Não ligo nenhuma a este revivalismo à volta da Lotus. Não gosto do cheiro a mofo e aquilo de Lotus não tem nada, nem a decoração.
No entanto, hoje só esta equipa me vem à cabeça. Hoje nem da Ferrari me lembro.
A razão é clara e vai para além daquele gostinho que dá ver um David bater os Golias. A razão de tanta obcessão prende-se com o facto de apenas quatro GP depois, termos novamente Kimi no pódio.
Que corridaça esta do Bahrein. A F1 deste ano tem dado das melhores corridas de carros de sempre, hoje com um interesse adicional por termos o Iceman de volta ao topo da tabela. Arrancou de décimo primeiro, culpa sua por uma qualificação desastrosa, mas bem redimida com uma cavalgada em que ultrapassou quase tudo o que lhe apareceu pela frente. O bom velho Kimi está de volta.
O Vettel também não esteve mal, mas começo a valorizar pouco as vitórias de quem arranca da pole e não tem que ultrapassar ninguém. Atenção que não estou a dizer que o alemão não teve mérito, teve muito, principalmente pelas duas primeiras voltas, em que aplicou logo num ritmo alucinante, distanciando-se, de forma inequívoca, de toda a gente, não dando hipótese que o DRS fosse utilizado contra si. O que não me convence completamente é o facto de que quando não arranca de primeiro, o alemão normalmente não consegue ganhar uma corrida.
De resto, fica o registo para o Grosjean, pelo terceiro lugar e por não ter cometido os seus erros normalmente idiotas. Os Ferraris sofríveis, com o Alonso a limitar danos. Não vou falar do Massa, porque estas duas últimas corridas não perdoam a vergonha das duas primeiras.
Os McLaren, à toa com os pneus, Webber no seu lugar favorito, o quarto lugar em quatro corridas e tudo o resto muito bom.
Nota menos positiva para a Britney Rosberg, por ter andado a empurrar toda a gente para fora da pista. Fica o momento impressionante da ultrapassagem do Hamilton, completamente fora de pista.