Até andava bem animado com a McLaren, depois de ter estado a ler um especial sobre a celebração dos vinte anos do projecto do seu carro de estrada, o F1. No entanto, a vitória deste fim-de-semana foi McLaren a mais. Para ajudar à irritação com os carros cinzentos ainda tenho que vir para aqui admitir que eles ganharam e bem.
O Alonso até nem esteve mal, poderia ter ganho, tinha carro e velocidade para isso. Não ganhou porque foi um "menino", tanto na forma como se deixa ultrapassar pelo Hamilton, como pelo Button. Onde é que estava aquele Alonso de instinto matador e sempre de faca nos dentes?
Ao contrário, os dois pilotos da McLaren estiveram bem em tudo, na estratégia, na ausência de erros, na velocidade e muito particularmente Button, na inteligência. O actual campeão do mundo conquista um segundo lugar mais que improvável, a fazer conta pela fraca prestação dos treinos. Já Hamilton foi o mesmo de sempre nos dias bons, rápido, agressivo e empolgante.
Fraquinhos estiveram os Red Bull, Vettel porque o carro não dava para mais e Webber porque falhou completamente ao manter-se em pista com uns pneus que já não tinham mais nada para dar. Perdeu o avanço que tinha quando seguia em primeiro e quando foi à box já era tarde demais, caiu para quinto. A equipa do touro vermelho ainda não tem aquele "killer instinct" que lhe permita ser sempre competitiva, quando tem o melhor carro e quando tem um menos bom.
No campeonato as coisas começa a ficar engraçadas. Alonso deve estar fora, tudo apontando para uma disputa a quatro entre as duplas da Red Bull e da McLaren.
Péssimo, mau demais, miserável, a arrastar-se de curva para curva esteve Schumacher, um autêntico barbeiro que não se limitou só a fazer a corrida mais paupérrima da carreira, como ainda colocou fora o Kubica e o Rubinho. Adorei ver o Liuzzi a dar-lhe um "chega pra lá" na última volta, roubando-lhe a hipótese de pontuar.
O alemão é sem qualquer dúvida o mais premiado de sempre e merece respeito por isso, mas não deixo de ver com agrado pilotos como o Alguersuari ou o Liuzzi a limparem o chão com o pluri-campeão do mundo.