Há quem aprenda e quem nem sequer queira
O campeonato nacional de ralis teve, no Serras de Fafe, a lista de inscritos mais impressionante desde que me lembro.
O campeonato nacional de enduro teve, em Castelo Branco, mais de duzentos inscritos.
O WTCC arrancou com mais de vinte inscritos.
A Fórmula 1 teve pouco mais de quinze carros a correr na prova inaugural, na Austrália. A categoria rainha do desporto motorizado.
A razão de uns terem inscritos recorde e outros não prende-se apenas com uma questão de gestão. Gestão de custos, através dos regulamentos.
Não sei se o Bernie está já ultrapassado ou não, mas talvez se tenha distraído e permitiu que a FIA entregasse a execução dos regulamentos ao lobby dos construtores.
Enquanto houver construtores num desporto de garagistas, os custos irão sempre disparar até ao ponto de serem incomportáveis e já ninguém conseguir colocar carros na grelha.
O que se passa na F1 é uma vergonha de má gestão, ao invés do que se passa, por exemplo, em qualquer campeonato nacional de ralis, onde a standardização dos carros, criando regulamentos que se adaptem de facto à dimensão de um campeonato nacional e não do WRC, fez com que os custos baixassem realmente, permitindo muitos e bons carros à partida.
O que me entristeceu no GP da Austrália não foi a corrida aborrecida, dominada pela Mercedes, foi ver a F1 a definhar sem ter sequer carros para cumprir os mínimos na grelha de partida.
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