Conduzir bem por vezes não chega
Não sendo nenhum expert em futebol, diria que o Hamilton está mais ou menos como o Hulk, que é um jogador do caraças mas que não tem grande cabeça.
Na Sexta depois de fazer o melhor tempo nos treinos livres é preso por andar a fazer "burns" na via pública - algo que qualquer um de nós faria se tivesse um AMG de 500 Cvs nas mãos; a não ser que no dia seguinte tivéssemos que disputar uma prova do campeonato do mundo de F1 e recebêssemos para tal um pouco mais de 30 milhões de euros por ano - no Sábado não consegue entrar na decisiva fase de qualificação, ficando-se pelo 11º lugar e no Domingo anda que nem uma vaca louca, como sempre; ultrapassa meio mundo para perder tudo de seguida, só porque deixou que fosse a sua equipa a avaliar os estado dos pneus que tinha montados no seu carro, tomando esta a decisão de os trocar não fossem estes sucumbir ao estilo de condução "Três Dukes de Hazzard" do jovem inglês. No final ainda se queixa por ter ido à box uma vez mais do que o seu colega de equipa, Jenson Button, que por sua vez, tomou o destino nas suas mãos e disse ao seu engenheiro que era ele que ia ao volante e como tal não havia ninguém que melhor soubesse qual era o nível de aderência dos seus pneumáticos, como tal a decisão era dele.
O Hamilton é um fenómeno da condução, mas por vezes isso só não chega. Por vezes o jeito para conduzir é o que menos conta e por isso é que pilotos como o Alain Prost ou como o Schumacher foram tantas vezes campeões do mundo.