Thursday, November 20, 2014

Erro duplo

O Rali de Portugal de volta ao norte, ainda que a Guimarães e não a Fafe, como muito se cogitou. Para mim, um erro. Um erro duplo. O Norte do País é demasiado acanhado, apertado, exíguo para uma prova desta dimensão se realizar com a serenidade com que se realizou nos últimos anos no Algarve. Como país a aposta faz sempre mais sentido no Algarve, para tentar compensar alguma da sasonalidade do turismo balnear. Há sempre o argumento do público, que está em maioria no Norte. Os verdadeiros fãs farão sempre 500 ou 600 kms para ver o seu desporto de eleição. Os outros, os simpatizantes, são aqueles que acabarão por estragar o rali a norte. São demasiados, pouco respeitadores, pouco conhecedores e com motivações que vão muito para lá dos carros. Da mesma forma que sempre rumei a Sul, agora rumarei também a Norte, onde reencontrarei os mesmos amigos de sempre, aqueles que seguem o rali para onde ele for. Reencontrarei também muitos outros, aqueles que quanto a mim acabarão por tirar ao Rali de Portugal aquela dimensão que encontrou no Algarve, aquela dimensão de Mundial, ainda que com menos gente junto à estrada, apenas a gente suficiente.

Saturday, November 15, 2014

Uma questão de estilo

Nos salões da especialidade cada vez se apresentam menos novidades técnicas. Talvez seja pelo facto das motos estarem a atingir um nível de performance que já não está acessível a quem não tenha a habilidade do Rossi. Motos com mais de 180 cvs e menos que esse número em kgs, são hoje uma realidade muito comum. Autênticas motos de corrida, que como tal, requerem pilotos de corrida.

Depois há toda a coisa da electrónica, que para além dos amantes das BMW não fascina muito o motociclista comum - a electrónica filtra muito do que é conduzir e é por causa da experiência de condução que se anda de moto.

O que tem aparecido muito nos salões de motos são derivações dos mais variados feitios, formas e conceitos. O motociclista quer cada vez mais um veículo que marque o seu estilo, a sua individualidade. É aí que o mundo das motos se separa dos carros, que cada vez são mais todos iguais.





Sunday, November 09, 2014

A calculadora





Esta coisa da nova pontuação da F1 baralha muito as coisas, no entanto não acho que seja completamente injusta.

A bom ver, o Hamilto foi o piloto mais virtuoso do ano, arrancando as melhores exibições e as vitórias mais brilhantes.

O Rosberg foi o mais certinho, errando pouco, vencendo sem grandes espalhafatos, assegurando muitos e valiosos pontos, mesmo nos dias em que nitidamente não estava tão rápido quanto o Hamilton.

Assim, chegamos à última corrida com uma ligeira vantagem do astro da condução sobre o contabilista, que quanto a mim espelha bem o equilíbrio do campeonato.

Há quem diga que se o Hamilton perder na última prova será injusto. Falamos então, depois dessa última prova, naquele impressionante circuito que mais parece um jogo de consola.