer apelo em mim, o motociclisma BMW é, regra geral, um idiota na estrada. São daqueles que se julgam numa classe à parte, que só se cumprimentam entre eles e que nos olham como se soubessem algo mais que todos os outros. Eu não queria ser confundido com essa "gente" e para mim, seis cilindros só nos carros.

O bom do amigo não desistiu, apesar de toda a minha argumentação preconceituosa. Numa quarta-feira à tarde deixou-me uma S1000RR, para ser entregue na sexta-feira ou antes, caso eu não conseguisse vencer os meus próprios anticorpos.

No início estranhei, depois entranhou-se, não levou mais de trinta minutos. Só a entreguei cinco depósitos depois, no Sábado, bem no final do dia.

Só mesmo por aquele design assimétrico se distingue de qualquer outra japonesa, não deve muito à beleza, mas anda de uma forma... absolutamente estonteante, muito longe de qualquer coisa que alguma vez tenha conduzido.

O motor é um assombro em todos os seus 200Cvs, o quadro rígido pra caraças, as suspensões firmes e confortáveis, os travões inesgotáveis, mas até aqui tudo como numa moto de topo. Onde tudo passa à estratosfera é no conjunto de coisas como o controlo de tracção, a embraiagem deslizante, o ABS, os vários modos seleccionáveis de gestão do motor, o sistema anti-cavalinhos e na melhor invenção de sempre, o Quick-shift. Tanta electrónica e tanto sistema fazem com que o acto de condução de um monstro de 200cvs se torne em algo perfeitamente fluente e natural. Tanto sistema fornece tanta confiança, que após trinta minutos já estamos a curvar como o Rossi, a entrar na curva penduradíssimos nos travões e a rodar punho ainda com o joelho imaginariamente a roçar no asfalto.

A S1000R é, tal como tinha lido em toda a imprensa especializada, um marco no mundo das motos. Ficará na história ao lado de coisas como a CB750, a GSXR750 ou a CBR900, ao lado de motos que viraram uma página, que tornaram tudo o resto obsoleto.

A experiência com a S1000R mudou todos os meus dogmas, tal qual como aquela camisola cor de gelado tutti-fruti, depois dela as camisolas de lã nunca mais terão o mesmo encanto para mim.

Monday, July 11, 2011

Alonso mereceu



Até podemos dizer que teve sorte, mas se a teve mereceu-a bem e trabalhou para isso.

Foi uma vitória trabalhada, a de Fernando Alonso em Silverstone. O Ferrari está bem mais próximo dos Red Bull, mas não o suficiente para os vencer em condições normais. Se não fosse o problema nas boxes, o vencedor seria mais uma vez o Vettel. Mas não foi e para além de ter sido a Ferrari, começo a ficar muito contente sempre que o alemão perde uma corrida...

Webber não esteve tão bem como o Alonso, mas esteve bem e não foi pelas ordens de equipa que não ficou à frente do Vettel. O miúdo está mesmo muito forte.

Não critico as ordens de equipa. Se a equipa fosse minha tinha feito o mesmo, dar primazia ao piloto mais rápido.

Hamilton esteve como sempre, tonto. O Massa deu um ar da sua graça. O Schumi esteve como sempre, mal e tudo o resto pouco destque merece.

Há quem diga que o Di Resta merece destaque, mas também não vi nada de especial.

Para finalizar resta dizer que vi mais um bom GP, como aliás têm sido todos este ano, excepção feita a Valência.


***

opinião:

"Há que também lebrar a recuperação do heidfeld, foi de 16º para 8º no Renault que parece estar a perder fôlego, e a corrida do Di Resta foi estragada por um erro da equipa que o chamou cedo demais e nao conseguiu ter os pneus novos a tempo da chegada dele.
Má sorte para o Team Lotus com problemas de fiabilidade numa corrida em que se pensava que iriam-se sair bem e também má sorte de Button que viu a sua corrida ser estragada por um erro da equipa, que o deixou sair das boxes com uma roda por apertar."

FlyingChristi



"Não acho que o Hamilton tenha estado tonto.
E não acho que a penalização ao Schumi tenha sido justa. 1º porque o toque não foi intencional, foi um erro; segundo porque o obrigaram a parar, nunca tal visto. Para além disso, não ouvi nenhum comentário dos comissários à verdadeira corrida de carrinhos de choque protagonizada pelo Hamilton e pelo Massa na última curva... Afinal ser preto não é assim tão mau."

Gonçalo

Wednesday, July 06, 2011

Achei caro






Já me disseram que as corridas na Boavista foram espectaculares. Eu não fui porque achei os preços dos bilhetes muito exagerados.

Sunday, July 03, 2011

O Mini não é o 911



Parece-me absolutamente exagerado a quantidade de versões que existem do novo Mini. Já conduzi algumas delas e nenhuma consegue transmitir uma fracção sequer do que nós dá o modelo principal.

Agora aparecem com o Coupe, uma versão sem banco traseiro e com um tejadilho que parece uma unha encravada.

A Porsche faz esta coisa das versões com bastante sucesso para o modelo 911, mas a Porsche é a Porsche e o 911 é algo com um apelo incomparável no mundo automóvel. No caso da Mini, parece-me apenas algo que acaba por desgastar a marca, com o intuito único de extorquir mais uns euros à conta do emblema.