Saturday, September 30, 2006

2007 - o ano do Diesel


Esta é a máquina da Peugeot para combater a Audi nas 24 horas de Le Mans, com motor Diesel, V12 e 700 CVs de potência.
Com estes dois pesos pesados a correrem pela vitória, certamente que o vencedor andará a Diesel, da mesma forma que no Dakar tb este tipo de motores deve sair vitorioso, pois parece que finalmente existe uma equipa à altura de bater a Mitsubishi, mais precisamente a VW, que conta com um autêntico Dream Team, com Sainz e Vatanen, acompanhados pelo de Villiers e quem sabe se o nosso Sousa não dá também uma ajudinha.
O que assistimos é um reflexo desportivo do automóvel do dia a dia, ou seja a era do Diesel, onde longe vão os dias em que estes eram maioritariamente utilizados em tratores e taxis. Hoje, na Europa, os Diesel estão prestes a ser mais numerosos que os tradicionais veículos a gasolina e nas pistas reflete-se agora, exactamente esta tendência do mercado.

Retratamento


Tem que haver aqui um retratamento em relação à novela Michael Schumacher e à continuidade avançada neste espaço, antes do Alemão ter anunciado o final da sua carreira. Até o Zandinga se enganava, mas por aqui a hipótese da continuidade do piloto era baseada em probabilidades fortes e não numa qualquer bola de cristal. De qualquer das maneiras é certo que a F1 fica mais pobre e também é certo que esta alteração nas cadeiras aumentou fortemente a possibilidade da Ferrari entrar em mais um ciclo ganhador. Com o ingresso do Finlandês, Kimi Raikkonen, a Scuderia consegue o concurso do piloto mais rápido da actualidade e se não se afogar em vodka, formará com Massa a dupla mais consistente de todo o pelotão. Na concorrência, a Renault vai passar por um período sabático, pois a Fisichela falta sempre algo e Kovalainen ainda é muito verde. Na Mclaren, Alonso vai gastar muita energia em a tentar que a equipa reme toda para o mesmo lado e se possível na sua direcção. Tudo o resto serão fogachos, não existindo assim concorrência à equipa Italiana.

Thursday, September 28, 2006

As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Lancia Stratos (11)



Parece sempre estranho que um carro de ralis possa estar entre as 49 mais belas máquinas de quatro rodas, mas no caso do Stratos julgo que esta nomeação é unânime. Normalmente estas belezas estéticas são autênticas prima-donas, mais vocacionadas para exposições e passeios de fim-de-semana, do que para as torturas do campeonato do mundo de ralis dos anos setenta.
O tipo que o desenhou foi o mesmo que desenhou o Miura, Marcelo Gandini, a partir de um protótipo que parecia saído da série Espaço 1999. O carro começou por ter um motor V4 mas rápidamente instalaram um V6 proveniente da Ferrari, com 245 CV, o chassis feito pela Bertone e uma carroçaria que era feita em apenas três peças, os dois enormes capôs, traseiro e dianteiro e a parte central do habitáculo. Fizeram somente 500, necessários para homologação em competição, vendendo menos do que isso, pois o carro era tão belo como inutilizável no dia-a-dia. Fala-se de um barulho e de um calor insuportável, pois o motor estava colado aos bancos dos passageiros, assim como a impossibilidade de ver alguma coisa para trás, visto que o vidro traseiro tinha uma persiana permanentemente corrida. Mas como o carro foi feito para as estradas de terra, neve e gelo, aí era imbatível ganhando tudo de forma insolente e espalhando classe por onde passava. Se pensarmos que data de 1974 e que foi feito para ganhar ralis, então podemos atestar da genialidade de quem o desenhou.

Monday, September 25, 2006

Adruzilo Lopes vence Troféu Tomaz Mello Breyner


Era o que se estava à espera quando finalmente um piloto reconhecidamente rápido começou a correr no TT.

De volta com uma vitória.


É bom estar de volta e começar logo com os parabéns a todos os magos das motos vermelhas que construiram mais uma vitória de Loris Capirossi no mundial. Vitória que é indissociável da excelência da DUCATI, ainda mais quando foi à frente do Rossi e de um batalhão de Hondas, supostamente rápidas.
Há umas corridas atrás quando de outra vitória vermelha, com mais de sete segundos de avanço sobre Rossi, não escrevi aqui nada porque poderia ter sido sorte, mas desta não deixou margem para dúvidas e mostra que o virtuosismo da marca Italiana nada deve ao acaso.

Wednesday, September 06, 2006

Até o Ayrton tirava férias

Se o Ayrton exigia sempre pelo menos um mês completo de férias, nós por cá encostamos este espaço às boxes nas próximas duas semanas. Entretanto, o Schumacher ganha em Monza e o Massa fica em segundo. No paddock, o Alemão deverá anunciar que para o ano vai correr ao lado do Raikkonen na Scuderia e vai começar a novela acerca da renovação de contrato do Tiago Monteiro com a Midland, algo que só deverá acabar para o ano, em Março. O Armindo vai ganhar o Rali do Centro de Portugal, o Peres fica em segundo, o Miguel Campos vai continuar a arranjar desculpas no Subaru e o Teodósio vai aparecer todo atravessado em todas as curvas a pensar que ainda está na Finlândia, apercebendo-se que o rali é em asfalto quando ler o Autosport na segunda-feira seguinte. A Ducati ganha o próximo GP, enquanto o Rossi fica definitivamente arredado do título, que vai parar de mão beijada ao Hayden. A Ford vai ter o melhor carro, mas quem vai ganhar o Rali do Chipre vai ser o Loeb, outra vez e ou arranjam outra coisa para este Francês fazer ou então ele vai acabar por matar de vez a pouca competitividade que o Campeonato do Mundo tem.
Para lavar a vista aqui fica mais uma foto caseira, da versão de competição de uma das 49 mais belas máquinas de quatro rodas, o Jaguar E.

As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Aston Martin DB4 Zagato (10)


Neste top não existem carros feios, mas este está entre os melhores dos melhores. Este carro representa o canto do cisne da Aston Martin, depois deste foi sempre a descer e só quando a Ford deitou as mãos nesta marca mítica, é que as coisas se voltaram a assemelhar com gloriosos tempos antigos. Em 1961 tinha uns estonteantes 314 Cv, numa carroçaria mais leve que o DB4 normal, magestosamente desenhada pelo mago Italiano que lhe deu nome. Como é tradicional nestas obras de arte, só se fizeram 19 unidades (até nisto o 911 é uma excepção, há milhares deles), pelo que nos dias de hoje, este é mais uma fortuna ambulante em quatro rodas.

Ortigão - vais fazer falta


Foi com muita pena que soube hoje que o Pedro Ortigão irá encostar o C2, não participando nas restantes provas do Nacional de Ralis. O Pedro é um dos pilotos que ainda carrega o velho espírito dos ralis, de camaradagem, generosidade e companheirismo, com uma rivalidade sempre salutar. Vai fazer falta.

Tuesday, September 05, 2006

Video caseiro - condução na neve

Já que estamos numa de imagens caseiras, aqui fica uma bela passagem de um grande piloto pela neve da Rep. Checa.

Foto amadora do interior traseiro de um 911


Foto amadora do interior traseiro de um 911 RSR. 

Monday, September 04, 2006

993 - o meu favorito


Este carro anda cá há tantos anos, que já se fizeram séries para todos os gostos, mesmo se o desenho original pouco foi alterado, ainda assim conseguimos dizer que gostamos mais deste ou daquele, por causa de pequenos detalhes, do género, "...gosto mais deste porque tem umas ópticas mais redondas...".

As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Porsche 911 (9)


Não é raro, ainda nos dias de hoje, ouvir dizer de quem compra um certo tipo de desportivo, "...é como casar com um gaja boa, sabendo de antemão que se vai ter problemas". Segundo os próprios donos é algo que acontece com frequência, compra-se um belo desportivo, carregadinho de cavalos, com velocidades máximas assustadoras e que fazem dos zero aos cem, uma vez. São carros rápidos mas caprichosos, que aquecem durante o trânsito, que necessitam de uma embraiagem nova ao segundo arranque a fundo e que se vêem com frequência em cima do reboque do ACP, ou dentro de garagens, com um utilitário a gasóleo como companhia e com uns cartões de protecção contra as manchas de óleo no chão.
"Um Porsche é sempre um Porsche, não interessa a idade" - ouve-se com frequência, mas certamente que quem começou com este "dizer", o fez com o 911 no pensamento. O 911 é a antítese de tudo o que se tem garantido num desportivo. Começando pelo motor, montado no sítio errado, já agora com o formato errado(quem é que se lembrou de um motor horizontal?), com quatro lugares, apesar de ainda não terem descoberto nenhuma espécie de mamífero que caiba naqueles dois lugares traseiros, com uma altura ao solo que permite circular em Portugal, com intervalos de manutenção de 15 000 kms, com um ar condicionado que funciona e tudo mas mesmo tudo com a fiabilidade de um Toyota.
Deve ser difícil passar por um 911 bem conduzido, mesmo mal conduzido, não existe nada tão rápido que depois de umas voltas no "track-day" do Estoril, não sirva para fazer umas compras no Cascaishopping e se tiver bom tempo ainda dê para transportar a prancha de surf até à praia e estacionar em cima do passeio. É todo este o encanto do 911, é ver o carro que acabou de ganhar as 24 horas de Le Mans, a entrar no "Drive-in" do McDonalds. É poder sonhar em ter um, sem ter que reasfaltar o caminho para casa, sem ter que dar os miúdos para adopção, sem ter que ser sócio dos reboques do ACP ou da Galp Energia, sem ter que pensar como é que o vamos vender, pois o 911 dura para sempre.

Loeb - tão à frente que nem parece Francês


Gaita, que este Francês é impressionante. A Ford, mesmo com o melhor carro, com pneus à altura, com um piloto que já foi Campeão do Mundo e que é tudo menos lento, tudo num conjunto que este ano falhou muito pouco, não é capaz de derrotar Loeb, pois basta um pequeno deslize para que o Francês aproveite de forma implacável, não passando cartão a ninguém. Este piloto já tem o maior número de vitórias e mais não sei quantos "records" na modalidade, mas vai continuar a coleccionar records e títulos, pois é um predestinado, um sobredotado como há muito não se via no automobilismo. Ainda com muitos anos pela frente, tem já lugar entre mitos, como Fangio ou Senna,

Saturday, September 02, 2006

Corridas de taxis


Alesi quebrou o verniz na aparente harmonia que se vive no DTM.
"“A DTM é uma categoria muito especial. Os carros são os mesmos para todos, mas aí na hora de acertá-lo você não recebe a permissão da equipe. Você sabe o que precisa mudar para ficar mais competitivo, mas os chefes dizem: Não, o carro é este e você não irá mudá-lo, irá apenas pilotar. Eu não quero ser qualquer um quando entro no carro. Sinto-me negligenciado. Você sabe o quanto testei nestes últimos cinco anos? Três dias. A Mercedes vai testar muito, mas com outros pilotos. Eu só piloto nos finais de semana de corrida, e sem poder ajustar nada no carro. Vou realizar minhas responsabilidades, porque também não quero cuspir no prato que comi por cinco anos. Mas no meu ponto de vista, é hora de mudar. No final desta temporada eu irei deixar a DTM”, desabafou o francês à revista Autosprint.
Há muito que se vêem tiques Americanos na organização do DTM, com arranjinhos entre a Mercedes e a Audi, ditando o abandono da Opel, pilotos famosos que subitamente ficam lentos e se vêem obrigados a lutar com outros lentos que ficam famosos a conta destes, mas nem por isso mais rápidos. Nunca foi segredo que o objectivo número um era criar um um campeonato que proporcionasse espectáculo para o público, mas parece que a fórmula encontrada consiste em contratar pilotos que funcionem como cabeças de cartaz, como Alesi, Frentzen ou Hakkinen e depois submetê-los a condições inferiores de forma a que o pelotão todo tenha uma performance nivelada. O ridículo aconteceu mesmo quando obrigaram Alesi, um dos pilotos mais bem pagos e que mais retorno traz, a correr com um carro do ano passado. Paz podre que vai pelos lados Alemães, que justifica em muito o total desinteresse de outros construtores em integrar esta competição.

Ferrari Miami Vice


É óbvio que a Ferrari aproveitou o filme para promover o 430 Cabrio, mas definitivamente o carro que ficava bem em Miami era o Superamerica.

Friday, September 01, 2006

Motor radial - fantástico


Por falar em originalidade na utilização de motores radiais, esta é das mais fantásticas que já vi.

Trossi - Monaco


Um dos grandes pilotos que normalmente visita este espaço, referiu que o tipo que desenhou o Mercedes que se parece com o Batmobile, o Conde Trossi, também tinha desenvolvido um carro de GP. Não sei muito acerca deste carro mas pela foto vejo que o Conde Trossi manteve a originalidade, ao montar um motor radial, qual avião de combate.