As viaturas mais extravagantes que conduzi foram sempre oriundas das garagens da AMG. Foram sempre os possantes V8 que me deixaram desconcertado. Muito binário num motor bem grande, a fazer o mais obsceno dos barulhos. Mesmo parada nos semáforos, uma discreta carrinha E, borbulhava debaixo do capot, como que se lá habitasse Thor e o seu martelo. O barulho era metade da festa, com inenarráveis ráteres sempre que se lavantava o pé do acelerador.
Lembrei-me dos AMG quando de um fim-de-semana que passei com um GLA 45 AMG. Apesar do pequeno motor de dois litros, estava lá o barulho, os ráteres ainda que soando um pouco artificiais, os cintos de segurança vermelhos e carbono por todo o lado.
Com exceção do SLS, todos perdem a piada ao fim de uns dias. Mais ou menos como uma Mota de água. Tem piada enquanto é novidade, mas depois passa. É assim com os AMG, colocam-nos um sorriso de orelha a orelha logo no primeiro quilómetro, mas depois de tanta expampanância começamos a perguntar porquê, para que serve.
Enfim guardo-os todos com saudade, pois fazem exactamente o que se espera deles, colocam-nos um sorriso nos lábios, de forma repetida e continuada.