Thursday, September 29, 2011

A vaca louca

Não é de hoje que escrevo que prefiro o Button ao Hamilton.

O pai do Hamilton saiu a terreiro para defender o filho, dizendo que a culpa é do management da carreira deste. Ora eu não vejo qualquer management na muito boa época de Button.

O problema de Hamilton é que apesar de muito espectacular e de ser talvez o mais empolgante piloto em pista, pura e simplesmente não pensa. É pena, porque jeito para o volante não lhe falta.


Saturday, September 24, 2011

O idiota escocês





Estava a ver o documentário sobre o Ayrton Senna e lembrei-me que na F1 existem muitos idiotas. Esta ideia veio-me à cabeça quando vi a entrevista truculenta que este artista do barrete xadrez estava a tentar fazer ao brasileiro. Certamente no top três dos idiotas da F1, Jackie Stewart.

Sunday, September 11, 2011

A bela e o monstro




O Mclaren Mp4 12-C - quem é que inventa estes nomes? - não é propriamente um monstro, mas também não é bonito e o pior é que o Ferrari 458 é o primeiro Ferrari de motor central bonito desde há muito. Ainda não o vi ao vivo, mas estou farto de o ver nos campeonatos de GT que passam na TV e se um carro fica bem com ailerons exagerados e com a pintura feita por patrocínios, então quando na pureza das suas linhas deve ser perfeito.

Estive a ler a revista EVO e parece que o Mclaren é uma máquina do outro mundo, mas todos parecem preferir o Ferrari e não é só por este ser mais rápido em pista. Parece que o McLaren é demasiado tecnológico, demasiado cirúrgico.

Provavelmente nunca experimentarei para poder emitir opinião, mas também não preciso de experimentar para dizer que nunca escolheria um carro que não tem auto-blocante. Será que aqueles tipos em Woking não se lembraram que quem gosta de carros com excesso de potência gosta de fazer uns power-slides ou uns donuts e derreter muita borracha?

Saturday, September 03, 2011

Claudio Castiglioni, o pai da moto europeia



Claudio Castiglioni, o pai da industria motociclística moderna europeia.

Título forte mas verdadeiro e justo. De Ducati, de Aprilia, de Cagiva, de MV Agusta, de KTM, Triumph ou Husqvarna, tenham sido ou não marcas ressuscitadas por ele, todos os que montam estas gloriosas máquinas produzidas no Velho Continente devem algo a este nobre empresário italiano.

Quando nos anos oitenta, através da Cagiva, decidiu fazer renascer a Ducati, levando-a não só ao pináculo do desporto motorizado, mas criando o potencial que a fez na marca que todos nós hoje conhecemos, Castiglioni estava a provar que era possível, que não mais teríamos que viver subjugados às RR japonesas ou apanhar Parkinson ao andar nos cavalos de pau americanos da Harley. Provou que a excelência do mundo das duas rodas ainda estava algures em Itália, que havia lugar para a diferença e que não era na produção em massa que recaíam os sonhos de muitos dos que gostavam de andar em duas rodas.

Depois daquele primeiro título no campeonato do mundo de Superbikes em 1990, com a Ducati, todos os outros acreditaram, que era possível. Construtores como a Aprilia, que deixou de fazer só pequenas máquinas a dois tempos e acreditou que conseguiria bater as japonesas no seu terreno, com canhões de 1000cc a quatro tempos. Construtores de "garagem" como a KTM que hoje até carros faz, para não falar da mítica Triumph ou da rainha MV Agusta, que voltou a deixar muitos corações a suspirar.

Castiglioni voltou a colocar uma marca europeia no mundial de velocidade, com a Cagiva de 500cc, ganhou o campeonato do mundo de SBK à toda poderosa Honda com a sua RC30. Ganhou campeonatos de enduro com a Husqvarna, deu-nos hinos, obras de arte, como a Cagiva Mito, a 916, Monster, terminando com a obra-prima, em conjunto com o seu eterno "alfaiate" Tamburini, ofereceu ao mundo a MV Agusta F4.

Uma semana depois do seu desaparecimento, um sincero obrigado Claudio Castiglioni.