Sunday, May 30, 2010

Sebastien "Red Bull" Vettel



O Hamilton teve hoje uma vitória suada e muito merecida, no entanto disso pouca gente falará. O que será assunto no resto da semana será o incidente entre Vettel e Webber.

Correndo o risco de me chamarem faccioso - Webber é um dos meus favoritos - afirmo, desde já, que a culpa foi do Vettel.

Aceito que o Webber não deu muito espaço e pode-se mesmo dizer que tentou espremer o seu companheiro, no entanto o miúdo alemão é que provoca o contacto, virando intempestivamente para a direita. O australiano não se desviou, porque não tinha que o fazer e o contacto foi inevitável.

Os comentários de ambos no final até foram aceitáveis, nenhum assumiu a culpa, considerando o acontecido como uma situação normal de corrida. O que passou as marcas foram as declaração do homem forte da equipa, Helmut Marko, apontando tudo para cima do Mark Webber, fazendo do Sebastien Vettel uma virgem inocente. Bem, se calhar nada disto é de estranhar. Da mesma forma que a Mercedes é a equipa do Schumacher, a Red Bull é, em segredo, a equipa do Vettel.

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(Opinião)

Eu pessoalmente não diria melhor, e finalmente encontro alguem que gosta do Mark Webber... Acho que após aquele acidente em Le Mans e a sua Estreia na F1 na Australia, aprendi a ter muito carinho pelo piloto! Que seja campeão do mundo, isto desde que, claro, a Red Bull não o comece a queimar a partir de agora.
Abraço

Il Capo

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A culpa foi do Vettel não tenho duvidas (nem mesmo ele). Mas só em equipas que não estão habituadas a ganhar (e a ter que tomar decisões dificeis - leia-se jogo de equipa) é que isto acontece...
No final do ano, quando estes pontos fizerem falta, não venham chorar.

Gonçalo

Tuesday, May 25, 2010

Talvez o último da sua raça


Estamos a sofrer uma recessão na mecânica automóvel. Não sou saudosista, mas os carros nunca mais serão a mesma coisa. Toda a gente está a correr para motores mais pequenos. Diz-se até que daqui a dois ou três anos a F1 terá motores de quatro cilindros.

Não tenho nada contra a eficiência energética ou contra a redução de consumos, mas um V12 sempre foi o expoente da excelência mecânica. Sempre foi a configuração perfeita para qualquer motor de combustão interna. Então quando era feito pela Ferrari...

Suponho que nunca mais farão um carro como o 599 GTO. Nunca mais lançarão um grande V12 puxado assim até ao limite. Nunca mais ouviremos um barulho destes vindo de um carro novo. Este é um dos últimos da sua espécie. Animal em vias de extinção.

Saturday, May 22, 2010

Depois desta nunca mais será a mesma coisa.



Há veículos que para além de o serem, representam também marcos da história. Depois do Ford T, as linhas de montagem nunca mais foram as mesmas. O Bugatti Type 35 criou as corridas de automóveis e estas nunca mais foram as mesmas depois do Auto Union Type C. Depois do 911, o Carocha nunca mais foi o mesmo. O que seria de São Francisco sem o Mustang do McQueen? E Le Mans? O que seria de Le Mans sem o Porsche 917? E sem o Ford GT 40? Então e o Miura? O primeiro carro com pestanas. Depois do Mini as cidades nunca mais foram as mesmas. Será que haveria desportivos matriculados se a Ferrari não tivesse feito o 250 GTO? Depois do Ford Escort RS1600 os ralis passaram a ser o desporto do povo. Será que ainda haveriam ralis se não fosse o Audi Quattro. Com o M3 passámos a ir às compras, para o trabalho, para o infantário, de férias com a família e por aí fora, ao volante do campeão do mundo de turismo. Com o Golf passámos a ter GTIs. Com o F40 tivemos Fórmula Uns matriculados. Com o McLaren F1 vieram os Hiper Carros e com o Veyron, 1000 cavalos passaram a ser tão comuns com o défice no orçamento.

Nas motos é a mesma coisa, a Honda CB 750 matou as europeias, a Suzuki GSXR fundou as superbikes de 750cc, a Honda CBR 900RR acabou com elas, a Ducati 916 mostrou como é que se ganhavam campeonatos com motos do stand, a MV Agusta F4 é a mais bela escultura desde o cavalo de Da Vinci e agora temos mais um genial marco do engenho humano, a BMW S1000RR. É tão só a moto mais avançada e evoluída de sempre.

Por 15000 euros a marca de Munique traz-nos a moto mais potente de série, numa ciclística de Superbike. No entanto, não será por isso que a moto bávara será recordada daqui a vinte anos. Nessa altura diremos então que depois da S1000RR a electrónica nunca mais foi a mesma.

Ainda carregamos o paradigma de que para andarmos verdadeiramente depressa temos que desligar as ajudas electrónicas, essas coisas para totós. Neste caso e pela primeira vez no mundo das motos, a electrónica não só torna os 193 cvs utilizáveis como torna tudo mais eficaz e consequentemente mais rápido. Basta dizer que quando foi apresentada no Autódromo de Portimão, a BMW lançou para a pista, ao mesmo tempo, 40 jornalistas, que depois de andarem a fundo durante toda a tarde entregaram as montadas imaculadas, apenas com mais uns kms e com os pneus carecas. Para além da ausência de quedas ser coisa rara nestas ocasiões, outro acontecimento inesperado aconteceu. Quem andou com a electrónica desligada foi, em média, dois segundos mais lento.

Monday, May 17, 2010

Mark contra o Clearasil


Não é a primeira vez que ouço dizer com regozijo que o regresso do Schumacher é prova da força dos quarenta.

Se o Schumi simboliza a força dos quarenta então o Webber transporta o poder dos trinta. Mais do que isso, o que as prestações do australiano nos dizem é que não é preciso ter-se menos de vinte cinco anos para se ser bem sucedido na F1. Esta torrente de adolescentes é mais um daqueles exageros que só este desporto tem.

Nos últimos dez anos o pelotão não tem parado de se renovar com miudagem borbulhosa, numa busca frenética da renovação, ou da procura do novo messias. Quem tem pago a factura desta vertigem de acne somos nós, que ao invés de termos corridas com pilotos feitos, assistimos muitas vezes ao desmame de miúdos do kart.

Dá gosto ver um piloto como o Webber vencer em Monte-Carlo daquela forma avassaladora, não só porque é daqueles pilotos "à antiga", correcto e corajoso, mas também porque rema quase sozinho contra a brigada do Clearasil.

Friday, May 14, 2010

Deltona drifting



O Deltona sempre foi um dos meus carros favoritos, é sempre um prazer vê-lo passar, ainda mais quando conduzido desta maneira.

Filmado no kartódromo de Abrantes há três semanas atrás.

Só é pena que a máquina esteja a fugir um bocadinho de frente.

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(Opinião)

"e arrumado de suspensões!!! de qualquer maneira para este PILOTO basta ter um volante e um pedal de acelerador!!!"
Pilotaço




"De facto nota-se que se encontra a adornar... mas por outro lado num kartodromo... curvas mais fechadas é natural que haja um pouco mais de bodyroll... Seja como for, a máquina é uma brutalidade, dos ultimos carros para homens com pêlo no peito, e o tipo que o estava a conduzir daquela forma deve conhecer melhor o carro do que os seus próprios tomates, que diga-se de passagem devem ser do tamanho de melancias!!!"
P.




"Acabei de ver agora o filme, e tenho que discordar com os dois comentários anteriores qto ao kit de mãos do condutor. É (muito) fraquinho!!! Este carro tem força e tracção para fazer estas curvas de maneira muito mais acrobática. A única coisa que atenua é de facto parecer estar com as suspensões já cansadinhas..."
O Presidente

Wednesday, May 12, 2010

Como ter a garagem de sonho




Não há adepto da coisa motorizada que não idealize a sua garagem de sonho. F40, 911, RS200, 916, Deltonas e por aí fora, tudo imaculadamente limpo e estacionado lado a lado, sempre a postos para uma voltinha ao final do dia, só para espairecer.

O maior problema destas coisas vai para além dos custos de aquisição. São máquinas caprichosas que necessitam cuidados de manutenção especiais, apólices de seguro leoninas, já para não falar na propina para pneus e gasolina.

Tive uma ideia genial para ter, finalmente, a minha colecção de máquinas de quatro rodas e ainda ser pago por isso. Passo a explicar:

Primeiro, celebro um contrato com o Estado Português para que o povo possa usufruir de tão bela colecção, que permanece como minha propriedade, com algumas das mais fantásticas máquinas criadas pelo homem.

Segundo, a troco de tão grande generosidade da minha parte, o Estado Português pagar-me-há um aluguer anual e cederá um espaço de exposição condigno, onde toda a gente possa disfrutar enquanto eu tenho os bólides armazenados em segurança.

Terceiro, para que o propósito das obras de arte não seja desvirtuado, o Estado Português está obrigado a suportar as despesas de manutenção e operacionalidade das viaturas.

Quarto, o Estado irá contrapor exigindo-me que comparticipe com o pagamento de um valor fixo anualmente, ao qual eu acederei quando da assinatura do contrato e depois, em vez de passar o cheque, entrego o valor acordado em géneros, i.e., em mais viaturas, aumentando desta forma a minha própria colecção.

É de facto uma estratégia genial!

Esperem lá, isto já não é original, já alguém fez algo de semelhante. O Berardo bolou um esquema destes há meia dúzia de anos.

Bolas.

Saturday, May 08, 2010

Expulsem-no do WRC, por favor.


Não estou a brincar, se quiserem salvar o mundial de ralis então arranjem maneira de tirar de lá o Loeb.

Ele não se limita a ganhar tudo a todos, ele arrasa, humilha e limpa o chão com toda a gente que se atreve a discutir uma vitória. O que ele fez hoje, recuperar mais de um minuto ao primeiro, é miséria para a cabeça de qualquer piloto. Veja-se o Hirvonen, já nem sequer se atreve, baixou os braços, entregou as armas, desistiu.

Mandem-no para a F1 ou para os GTs, ponham-no contra o Sainz no Dakar, façam qualquer coisa, mas tirem-no dali, sob o risco de matarem o campeonato e levarem ao "suicídio" todos os razoáveis pilotos que ainda por lá andam.

Tuesday, May 04, 2010

Fado Luso


A primeira prova, no Monte Carlo, foi bastante auspiciosa, mas as restantes participações do Bruno no IRC têm sido um quase que desapontantes. Não que o piloto de Lisboa tenha estado mal, nós é que esperamos sempre que um piloto luso chegue lá fora e faça miséria com tudo e todos.

Não é por mal, é só pelo facto de sabermos que se assim não for a sua carreira internacional será bastante curta. Normalmente a nossa gente não tem segundas oportunidades.

Por mais que isso custe, devemos mentalizar-nos de que provavelmente não veremos mais o Bruno a disputar um campeonato internacional.

É o nosso fado, perguntem ao Rui Madeira ou ao Miguel Campos.

PS: O Bernardo é a excepção que confirma a regra.

Sunday, May 02, 2010

Não havia necessidade



A vitória de hoje do Lorenzo foi uma grande vitória, de antologia mesmo, mas não justificava o exagero dos festejos. Já vi campeonatos inteiros serem festejados de forma menos espampanante.

Parecia que o piloto espanhol queria superar até nos festejos a verdadeira lenda de como celebrar uma vitória, Valentino Rossi.