Sunday, March 29, 2015

Belo domingo de corridas



Hoje foi um bom dia de corridas, primeiro na Malásia, com a vitória da Ferrari e depois no Qatar com a vitória do Rossi. É claro que fiquei satisfeito com a vitória da Ferrari, ainda que preferisse que tivesse sido o Kimi, que dentro das possibilidades fez uma boa corrida também.

Para além do Vettel ter trazido a Ferrari de volta, a corrida foi de facto boa. Muita ultrapassagem, os Red Bulls a levarem na cabeça dos Toro Rosso - onde estás Helmut Marko? - os Mercedes a terem que correr atrás do prejuízo, ainda que novamente com menos de vinte carros em pista. Mau, mau foram os McLaren, mas nem vale a pena falar disso.

Ao final da tarde, grande corrida no MotoGP, com duas últimas voltas de antologia, com Rossi a bater Dovizioso, no regresso da Ducati, que acabou por conquistar os dois lugares mais baixos do pódio. As Hondas, muito mal, com Marquez a ser eclipsado pelas Ducati e pelas Yamaha e o Pedrosa nem se viu. Corridas boas, com emoção, incerteza e muitas ultrapassagens.

O melhor do desporto motorizado.

Sunday, March 22, 2015

Há quem aprenda e quem nem sequer queira

O campeonato nacional de ralis teve, no Serras de Fafe, a lista de inscritos mais impressionante desde que me lembro.

O campeonato nacional de enduro teve, em Castelo Branco, mais de duzentos inscritos.

O WTCC arrancou com mais de vinte inscritos.

A Fórmula 1 teve pouco mais de quinze carros a correr na prova inaugural, na Austrália. A categoria rainha do desporto motorizado.

A razão de uns terem inscritos recorde e outros não prende-se apenas com uma questão de gestão. Gestão de custos, através dos regulamentos.

Não sei se o Bernie está já ultrapassado ou não, mas talvez se tenha distraído e permitiu que a FIA entregasse a execução dos regulamentos ao lobby dos construtores. Enquanto houver construtores num desporto de garagistas, os custos irão sempre disparar até ao ponto de serem incomportáveis e já ninguém conseguir colocar carros na grelha.

O que se passa na F1 é uma vergonha de má gestão, ao invés do que se passa, por exemplo, em qualquer campeonato nacional de ralis, onde a standardização dos carros, criando regulamentos que se adaptem de facto à dimensão de um campeonato nacional e não do WRC, fez com que os custos baixassem realmente, permitindo muitos e bons carros à partida.

O que me entristeceu no GP da Austrália não foi a corrida aborrecida, dominada pela Mercedes, foi ver a F1 a definhar sem ter sequer carros para cumprir os mínimos na grelha de partida.