Tirar notas pela TV
É uma forma de facilitar o trabalho das equipas e de fazer alguma justiça às equipas estreantes nos troços que são repetidos para os outros, que assim pelo menos não precisam de perder uma passagem dos reconhecimentos (das duas permitidas) para construir o básico do caderno de notas, i.e., se a curva é para a esquerda ou para a direita, rápida ou lenta.
A maior injustiça dos ralis é a vantagem que os que já fizeram uma prova várias vezes têm sobre os estreantes, pelo simples facto de que os primeiros têm notas dos troços muito mais detalhadas e trabalhadas, do que quem lá está a passar pela primeira vez. É claro que as organizações tentam combater isto com mudanças no traçado das provas, mas há sempre uma grande parte dos troços onde os mais experientes já passaram anteriormente.
Verdade seja dita também que em Portugal este problema é muito atenuado pelos reconhecimentos ilegais que toda a gente faz antes das provas. Nas provas do mundial já não é bem assim – perguntem ao Miguel Campos – e com apenas duas passagens permitidas, quanto mais informação se conseguir previamente, nem que seja tirada através do ecrã de televisão, melhor.