Travar para acelerar?
A FIM está numa sangria de novas regras para tentar relançar a categoria máxima do motociclismo, o MotoGP. E com apenas 17 pilotos à partida, bem se pode esforçar.
Este ano os motores foram limitados a um máximo de 6, para 18 provas. Acabaram-se os "burnouts" e os "cavalinhos" no final das provas, os pilotos vão ter que poupar em cada aceleração, cada subida de rotação, para que a alma da sua moto dure pelo menos três corridas.
No entanto, a revolução maior aparece em 2012, quando aos actuais protótipos de 800cc se juntarão outros de 1000cc com electrónica reduzida e para aumentar a confusão, haverá ainda a entrada de motos de 1000cc com motores derivados de série. A intenção por detrás das motos derivadas de série é proporcionar alternativas mais baratas aos pilotos. Estas motos poderão correr com depósitos maiores e os motores terão que fazer apenas suas corridas. Provavelmente a maioria dos adeptos das MotoGP nem vai perceber que se tratam de motos que derivam do que encontramos nos stands e mesmo que saibam não se importarão. Quanto a mim, acho que o MotoGP, assim como a F1, deve ser uma competição de protótipos, o pináculo do engenho técnico de competição. Corridas com motos de série devem estar reservadas ao Campeonato do Mundo de Superbikes.
Uma coisa é certa, é preciso acabar com esta época de electrónica que reina actualmente nas corridas de motos. A electrónica retira muita da beleza da competição. Não mais vimos aqueles belos slides de traseira em aceleração. Mais prejudicial ainda que a falta de espectáculo, é o facto das motos actuais tornarem o lugar mais alto do pódio praticamente inacessível a quem não ande por lá há pelo menos três anos. Os pilotos têm que desenvolver estilos de condução completamente novos. Para além do Rossi, do Stoner, do Pedrosa e do Lorenzo, não há mais ninguém com capacidade de ganhar com regularidade e até há por lá grandes pilotos como Spies, Kalio ou Dovizioso.
Hoje em dia, após o vértice da curva, o Rossi e o Stoner apontam à saída e rodam acelerador - até aqui tudo bem - ao mesmo tempo que pressionam o travão traseiro para "acalmar" a traseira e apertam a manete do travão dianteiro para pressionarem a frente e assim terem mais direcção. Sair de uma curva com o acelerador a fundo e com os travões pressionados? Isto não são pilotos, são aliens das motos.
Precisamos de MotoGPs que sejam conduzidas de forma semelhante a todas as outras que um piloto conduz durante a sua formação. Não será por isso que o Rossi deixará de ser o maior.
Este ano os motores foram limitados a um máximo de 6, para 18 provas. Acabaram-se os "burnouts" e os "cavalinhos" no final das provas, os pilotos vão ter que poupar em cada aceleração, cada subida de rotação, para que a alma da sua moto dure pelo menos três corridas.
No entanto, a revolução maior aparece em 2012, quando aos actuais protótipos de 800cc se juntarão outros de 1000cc com electrónica reduzida e para aumentar a confusão, haverá ainda a entrada de motos de 1000cc com motores derivados de série. A intenção por detrás das motos derivadas de série é proporcionar alternativas mais baratas aos pilotos. Estas motos poderão correr com depósitos maiores e os motores terão que fazer apenas suas corridas. Provavelmente a maioria dos adeptos das MotoGP nem vai perceber que se tratam de motos que derivam do que encontramos nos stands e mesmo que saibam não se importarão. Quanto a mim, acho que o MotoGP, assim como a F1, deve ser uma competição de protótipos, o pináculo do engenho técnico de competição. Corridas com motos de série devem estar reservadas ao Campeonato do Mundo de Superbikes.
Uma coisa é certa, é preciso acabar com esta época de electrónica que reina actualmente nas corridas de motos. A electrónica retira muita da beleza da competição. Não mais vimos aqueles belos slides de traseira em aceleração. Mais prejudicial ainda que a falta de espectáculo, é o facto das motos actuais tornarem o lugar mais alto do pódio praticamente inacessível a quem não ande por lá há pelo menos três anos. Os pilotos têm que desenvolver estilos de condução completamente novos. Para além do Rossi, do Stoner, do Pedrosa e do Lorenzo, não há mais ninguém com capacidade de ganhar com regularidade e até há por lá grandes pilotos como Spies, Kalio ou Dovizioso.
Hoje em dia, após o vértice da curva, o Rossi e o Stoner apontam à saída e rodam acelerador - até aqui tudo bem - ao mesmo tempo que pressionam o travão traseiro para "acalmar" a traseira e apertam a manete do travão dianteiro para pressionarem a frente e assim terem mais direcção. Sair de uma curva com o acelerador a fundo e com os travões pressionados? Isto não são pilotos, são aliens das motos.
Precisamos de MotoGPs que sejam conduzidas de forma semelhante a todas as outras que um piloto conduz durante a sua formação. Não será por isso que o Rossi deixará de ser o maior.
1 comment:
Esperemos que os inteligentes da FIM não sejam como os "inteligentes" da FIA. O resultado da tentativa de democratização da F1 está à vista - insucesso completo. Concordo quando dizes que "acho que o MotoGP, assim como a F1, deve ser uma competição de protótipos, o pináculo do engenho técnico de competição". É por isso que acelerar e travar ao mesmo tempo é só para alguns (os melhores). Quem quiser ver corridas bonitas, com muitas ultrapassagens, "burnouts" e "cavalinhos" que mude para a Eurosport e veja SBK, SS,etc.
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