Muito melhor que tudo o resto
Não conduzi muitos carros, mas de todos os que conduzi poucos se distinguiam de forma determinante de todos os outros. Sim, um Fiat Uno é muito diferente de um SLS. No entanto a expectativa também se adapta, pelo que sabemos de antemão o que esperar de um Skoda Fabia e de um 911.
Para mim isto era a verdade, de que todos os carros se assemelham uns aos outros na fundo da sua essência, até que conduzi um Ferrari.
O 575 Maranello sempre foi um dos meus favoritos, pelo que tinha lido o suficiente sobre o GT italiano. Por mais que tenha lido e admirado, a experiência de conduzir foi muito para lá do que poderia imaginar. Não é o carro mais potente que conduzi, nem o mais leve, mas há ali algo que faz com que se conduza de outra forma. Tudo parace mais leve, mais preciso, mais rápido. Tudo parece diferente, para melhor. Como se a sua génese, na sua esséncia, tivesse sido criado de outra forma, como nenhum outro.
Não sei se é o chassis, a direcção, a suspensão, o equilibrio, ou seja lá o que for, ao pé daquilo tudo o resto é como dançar o tango com um lutador de Sumo.
Nunca tive o desejo incontornável de ter um Ferrari, acho que nunca me tentarei por comprar um, no entanto agora entendo muita da loucura à volta da marca italiana, ou melhor dos seus carros.
São de facto muito diferentes de tudo o resto. Para melhor.