Compreensão
Não é preciso saber muito do desporto, para perceber que o processo de selecção que leva um piloto até à F1 é de tal maneira apurado que os que lá chegam são o pináculo da condução e estão extraordinariamente próximos uns dos outros. Se essa proximidade cabe em 0.3 segundos não sei ao certo, mas não há-de andar muito longe.
Se o piloto à frente de todos os outros é o Alonso também não sei ao certo, mas que o espanhol andará entre os três primeiros não tenho grandes dúvidas. Dito isto, até pode passar a ideia de que gosto de o ver aos comandos do Ferrari. Não é assim, o bi-campeão sempre teve uma forma de ser e de agir que me causaram alguma repulsa, no entanto, em pista é um piloto extraordinário, pelo que compreendi os motivos da sua contratação.
Da mesma forma, compreendo os motivos das ordens de equipa que lhe deram a vitória em detrimento do companheiro de equipa, Felipe Massa. Por mais que goste de ver pilotos a lutar abertamente, como acontece na McLaren, a verdade é que no final só um pode ganhar e estes duelos não fazem mais do que desgastar as energias internas da equipa - para além do natural dispersar de pontos. Recordemos 2007, um título que parecia certo para a McLaren e que graças à luta aberta entre Alonso e Hamilton acabou nas mãos do Raikkonen.