Monday, May 30, 2011

Mónaco ao melhor nível de sempre.



Para quem não viu o GP do Mónaco deste ano, tenho a dizer que foi uma corridaça.

Parece impossível que vi uma grande corrida nas ruas do Mónaco, onde normalmente é uma fila indiana do início ao fim da corrida, mas desta vez não. Desta vez houve de tudo, drama nas boxes, muita estratégia, acidentes q.b. e até ultrapassagens. Ultrapassagens das boas, daquelas mesmo, mesmo boas, protagonizadas pelo Schumi (2x), Hamilton (uma vaca louca que tem um instinto matador na altura de ultrapassar) e até o Massa teve o seu momento de antologia.

Em suma, assim vale a pena ver F1.

Monday, May 23, 2011

Mau demais



Da forma como estava a andar, não existem grandes dúvidas que o Vettel mereceu a vitória no GP em Barcelona. Também ninguém tem dúvidas que o Alonso, apesar de ter dado um ar da sua graça no início, não tinha qualquer hipótese contra os Red Bull e McLaren. Se até aqui são só certezas, que também ninguém duvide que o Massa é, desde o início da temporada, um corpo estranho, inerte e amorfo no seio da Ferrari.

Já ninguém lhe pede que contribua para ganhar seja o que for, mas pelo menos escusa de estender o tapete vermelho aos adversários, como fez ontem quando abriu passagem para o Vettel o ultrapassar, permitindo que este recuperasse alguma da desvantagem que tinha até então para o Alonso. Bem no início da corrida, comportou-se como um piloto do fim da tabela que tinha recebido uma bandeira azul.

Depois disto foi ainda pior, parecendo que estava a conduzir com o travão-de-mão puxado. A Ferrari falhou mais um ano no desenvolvimento do carro, mas isso é quase uma lotaria todos os anos. Já no caso do Massa não há surpresa nenhuma. Simplesmente não tem lugar entre os dez primeiros pilotos da categoria.

Sunday, May 08, 2011

Schumacher não é mau, os outros é que estão muito melhores



Eu não critiquei de forma alguma o regresso de Scumacher à F1, pelo contrário, acho que se alguém tem oportunidade de fazer o que gosta, independentemente da idade, então deverá fazê-lo o quanto antes.

Dito isto, estou à vontade para dizer que o "não-sei-quantas-vezes" campeão do mundo, voltou a fazer uma triste figura GP da Turquia. Ontem, durante a qualificação, não foi capaz de sair da frente do Hamilton, estragando uma volta lançada do inglês e hoje, na corrida, andou a dar pau em toda a gente que se atravessou no caminho dele, acabando por lutar na segunda metade do pelotão, enquanto o seu companheiro de equipa, apesar de conduzir um carro com notória falta de velocidade de ponta, andou sistematicamente nos cinco primeiros. Não sei se o tempo do Schumacher já passou, o que sei que hoje em dia existem muitos pilotos melhores que ele.

Para além das peripécias do Schumi, a corrida turca foi muito boa. Já há muito tempo que não via tantas paragens nas boxes e tantas ultrapassagens. Acho até - nunca pensei escrever isto! - que houve ultrapassagens a mais. Num dos pontos da pista turca o DRS transformava a manobra de ultrapassagem numa brincadeira de crianças, qualquer um conseguia.

Vettel no seu nível habitual, muito bom, Webber também, sendo que a surpresa veio mesmo do Alonso que com um Ferrari bem longe da performance dos Red Bull e dos McLaren, acabou em terceiro a apenas 10 segundos do primeiro. Muito bom o espanhol que hoje até comunicou com o engenheiro de pista em italiano, só para confundir os comentadores televisivos e, quem sabe, também a concorrência, habituada a ouvir tudo o que se diz no rádio em língua inglesa.

Tuesday, May 03, 2011

Visão (ou falta dela)



Ainda hoje me impressiona o facto do astro português do motociclismo correr com apoios maioritariamente espanhóis. Não é que o Miguel Oliveira precise de esmolas, mas a falta de visão das grandes empresas portuguesas, que poderiam ter no jovem piloto um veículo de publicidade por excelência, é atroz e espelha bem porque é que uns tipos a quem chamámos "troika" têm que nos vir ensinar a governar a casa.

No pelotão do MotoGP encontramos patrocínios das grandes petrolíferas mundiais, no entanto a Galp, que se diz uma empresa ibérica, não conseguiu perceber o potencial de um desporto que é o primeiro a seguir ao futebol em Espanha e onde pela primeira vez Portugal tem um ídolo por quem vibrar.