Thursday, December 29, 2011

O melhor de 2012 em quatro rodas - Sebastien Loeb




De todos e muitos os títulos que Seb Loeb conquistou, este foi aquele que foi mais suado, mais merecido. Para além deste ano o Citroen não ter grande vantagem técnica sobre o Ford, teve ainda um adversário à altura dentro da sua própria equipa. Ogier é muito bom piloto, mas Loeb ainda é o melhor e este ano demonstrou-o como nunca.

Tuesday, December 27, 2011

O melhor de 2011 em Duas Rodas - Hélder Rodrigues

Quando penso sobre o melhor deste ano em duas rodas, só me vem à cabeça o título mundial do Hélder Rodrigues. Não é que o título na categoria de raids seja muito disputado, que haja grande concorrência, mas é sempre um título mundial e muito mais importante, é o reconhecimento de que o Hélder está entre os melhores do mundo, sendo que é muito mais novo que os crónicos vencedores do Dakar.

Mais do que o título de campeão do mundo é a certeza traduzida em resultados de que teremos um piloto luso a lutar, de forma consistente, pela vitória da maior prova de aventura do planeta, o Dakar.


Sunday, December 25, 2011

Ferrari afegão



Ontem vi um 599 GTO preto; vejo-o bastas vezes já que estaciona numa garagem aqui perto. Já aqui escrevi que acho um certo encanto a uma série de Ferraris de cor negra, por exemplo o California é execrável em vermelho, mas muito aceitável em preto.

O problema do 599 GTO preto é que o seu condutor seguia nele de forma quase que envergonhada, com aquela cara de quem casou com a stripper mais boazona do Gallery, mas que depois, por vergonha, lhe veste uma burka negra para tentar passar despercebido na missa de Domingo.

Gosto de Ferraris pretos, mas também gosto deles desavergonhados, como tal, para mim, um GTO tem que ser vermelho.

Thursday, December 22, 2011

Alegria na estrada

Hoje estava um nevoeiro cerrado, um dia horrível para se andar na estrada, ao que vislumbrei um Brera à minha frente. Apesar da pouca visibilidade e de estar farto de ir ao volante, aquele vislumbre deixou-me imediatamente com um sorriso na cara. Abençoados Alfas, que ainda trazem alguma alegria ao calvário das SCUTS.


Sunday, December 18, 2011

Melhor ao vivo que nas fotos.




Quando vi o novo Range Evoque nas revistas pareceu-me muito bem conseguido, mas como por vezes o photoshop faz milagres, decidi esperar para ver ao vivo.

Quando vi o primeiro fiquei impressionado, mas pensei que talvez necessitasse de um segundo vislumbre antes de formar opinião. Hoje vi um pela segunda vez e posso dizer que é um carro muito bem desenhado.

Atrevo-me a dizer que desde os anos setenta, com a criação do primeiro Range Rover, que não havia uma espécie todo-o-terreno tão bem desenhado.

Quando pensávamos que no reino dos veículos terrenos já tudo se parecia ao mesmo, excepção feita aos Alfas, eis que aparece algo muito bom.

Sunday, December 11, 2011

Imagens raras




Com a BMW a concentrar-se apenas no DTM é muito provável que tão cedo não possamos ver imagens destas. É pena, porque foi nas corridas de resistência que a marca bávara conseguiu ganhar alguma coisa ultimamente, em tudo o resto em que se envolveu apenas se limitou a marcar presença e gastar rios de dinheiro.

É uma pena ainda maior porque o DTM é um campeonato praticamente só para "alemão ver" e onde andará a disputar vitórias com taxis Mercedes e saboneteiras Audi.

É pena.




Apesar do Romain Grosjean ser bom piloto e de gostar de ver a Lotus com uma dupla competitiva, não deixo de ficar um pouco triste por ver Bruno Senna apeado. Para além do brasileiro ter tido algumas boas prestações este ano, é sobrinho do maior e como tal é sempre um gosto vê-lo correr. Pode ser que ainda tenha hipótese de encontrar lugar noutra equipa, será difícil no entanto. É pena.

Tuesday, November 29, 2011

O regresso do mais rápido


Apesar de achar que o finlandês rapidamente se desmotivará, devido à fraca competitividade do Renault/Lotus, é com agrado que vejo Kimi Raikkonen de novo na F1. Não lhe auguro sequer uma vitória, nos dois anos de contrato, mas certamente que enquanto ele acreditar que é possível, teremos fantásticos momentos de condução.

Há uns tempos lia uma revista que dizia que na F1 actual o Alonso valia, por si só, três décimos por volta, o Hamilton valia dois, e por aí fora. Na minha opinião, se o Alonso pelos seu dotes de condução vale três décimos, então o Kimi vale cinco.


***


Comentário:

Acima de tudo vai regressar à F1 um piloto preguiçoso sem capacidade de trabalho e competência para desenvolver um carro.Verdadeiramente o que está por detrás deste regresso são meras questões relacionadas com patrocínios.É rápido? É.É mais rápido do que Alonso e Hamilton? Não.Merece um lugar na F1? NãoNo entanto vamos dar o favor da dúvida e esperar que o indivíduo tenha mudado.

(Gonçalo)

Wednesday, November 23, 2011

Homenagem




O Rossi vai ao Monza Rali Show mais uma vez, sendo que desta vai com o patrocínio da Monster e aproveita um espaço livre no carro para prestar uma homenagem ao malogrado Marco Simonceli.

Saturday, November 19, 2011




Também sou daqueles que diz que um Ferrari tem que ser vermelho, mas esse dogma começa a ser cada vez mais violentado, principalmente quando vejo um California noutra cor que não a de sangue.

O California deve ser o primeiro Ferrari de sempre que não fica bem em vermelho.

Carros funerários





Não sou grande fã de carros pretos, o mesmo se passando com carros antigos, mas há sempre excepções como é o belo exemplo da foto.

Wednesday, November 16, 2011

Eternamente Fafe





O Rali de Portugal no Algarve é como um daqueles cigarros electrónicos que agora andam por aí: é muito mais civilizado e até se parece com o verdadeiro, só que não é bem a mesma coisa.

A notícia de que a edição de 2012 terá uma espécie de abertura em Fafe, antes de regressar ao Algarve para a prova a sério, parece-me uma passa profunda num SG Gigante, daquelas gostosas, de se fechar os olhos, daquelas de quem está a tentar deixar de fumar e não consegue.

Sunday, November 13, 2011

Loeb mereceu, Hirvonen não.





Há muito que não se via o Loeb tão esforçado para conquistar um campeonato do mundo. Teve que ir até à última prova para confirmar mais um título sobre o Hirvonen. Dito assim parece que o campeonato foi renhido, ou até que o Hirvonen poderia ter sido campeão. Poder podia, mas não seria um título merecido o do finlandês.

Houve outras vezes em que Hirvonen e a Ford mereciam o caneco, no entanto, tal não seria certamente este ano. A única razão pela qual Loeb teve que se esforçar tanto deve-se ao Ogier, o seu companheiro de equipa. Não fosse isso e este ano seria mais um passeio para o francês, o oito vezes campeão do mundo.

Sunday, November 06, 2011

Marco Simoncelli




Demorou para escrever aqui sobre o desaparecimento de Marco Simoncelli.

Mesmo se fiquei impressionado da vez que o vi correr ao vivo, não posso dizer que fosse um piloto que seguisse, ou que estivesse no meu lote de pilotos de eleição. No entanto, era um jovem com talento, o que vai escaceando na MotoGP de hoje em dia e ninguém merece morrer daquela maneira.

Depois de ver as imagens do acidente demorei a voltar a sentar-me numa moto. Um acidente brutal que arrepia qualquer um que gosta do sentimento de liberdade de uma máquina destas. Um acidente que nos deixa a pensar que aquele instrumento único de emoções, pode ser bastante perigoso e como tal deve ser tratado com respeito, com muito respeito.


Monday, October 31, 2011

Sousa chinês




O Autosport anda a alimentar uma espécie de mistério à volta do carro com que o Carlos Sousa vai ao Dakar.

Já há mais de duas semanas que se diz à "boca-cheia" que ele vai correr com uma marca chinesa, cujo nome não me lembro - não censuro ninguém por não saber o nome de marcas chinesas.

Parece que o carro é um dos antigos X3 da X-Raid, com carroçaria do tal carro chinês.

Pode ser só má-língua ou boato, de qualquer das maneiras não deve faltar muito para sabermos a verdade.

Sunday, October 30, 2011

Campos e 25 anos de Portalegre, do melhor.




Há muito que não ia ver um Portalegre, há muito que digo que o Filipe Campos é dos poucos pilotos de TT que realmente sabe para que servem os pedais e o volante de um automóvel.

Ontem tive mais uma vez a confirmação que o Portalegre é uma das melhores provas nacionais, quase ao nível de um Rali de Portugal e de que o Fililpe Campos é o melhor piloto nacional de TT, desde há muito.

Para além da exibição de antologia do piloto do Mini, valeu a pena ver um pelotão com boas máquinas apesar de tudo (quatro Minis!), uma prova de motas sempre espectacular e uns malucos de Quad que faziam levantar tudo sempre que passavam. É notável a forma como andavam os primeiros das motos de quatro rodas, gente muito corajosa.

Sem dúvida um Sábado muito bem passado no Alentejo, com um tempo soberbo, uma lista com um número record de inscritos, muito público e aquela organização que faz com que esta seja a prova rainha do TT, há já 25 anos.

Wednesday, October 26, 2011

Exemplo único, infelizmente

Mário Patrão, campeão nacional em motos de TT, foi excluído de participar na Baja Portalegre 500 deste ano, por ter andado a reconhecer o percurso ilegalmente.

Uma punição exemplar, de louvar bem alto. Bem-haja à organização por colocar alguma moralidade no desporto de estrada.

Os treinos ilegais são prática comum entre nós, sendo um dos cancros dos ralis e todas as outras modalidades de estrada. Os clubes e organizadores são coniventes e não se apercebem que para além de ser uma desonestidade para os concorrentes que não o fazem, criam uma antipatia para com o desporto entre as populações que recebem as provas, já que têm que levar com malta a andar a fundo muito antes das provas, sem qualquer segurança. Para além do mais habituam os pilotos a um facilitismo que irá prejudicar os pilotos que correrem lá fora, por exemplo no mundial, onde se tem que cumprir a lei, i.e., um número máximo de passagens em treinos.

Depois não se admirem dos super-homens que temos a correr por cá, cheguem a uma prova internacional e sejam zupados.

PS: eu já fiz reconhecimentos ilegais, não me orgulho de tal.


Sunday, October 23, 2011

Carro funerário

Já não é a primeira vez que me dizem que o Mini WRC parece um carro funerário, no entanto não deixo de ficar impressionado com a performance do carro inglês, face aos Citroen e Ford, que já andam há tantos anos nestas coisas dos ralis.


Tuesday, October 18, 2011

Nem por quinhentos Hamiltons




Estava a ver as noticias acerca da troca de um soldado israelita por quinhentos palestinianos.

Estou convencido que a Red Bull não trocava o Vettel nem por quinhentos Hamiltons.

O mesmo se passava na McLaren há dois anos atrás, não trocavam o Hamilton nem por quinhentos Alonsos. Hoje em dia já não se pode dizer o mesmo, a cotação do inglês não pára de cair desde então.

Sunday, October 09, 2011

Loeb o maior?




Há muito que existe uma corrente de opinião sobre o real valor de Seb Loeb, que afirma que o francês só tem tido a hegemonia ao longo da última década porque a Citroen tem-lhe dado consecutivamente os melhores carros de todo o pelotão. Quem há muito tem este tipo de afirmação justifica-a finalmente com alguns factos, como sejam as vitórias do seu companheiro de equipa Seb Ogier.

Que o Ford nunca foi carro para o Citroen, parece-me inquestionável. Já dizer que foi só por causa disso que o pluri-campeão do mundo nunca teve ninguém que lhe fizesse sombra, vai uma grande distância. Nem Solberg, nem Hirvonen, nem Latvala, nem Sordo, nem Gronholm, nem ninguém do seu tempo, considero que sejam pilotos ao nível do francês e mesmo que tivessem um Citroen igualzinho ao deste, continuariam como até aqui, a levar na cabeça.

De facto, este ano existe um companheiro de equipa capaz de o bater, mas isso é mais mérito do Ogier do que outra coisa. Sempre disse e mantenho que o Loeb é um extra-terrestre com super-poderes, entre banais humanos. Eventualmente Ogier é da mesma raça que ele.

Wednesday, October 05, 2011

O idiota austríaco





Niki Lauda foi um grande piloto, campeão do mundo, a companhia aérea que fundou não é das piores em que já andei, mas o austríaco é um daqueles idiotas que sobrevivem à volta da F1, fazendo comentários periodicamente incendiários para lembrar a toda a gente que ainda estão vivos.

Sunday, October 02, 2011

Genes de competição

Há um ano atrás a Ducati preparava-se para abandonar o mundial de SBK para investir tudo no MotoGP e poder pagar o salário ao Rossi. Deixaram para trás duas ou três equipas privadas a correr com as 1198.

Uma dessas equipas mostrou, com Carlos Checa aos comandos, que estas motos têm a competição nos genes e são particularmente talhadas para vencer, com ou sem o apoio de fábrica.

A Ducati é a Superbike por excelência e nunca deveria ter abandonado este campeonato, nem pelo Rossi.

Parabéns Checa!


Thursday, September 29, 2011

A vaca louca

Não é de hoje que escrevo que prefiro o Button ao Hamilton.

O pai do Hamilton saiu a terreiro para defender o filho, dizendo que a culpa é do management da carreira deste. Ora eu não vejo qualquer management na muito boa época de Button.

O problema de Hamilton é que apesar de muito espectacular e de ser talvez o mais empolgante piloto em pista, pura e simplesmente não pensa. É pena, porque jeito para o volante não lhe falta.


Saturday, September 24, 2011

O idiota escocês





Estava a ver o documentário sobre o Ayrton Senna e lembrei-me que na F1 existem muitos idiotas. Esta ideia veio-me à cabeça quando vi a entrevista truculenta que este artista do barrete xadrez estava a tentar fazer ao brasileiro. Certamente no top três dos idiotas da F1, Jackie Stewart.

Sunday, September 11, 2011

A bela e o monstro




O Mclaren Mp4 12-C - quem é que inventa estes nomes? - não é propriamente um monstro, mas também não é bonito e o pior é que o Ferrari 458 é o primeiro Ferrari de motor central bonito desde há muito. Ainda não o vi ao vivo, mas estou farto de o ver nos campeonatos de GT que passam na TV e se um carro fica bem com ailerons exagerados e com a pintura feita por patrocínios, então quando na pureza das suas linhas deve ser perfeito.

Estive a ler a revista EVO e parece que o Mclaren é uma máquina do outro mundo, mas todos parecem preferir o Ferrari e não é só por este ser mais rápido em pista. Parece que o McLaren é demasiado tecnológico, demasiado cirúrgico.

Provavelmente nunca experimentarei para poder emitir opinião, mas também não preciso de experimentar para dizer que nunca escolheria um carro que não tem auto-blocante. Será que aqueles tipos em Woking não se lembraram que quem gosta de carros com excesso de potência gosta de fazer uns power-slides ou uns donuts e derreter muita borracha?

Saturday, September 03, 2011

Claudio Castiglioni, o pai da moto europeia



Claudio Castiglioni, o pai da industria motociclística moderna europeia.

Título forte mas verdadeiro e justo. De Ducati, de Aprilia, de Cagiva, de MV Agusta, de KTM, Triumph ou Husqvarna, tenham sido ou não marcas ressuscitadas por ele, todos os que montam estas gloriosas máquinas produzidas no Velho Continente devem algo a este nobre empresário italiano.

Quando nos anos oitenta, através da Cagiva, decidiu fazer renascer a Ducati, levando-a não só ao pináculo do desporto motorizado, mas criando o potencial que a fez na marca que todos nós hoje conhecemos, Castiglioni estava a provar que era possível, que não mais teríamos que viver subjugados às RR japonesas ou apanhar Parkinson ao andar nos cavalos de pau americanos da Harley. Provou que a excelência do mundo das duas rodas ainda estava algures em Itália, que havia lugar para a diferença e que não era na produção em massa que recaíam os sonhos de muitos dos que gostavam de andar em duas rodas.

Depois daquele primeiro título no campeonato do mundo de Superbikes em 1990, com a Ducati, todos os outros acreditaram, que era possível. Construtores como a Aprilia, que deixou de fazer só pequenas máquinas a dois tempos e acreditou que conseguiria bater as japonesas no seu terreno, com canhões de 1000cc a quatro tempos. Construtores de "garagem" como a KTM que hoje até carros faz, para não falar da mítica Triumph ou da rainha MV Agusta, que voltou a deixar muitos corações a suspirar.

Castiglioni voltou a colocar uma marca europeia no mundial de velocidade, com a Cagiva de 500cc, ganhou o campeonato do mundo de SBK à toda poderosa Honda com a sua RC30. Ganhou campeonatos de enduro com a Husqvarna, deu-nos hinos, obras de arte, como a Cagiva Mito, a 916, Monster, terminando com a obra-prima, em conjunto com o seu eterno "alfaiate" Tamburini, ofereceu ao mundo a MV Agusta F4.

Uma semana depois do seu desaparecimento, um sincero obrigado Claudio Castiglioni.


Saturday, August 13, 2011

Nasceu cedo demais



Por falar em pilotos que nasceram fora do tempo, Luca Cadalora foi outro deles, um dos maiores pilotos italianos de sempre e um dos meus favoritos. Foi campeão nas classes mais baixas, mas nunca conseguiu domar as incontroláveis 500cc da classe rainha. Foi uma pena porque foi dos pilotos que melhor sabia o que era uma trajectória. Nunca foi campeão do mundo de 500cc, mas está lá bem em cima, ao lado de um Lawson ou de um Gardner.

O Colin McRae das motos



Apesar de ter corrido na década de oitenta, para mim, Kevin Schwantz é um herói dos anos noventa, eventualmente por ter sido nessa década que conquistou o seu título mundial.

Foi um piloto que merecia mais, um título mundial diz pouco do seu virtuosismo. Acho que nasceu tarde demais, pelo que viu a sua carreira sofrer com a transição de tecnologia que estava a acontecer no mundial de 500cc. Devia ter corrido no tempo em que as 500 eram monstros indomáveis e assustadores, uns cinco anos antes.

Ficam na memória as suas impressionantes travagens no final da recta e as ultrapassagem que só ele tornava possíveis. Foi o último dos grandes pilotos americanos - Roberts jr e Hayden não contam - criados nas pistas de dirt-bike e habituados a andar sempre de lado com o acelerador enroscado. Depois dele vieram os pilotos-cirurgião, onde a precisão de condução valia tudo, o apogeu dos pilotos europeus. A técnica e a evolução das motos assim o ditou.

Friday, August 12, 2011

Video pretensioso



Aí está mais um excelente vídeo desse miúdo-maravilha da montagem de imagens de F1 e dos Grupo B dos anos oitenta, Antti Kalhola. Este está com um especial bom gosto na escolha da banda sonora.

O que não acho tão bom neste vídeo é o pretenciosismo do título. Chamar década dourada do desporto motorizado à década de oitenta e depois retratar "apenas" o mundial de Fórmula Um e de Ralis, parece-me pouco. O autor tem a atenuante de ainda não ser nascido quando aconteceu tudo o que se vê nas imagens.

Ralis e F1 é demasiado redutor para uma época onde já havia a loucura do Dakar, Sport-protótipos, Mundial de Turismo ou mesmo o DTM. Todos estas modalidades do desporto automóvel explodiram nessa década e tiveram os seus momentos de antologia que ainda hoje deixam saudades.

Então e as motos? Os monstros de 500cc a dois tempos? Freddie Spencer, Barry Sheene, Eddie Lawson, Wayne Gardner, Wayne Rayney, Kenny Roberts ou mesmo Kevin Schwantz. Tudo nomes de magos da arte de queimar gasolina que aparecem hoje de quando a quando e que naquela década correram quase todos juntos.

Eu também cresci com os Grupo B e ainda hoje suspiro por uma volta do Senna no Mónaco, mas o desporto motorizado nos anos oitenta não foi isso.

Monday, August 08, 2011

Horrível






Foi hoje a primeira vez que vislumbrei o Mitsubishi Colt CZC. Arrepiante.

Muito provavelmente o automóvel mais feio que vi, logo a seguir ao SsangYong Rodius. Horrível.


Monday, August 01, 2011

Eu preferia sempre o Button







O Hamilton pode ser um piloto fantástico, como se viu no Nurburgring, mas se a equipa fosse minha preferia sempre o Button. Enquanto o Hamilton é virtuosismo, o Button é inteligência, enquanto o Hamilton é génio, o Button é estratégia, enquanto o Hamilton é Pussycat Dolls, o Button é classe.

Ontem o Button foi simplesmente magistral. Ridicularizou o Vettel, o Alonso e o Hamilton.

PS: o Webber nao chegou a lutar com os primeiros e o o Massa já é ridiculo desde o início do ano.

Sunday, July 17, 2011

Adeus às camisolas de lã.



Tenho uma série de camisolas de lã, do género do tão tradicional "pullover". No outro dia, no meio da serra, com vento e chuva, envergando orgulhosamente o meu "pullover" encharcado, alguém gentilmente me ofereceu uma espécie de "polar-anorak-corta-vento-neoprene-gore-tex".

Hesitei, era colorido e berrante, feio. Lá acedi, mais por gentileza do que por acreditar nas mais valias daquela peça de roupa com cores de parapente.

Incrível, andei o resto do dia quente e confortável. Sempre que vinha mais uma chuvinha batida pelo vento, pouco me importava, até lançava sorrateiramente um sorriso aos "velhadas" das camisolas de lã monocromáticas.

Pouco tempo depois, outro amigo, ligado às coisas da BMW ofereceu-me uma volta na nova K1600GT de seis cilindros. Coisa impensável; há muitos anos que mantenho uma promessa velada de nunca me sentar numa moto BMW. Para além de um Tupperware com duas rodas não ter qualquer apelo em mim, o motociclisma BMW é, regra geral, um idiota na estrada. São daqueles que se julgam numa classe à parte, que só se cumprimentam entre eles e que nos olham como se soubessem algo mais que todos os outros. Eu não queria ser confundido com essa "gente" e para mim, seis cilindros só nos carros.

O bom do amigo não desistiu, apesar de toda a minha argumentação preconceituosa. Numa quarta-feira à tarde deixou-me uma S1000RR, para ser entregue na sexta-feira ou antes, caso eu não conseguisse vencer os meus próprios anticorpos.

No início estranhei, depois entranhou-se, não levou mais de trinta minutos. Só a entreguei cinco depósitos depois, no Sábado, bem no final do dia.

Só mesmo por aquele design assimétrico se distingue de qualquer outra japonesa, não deve muito à beleza, mas anda de uma forma... absolutamente estonteante, muito longe de qualquer coisa que alguma vez tenha conduzido.

O motor é um assombro em todos os seus 200Cvs, o quadro rígido pra caraças, as suspensões firmes e confortáveis, os travões inesgotáveis, mas até aqui tudo como numa moto de topo. Onde tudo passa à estratosfera é no conjunto de coisas como o controlo de tracção, a embraiagem deslizante, o ABS, os vários modos seleccionáveis de gestão do motor, o sistema anti-cavalinhos e na melhor invenção de sempre, o Quick-shift. Tanta electrónica e tanto sistema fazem com que o acto de condução de um monstro de 200cvs se torne em algo perfeitamente fluente e natural. Tanto sistema fornece tanta confiança, que após trinta minutos já estamos a curvar como o Rossi, a entrar na curva penduradíssimos nos travões e a rodar punho ainda com o joelho imaginariamente a roçar no asfalto.

A S1000R é, tal como tinha lido em toda a imprensa especializada, um marco no mundo das motos. Ficará na história ao lado de coisas como a CB750, a GSXR750 ou a CBR900, ao lado de motos que viraram uma página, que tornaram tudo o resto obsoleto.

A experiência com a S1000R mudou todos os meus dogmas, tal qual como aquela camisola cor de gelado tutti-fruti, depois dela as camisolas de lã nunca mais terão o mesmo encanto para mim.

Monday, July 11, 2011

Alonso mereceu



Até podemos dizer que teve sorte, mas se a teve mereceu-a bem e trabalhou para isso.

Foi uma vitória trabalhada, a de Fernando Alonso em Silverstone. O Ferrari está bem mais próximo dos Red Bull, mas não o suficiente para os vencer em condições normais. Se não fosse o problema nas boxes, o vencedor seria mais uma vez o Vettel. Mas não foi e para além de ter sido a Ferrari, começo a ficar muito contente sempre que o alemão perde uma corrida...

Webber não esteve tão bem como o Alonso, mas esteve bem e não foi pelas ordens de equipa que não ficou à frente do Vettel. O miúdo está mesmo muito forte.

Não critico as ordens de equipa. Se a equipa fosse minha tinha feito o mesmo, dar primazia ao piloto mais rápido.

Hamilton esteve como sempre, tonto. O Massa deu um ar da sua graça. O Schumi esteve como sempre, mal e tudo o resto pouco destque merece.

Há quem diga que o Di Resta merece destaque, mas também não vi nada de especial.

Para finalizar resta dizer que vi mais um bom GP, como aliás têm sido todos este ano, excepção feita a Valência.


***

opinião:

"Há que também lebrar a recuperação do heidfeld, foi de 16º para 8º no Renault que parece estar a perder fôlego, e a corrida do Di Resta foi estragada por um erro da equipa que o chamou cedo demais e nao conseguiu ter os pneus novos a tempo da chegada dele.
Má sorte para o Team Lotus com problemas de fiabilidade numa corrida em que se pensava que iriam-se sair bem e também má sorte de Button que viu a sua corrida ser estragada por um erro da equipa, que o deixou sair das boxes com uma roda por apertar."

FlyingChristi



"Não acho que o Hamilton tenha estado tonto.
E não acho que a penalização ao Schumi tenha sido justa. 1º porque o toque não foi intencional, foi um erro; segundo porque o obrigaram a parar, nunca tal visto. Para além disso, não ouvi nenhum comentário dos comissários à verdadeira corrida de carrinhos de choque protagonizada pelo Hamilton e pelo Massa na última curva... Afinal ser preto não é assim tão mau."

Gonçalo

Wednesday, July 06, 2011

Achei caro






Já me disseram que as corridas na Boavista foram espectaculares. Eu não fui porque achei os preços dos bilhetes muito exagerados.

Sunday, July 03, 2011

O Mini não é o 911



Parece-me absolutamente exagerado a quantidade de versões que existem do novo Mini. Já conduzi algumas delas e nenhuma consegue transmitir uma fracção sequer do que nós dá o modelo principal.

Agora aparecem com o Coupe, uma versão sem banco traseiro e com um tejadilho que parece uma unha encravada.

A Porsche faz esta coisa das versões com bastante sucesso para o modelo 911, mas a Porsche é a Porsche e o 911 é algo com um apelo incomparável no mundo automóvel. No caso da Mini, parece-me apenas algo que acaba por desgastar a marca, com o intuito único de extorquir mais uns euros à conta do emblema.

Sunday, June 26, 2011

Valência fora!



O GP de Valência não foi mau, mas contas feitas no final do campeonato e aposto que terá sido considerado o pior do ano.

A F1 evoluiu, andou para a frente. Podem-se criticar tantos "gadgets", mas a realidade é só uma, proporciona hoje corridas como não se viam há vinte anos. Neste quadro de inovação e excelência competitiva, circuitos como o de Valência não têm lugar. Para além de ser um circuito citadino que não está no meio de uma cidade, é aborrecido, tem apenas uma boa sequência de "esses" e nada mais.

Para mim, na F1 actual cabem os velhos clássicos como o Mónaco, Spa, Monza, Silverstone ou Montreal, tudo resto tem que ser mesmo muito melhor do que já existe. Valência está a milhas dum Yas Marina. Se querem ter um GP da Europa, então façam-no em Portimão.

Saturday, June 25, 2011

Mais da república das bananas




Não compreendo como é que se descobre que não há dinheiro para realizar uma prova como o Rali da Madeira a pouco mais de um mês da realização da mesma. Parece coisa da república das bananas. Que imagem passa de um país já de si com problemas de credibilidade lá fora.

Sunday, June 19, 2011

Pepinos franceses






As razões apontadas pela Peugeot para terem colocado o Lamy em pista apenas durante duas horas, nas vinte e quatro que tem a prova de Le Mans, parecem-se mais com as desculpas dos alemães acerca da contaminação com a bactéria E.Coli. Vergonhoso.

O Lamy, provavelmente o melhor piloto Luso de sempre, não merecia uma desconsideração destas.

A mais caricata desculpa dos franceses foi quando disseram que ele tinha dificuldade nas dobragens. Foi para rir. Devem-se ter esquecido que estavam a falar de um recordista em vitórias nas 24h de Nurburgring, talvez a prova mais difícil no que toca a ultrapassar pilotos mais lentos ou mais rápidos.

Tuesday, June 14, 2011

Obrigado Eurosport




Uma prova em que só os primeiros seis, em cinquenta e seis carros presentes, andam no mesmo segundo, deixando tudo o resto a calendários de distância não parece o tipo de corridas que eu veja. Se desses seis, três andarem a tentar ganhar a corrida através da poupança de combustível, então não se trata de certeza de uma corrida para mim.

Parece que não haveria razão nenhuma para eu ver um minuto sequer das 24h de Le Mans. No entanto, este ano vi umas largas horas da corrida, madrugada fora, devido à fantástica cobertura do Eurosport e ao nível de excelência dos comentários. Foram muitos e de bom nível os comentadores que passaram durante a transmissão e os comentadores residentes foram de uma qualidade inexcedível. Fiquei preso à TV e quando a longa corrida acabou, estava pronto para outra.

O automobilismo moderno, com excepção da F1, deve mais ao Eurosport do que à FIA. Este fim-de-semana tive mais uma prova disso.

Sunday, June 12, 2011

A vaca louca




Apesar de ser um Campeão do Mundo e de ter já muitas corridas de F1, o Hamilton não aprende. Arruinou a corrida do Webber, apesar deste lhe ter dado espaço e depois enfia-se na traseira do colega de equipa.

No final vai-se fazer de vítima como é habitual. A verdade é que apesar de ser dos mais talentosos pilotos do pelotão, não tem cabeça nenhuma.

Friday, June 10, 2011

O primeiro Supercarro




O DeTomaso Pantera foi o primeiro Supercarro que vi. Nunca foi bonito, mas afinal quase nenhum Supercarro o é. Parece que também não era grande coisa de se conduzir, mas também parece que quase nenhum o é. Enfim, cumpria a sua função, fazer com que o dono sentisse que era de novo menino e com que os meninos quisessem ser homens, para poderem possuir um.

Wednesday, June 08, 2011

Natalie Portman e o Jerónimo de Sousa





Sempre achei o SLK um carro bem desenhado, mesmo se a primeira versão era muito quadrada e a seguinte muito redonda. Quando vi o actual restyling fiquei boquiaberto com a facilidade com que se consegue estragar a estética de um carro.

A Natalie Portman não é a mulher mais bonita do mundo, mas possui uma graciosidade e beleza inequívocas. Imaginem agora que lhe implantavam a cabeça do Jerónimo de Sousa. Foi isso que fizeram ao SLK, mantiveram a linha de cintura, o pára-brisas e a traseira elegantes (o corpo da Natalie) e implantaram-lhe uma frente fora de escala, gigante, desproporcionada, enfim, a cabeça do Jerónimo de Sousa.

Sunday, June 05, 2011

Confusão no meio da bonança de GTs



Os campeonatos de GT sucedem-se como cogumelos por esse mundo fora e ainda bem, uma verdadeira lufada de competitividade no mundo das corridas com carros derivados de série.

Já percebemos que as corridas de turismos não têm grande futuro - se não fosse o Eurosport, o WTCC já estava morto - sendo que para além do mais, ver correr um Ferrari contra um Porsche tem muito mais piada do que ver um Seat contra um Chevrolet.

A única coisa que me irrita nas corridas de GTs é a história das classes. Por mais que me esforce, é sempre uma tremenda confusão distinguir entre GT1, GT2, GT3 e até GT4, todos a correr na mesma pista, ao mesmo tempo. Raramente se consegue perceber quem vai à frente de quem e mesmo para as marcas cria situações embaraçosas, como por exemplo um Aston Marttin a ser dobrado por um BMW Z4.

Na minha opinião deveriam simplificar as coisas e evitar que houvesse tanta classe a correr ao mesmo tempo. Tudo o resto é muito bom.

Monday, May 30, 2011

Mónaco ao melhor nível de sempre.



Para quem não viu o GP do Mónaco deste ano, tenho a dizer que foi uma corridaça.

Parece impossível que vi uma grande corrida nas ruas do Mónaco, onde normalmente é uma fila indiana do início ao fim da corrida, mas desta vez não. Desta vez houve de tudo, drama nas boxes, muita estratégia, acidentes q.b. e até ultrapassagens. Ultrapassagens das boas, daquelas mesmo, mesmo boas, protagonizadas pelo Schumi (2x), Hamilton (uma vaca louca que tem um instinto matador na altura de ultrapassar) e até o Massa teve o seu momento de antologia.

Em suma, assim vale a pena ver F1.

Monday, May 23, 2011

Mau demais



Da forma como estava a andar, não existem grandes dúvidas que o Vettel mereceu a vitória no GP em Barcelona. Também ninguém tem dúvidas que o Alonso, apesar de ter dado um ar da sua graça no início, não tinha qualquer hipótese contra os Red Bull e McLaren. Se até aqui são só certezas, que também ninguém duvide que o Massa é, desde o início da temporada, um corpo estranho, inerte e amorfo no seio da Ferrari.

Já ninguém lhe pede que contribua para ganhar seja o que for, mas pelo menos escusa de estender o tapete vermelho aos adversários, como fez ontem quando abriu passagem para o Vettel o ultrapassar, permitindo que este recuperasse alguma da desvantagem que tinha até então para o Alonso. Bem no início da corrida, comportou-se como um piloto do fim da tabela que tinha recebido uma bandeira azul.

Depois disto foi ainda pior, parecendo que estava a conduzir com o travão-de-mão puxado. A Ferrari falhou mais um ano no desenvolvimento do carro, mas isso é quase uma lotaria todos os anos. Já no caso do Massa não há surpresa nenhuma. Simplesmente não tem lugar entre os dez primeiros pilotos da categoria.

Sunday, May 08, 2011

Schumacher não é mau, os outros é que estão muito melhores



Eu não critiquei de forma alguma o regresso de Scumacher à F1, pelo contrário, acho que se alguém tem oportunidade de fazer o que gosta, independentemente da idade, então deverá fazê-lo o quanto antes.

Dito isto, estou à vontade para dizer que o "não-sei-quantas-vezes" campeão do mundo, voltou a fazer uma triste figura GP da Turquia. Ontem, durante a qualificação, não foi capaz de sair da frente do Hamilton, estragando uma volta lançada do inglês e hoje, na corrida, andou a dar pau em toda a gente que se atravessou no caminho dele, acabando por lutar na segunda metade do pelotão, enquanto o seu companheiro de equipa, apesar de conduzir um carro com notória falta de velocidade de ponta, andou sistematicamente nos cinco primeiros. Não sei se o tempo do Schumacher já passou, o que sei que hoje em dia existem muitos pilotos melhores que ele.

Para além das peripécias do Schumi, a corrida turca foi muito boa. Já há muito tempo que não via tantas paragens nas boxes e tantas ultrapassagens. Acho até - nunca pensei escrever isto! - que houve ultrapassagens a mais. Num dos pontos da pista turca o DRS transformava a manobra de ultrapassagem numa brincadeira de crianças, qualquer um conseguia.

Vettel no seu nível habitual, muito bom, Webber também, sendo que a surpresa veio mesmo do Alonso que com um Ferrari bem longe da performance dos Red Bull e dos McLaren, acabou em terceiro a apenas 10 segundos do primeiro. Muito bom o espanhol que hoje até comunicou com o engenheiro de pista em italiano, só para confundir os comentadores televisivos e, quem sabe, também a concorrência, habituada a ouvir tudo o que se diz no rádio em língua inglesa.

Tuesday, May 03, 2011

Visão (ou falta dela)



Ainda hoje me impressiona o facto do astro português do motociclismo correr com apoios maioritariamente espanhóis. Não é que o Miguel Oliveira precise de esmolas, mas a falta de visão das grandes empresas portuguesas, que poderiam ter no jovem piloto um veículo de publicidade por excelência, é atroz e espelha bem porque é que uns tipos a quem chamámos "troika" têm que nos vir ensinar a governar a casa.

No pelotão do MotoGP encontramos patrocínios das grandes petrolíferas mundiais, no entanto a Galp, que se diz uma empresa ibérica, não conseguiu perceber o potencial de um desporto que é o primeiro a seguir ao futebol em Espanha e onde pela primeira vez Portugal tem um ídolo por quem vibrar.

Saturday, April 30, 2011

911 GT3 RS 4.0



A Porsche ensina-nos há muito como fazer render um conceito. Na última geração acho até que exageraram um pouco, pois há tantas versões do mesmo carro que as mesmas se canibalizam um pouco umas às outras.

Pouco importa, parece que esta é a derradeira interpretação desta série, o 911 GT3 RS 4.0. Para mim, um dos que figurava de certeza em qualquer garagem de sonho.

Em suma, 500 cvs, 125cv/litro, 1360 kg e 7m27s numa volta ao Nurburgring!

O que faltava na lista de extras



Existem listas de extras e listas de extras. Há quem diga que a do Porsche Panamera é das mais completas de sempre, não faltando a cobertura em pêlo do volante e a esteira de esferas de madeira para um sentar mais confortável. Ah, não esquecer do suporte para o bloco de notas.

Monday, April 25, 2011

Ressureição

Cafe cowboy from benedict campbell on Vimeo.


Não gosto de máquinas velhas, por princípio. Sonho com um GT3 última geração, ou uma 1098 com quick-shift e embraiagem deslizante. Nunca me dei ao gosto de olhar para clássicos, máquinas que já tiveram os seus tempos de glória. Não que não ficassem bem na garagem, mas só para admirar e relembrar os tempos em que foram grandes. Para andar e acelerar temos o melhor que a tecnologia dos nossos dias nos dá, de forma análoga à substituição do Spectrum pelo iPad.

Não encaro o estilo "cafe-racer" como algo que estima o bolor e o cheiro a mofo. Não se trata de adorar espíritos passados. Trata-se de dar uma nova vida, um novo sentido a algo que já chegou ao fim da vida para que tinha sido concebido. Daí o fascínio de ver reinterpretados motores e quadros que já tiveram várias vidas passadas. Se há quem acredite que as máquinas têm alma, então é aqui que elas reencarnam.

Dolly Parton 30 polegadas



O diâmetro das jantes é como o tamanho do sutiã, quer-se com alguma dimensão. Neste caso, trinta polegadas parece-me um pouco exagerado, um pouco Dolly Parton.

O Dumbo não existe



O Coma e o Rúben Faria foram para o deserto mais uns tipos dos X-games, tentar fazer freestyle.

O problema é que ao invés dos malucos dos jogos da adrenalina, não levaram motos próprias para o efeito, decidiram levar as motos com que normalmente disputam o Dakar.

O resultado estava à vista, enquanto uns planavam pelas dunas os outros pareciam que estavam a tentar fazer voar um elefante.

Wednesday, April 20, 2011

A pensar no público, que é quem interessa


O último GP de F1 disputado na China foi das melhores corridas que vi ultimamente. O primeiro e o terceiro posto foram decididos nas últimas três voltas. Muito bom mesmo.

Para mim o que ainda falta na F1 moderna é visualização. Só num grande plano percebemos quem está a utilizar o DRS e só mesmo com a vista de dentro do carro se percebe quem está a usar o KERS.

Num troféu infinitamente mais básico que a F1, na VW Scirocco R-Cup, o público tem uma visualização infinitamente mais clara do que se passa com os chamados sistemas de "push-to-pass". Os carros têm uma luz à frente e outra atrás que acende sempre que o piloto aperta o botão do "boost" e como neste troféu este "gadget" tem um número limitado de 15 utilizações, podemos ver também na janela lateral quantas vezes já foi utilizado. Simples e eficaz, a pensar no público que é em última instância o objecto principal de uma corrida de automóveis.

Sunday, April 10, 2011

Auto-rádio, por favor.



É impressionante, a velocidade com que muda a percepção sobre o que deve ser um automóvel.

Infelizmente para nós, Tugas, não trocamos de automóvel tantas vezes como gostaríamos. O dia em que o fazemos é sempre especial, pois sabemos que irão passar largos anos sem que voltemos a sentir aquela sensação. Como tal, o momento em que estacionamos em frente ao café lá do bairro e mostramos a viatura à rapaziada pela primeira vez, faz parte do ritual e convém ser bem preparado. Memorizam-se detalhes, histórias sobre a compra, inflaciona-se o preço e por aí fora; da mesma forma, hoje em dia, como se fazia há vinte anos atrás. A diferença toda está na reacção da malta, nos comentários, nas perguntas.

O maluco dos computadores pergunta se "Tem sensores de estacionamento? E navegação? Tem sensor de chuva? Disco rígido?", logo de seguida o melómano pergunta "USB? Dá para ligar o iPod?", a que se junta o tipo da auto-estrada "Tem Cruise-control? ACC? Run-flat? Tem bancos aquecidos? Regulação eléctrica? Porta-copos?", mais o pai de família "Isofix? Como é a mala? DVD?". No final, para arrasar, em uníssono, "Qual é o consumo?".

Eu ainda suportava o "Tem ABS? E airbag? Direcção assistida? Vidros eléctricos?", mas isso foi há mais de dez anos atrás. O que aconteceu ao "Quantos cavalos tem? Bancos desportivos? E a suspensão?", "Como são os travões? Curva bem?", "A caixa? É curtinha?", "Tem autoblocante?", "Quanto pesam as jantes?", "Quanto é que dá?" ...

Esqueçam (!), hoje um carro é definido pelos gadgets, pelo número de botões e LCDs que tem no interior. O máximo que vos podem perguntar sobre as capacidades dinâmicas e de condução é se é confortável. Comprar um carro por ser confortável é como casar com uma mulher por ela ser pontual - talvez mude de ideias no futuro, quando tiver oitenta anos.

As marcas agem em conformidade, com listas de equipamento do tamanho das páginas amarelas. Cá para mim, a única cruz que não me esqueço de fazer numa lista de extras é no auto-rádio, quase tudo o resto é frescura.

A tradição M



A BMW abandonou os motores atmosféricos nos seus modelos mais desportivos, mas parece que foi só isso que mudou lá para os lados de Munique. Com o lançamento do novo M5 podemos concluir que a tradição mantém-se.