Monday, March 29, 2010

Conduzir bem por vezes não chega



Não sendo nenhum expert em futebol, diria que o Hamilton está mais ou menos como o Hulk, que é um jogador do caraças mas que não tem grande cabeça.

Na Sexta depois de fazer o melhor tempo nos treinos livres é preso por andar a fazer "burns" na via pública - algo que qualquer um de nós faria se tivesse um AMG de 500 Cvs nas mãos; a não ser que no dia seguinte tivéssemos que disputar uma prova do campeonato do mundo de F1 e recebêssemos para tal um pouco mais de 30 milhões de euros por ano - no Sábado não consegue entrar na decisiva fase de qualificação, ficando-se pelo 11º lugar e no Domingo anda que nem uma vaca louca, como sempre; ultrapassa meio mundo para perder tudo de seguida, só porque deixou que fosse a sua equipa a avaliar os estado dos pneus que tinha montados no seu carro, tomando esta a decisão de os trocar não fossem estes sucumbir ao estilo de condução "Três Dukes de Hazzard" do jovem inglês. No final ainda se queixa por ter ido à box uma vez mais do que o seu colega de equipa, Jenson Button, que por sua vez, tomou o destino nas suas mãos e disse ao seu engenheiro que era ele que ia ao volante e como tal não havia ninguém que melhor soubesse qual era o nível de aderência dos seus pneumáticos, como tal a decisão era dele.

O Hamilton é um fenómeno da condução, mas por vezes isso só não chega. Por vezes o jeito para conduzir é o que menos conta e por isso é que pilotos como o Alain Prost ou como o Schumacher foram tantas vezes campeões do mundo.

Bela como há vinte anos


Há quase vinte anos atrás sonhava com uma Aprilia AF1 com aquela pintura replica das motos de corrida, que tinham como principal patrocinador a Alitalia. Desde então, foram poucas as motos com decorações tão brilhantes e não mais ansiei por nenhuma moto que se parecesse com as das corridas.

Não é que este ano a Aprilia é novamente patrocinada pela transportadora aérea e a já de si muito apetecível RSV4 ficou ainda mais tentadora.

Sunday, March 28, 2010

F1 no seu melhor


Uma corrida do outro mundo foi o que vi hoje com o nascer do sol. Com corridas assim quem é que se importa de se levantar de madrugada?

Simplesmente do melhor que a F1 já produziu em toda a sua história.

Não haveria uma grande corrida sem um grande piloto e hoje houveram dois absolutamente gigantes em pista, Button e Kubica. O primeiro porque ganha a corrida com um golpe de génio - daqueles que nenhum computador consegue calcular e nenhum Ross Brawn consegue planear - quando decide, por ele próprio e muito antes de todos os outros, trocar para slicks. O segundo porque consegue colocar o Renault no segundo lugar do pódio, com uma corrida onde soube atacar, defender (muito) e gerir os pneus, sem fazer o mais pequeno erro.

Provavelmente Button não terá outra corrida assim este ano, mas só o facto de ter conseguido colocar o Hamilton a gritar com a sua própria equipa, porque esta tomou uma decisão - que ele não conseguiu tomar por ele próprio - menos acertada, já valeu muito para a reputação do inglês dentro da McLaren. No final Martin Withmarsh parecia até emocionado ao descrever a prestação do actual campeão do mundo.

Realce também Di Grassi e para Alguersuari que de forma valente banalizaram por completo Michael Schumacher e o seu Mercedes.

É difícil descrever mais alguma coisa na corrida de hoje, porque o o aconteceu em Melbourne é de difícil descrição, só mesmo vendo.

Saturday, March 27, 2010

Pensar fora da caixa



Estamos à porta de mais um GP e parece que afinal ninguém vai protestar o engenhoso sistema de neutralização da asa traseira da McLaren.

O sistema é uma daquelas tiradas de génio que vão rareando na F1. A razão pela qual ainda ninguém protestou prende-se com o facto de que o sistema só deverá fazer uma diferença relevante nos circuitos mais rápidos e quando lá chegarmos já toda a gente terá tido tempo para construir uma solução semelhante. Não será difícil copiar, afinal de contas, o sistema é tão simples que até parece idiota ninguém se ter lembrado disso antes.

Os parabéns à McLaren por ter pensado fora da caixa.

Thursday, March 25, 2010

Oitenta anos de muita pinta


Há tipos que têm muita pinta mas nenhum como o Steve McQueen. Parece que se fosse vivo teria feito agora oitenta anos.

Monday, March 22, 2010

Um Volvo é um Volvo



É por estas e por outras que a Volvo sobreviverá apesar de vendida ao desbarato e muitos dos outros continuam a definhar.

Saturday, March 13, 2010

Malditas férias?


Um tipo passa o ano a trabalhar para tirar uns muito desejados dias de férias, no entanto, quando estas coincidem com o início da época de F1 e isso significa que não vou poder ver a primeira corrida, não consigo deixar de pensar que mais valia tirar as férias mais tarde.


Com as vendas desesperadas das mais tradicionais marcas do mundo automóvel, como a Saab, Jaguar, Volvo ou Aston Martin, têm sido comuns comentários do género: "Nunca irei comprar um Volvo chinês!"

Eu acho que isto é um comentário sem sentido. Quem compra um carro não o faz pela nacionalidade da companhia. Quem compra um carro fá-lo por aquilo que ele representa, pelo seu valor intrínseco. Alguém tem alguma coisa contra um laptop Lenovo ou um ar condicionado Haier?


Um Jaguar continuará sempre a ser vendido por ser um Jaguar, um Volvo pela ideia de segurança e um Saab ... Bem, ninguém sabe ao certo o segredo dos Saab, mas o que é certo é que estes não deixarão de sair dos stands pelo facto dos mais recentes donos da marca, a Spyker, nunca terem feito mais do que 100 carros por ano.
Alguém desdenha de um Ferrari só por um dos accionistas da marca ser um Sheik qualquer?

Sunday, March 07, 2010

Temos campeonato!


Dei um salto a Vieira do Minho para ver o início do CPR e não me arrependi. O rali foi bem interessante, com uma disputa renhida entre o Bernardo Sousa e o Miguel Campos. O Fiesta do Bernardo é impressionante, principalmente de suspensão, parecia um WRC a pisar o asfalto. O madeirense também esteve bem, bastante mais maduro, sem arriscar em demasia e a levar a "lata" de forma imaculada até ao final. É uma mais valia para o campeonato, tanto o piloto como o carro.

Igualmente de louvar o regresso do Miguel Campos, com um andamento fortíssimo, colmatando a diferença de performance entre o Fiesta S2000 e o seu EVO X. O Miguel não desaprendeu nada, esteve naquele nível que, no passado, lhe deu inúmeros títulos nacionais. Espero que faça o resto do campeonato, mesmo se em muitas das provas a diferença entre o S2000 e o grupo N será muito maior do que se viu neste fim-de-semana.

Melhor o resultado do que a exibição para Vitor Pascoal, muito por fruto de um Peugeot muito cansado de motor. Equipas privadas têm destas coisas, infelizmente...

Gostei muito de ver o José Pedro Fontes no Porsche, não só por transmitir aquela sensação de surrealismo ao ver um GT a "gritar" nas estreitas estradas do Barroso, mas muito mais porque o carro alemão foi muito bem conduzido durante toda a prova, num misto quase impossível de velocidade e espectáculo. Conseguiu agradar ao público e ao cronómetro também.

Em bom plano também o Adruzilo num Renault cheio de saúde, Pedro Peres no carro do tio e o espanhol Senra, uma autentica bala ao volante do Peugeot S1600.

Menos bem só o baixo número de inscritos e o Paulo Antunes no Punto S1600. Se o piloto de Fafe tivesse levado o Citroen da época passada, não tenho dúvidas que tinha feito muito melhor figura.

Há males que vêm por bem, neste caso, o facto de não termos nenhuma equipa oficial presente deu novo interesse ao principal campeonato automóvel que temos entre nós.

Tuesday, March 02, 2010

O único Mercedes que andará à frente do pelotão


Este deverá ser o único Mercedes que veremos à frente do pelotão da F1 nos tempos mais próximos. Os outros, incluindo o que é conduzido pelo Schumi, andarão lá para trás, bem longe dos três primeiros.

Troca inesperada


A curiosidade que existe no ar antes do Rali Torrié, prende-se com o facto do Zé Pedro Fontes ir com o habitual carro do Mex. Ainda gostava de saber como é que se despoletou tal troca...