Sunday, June 24, 2012

O fascínio off-road

Para muitos a última grande fronteira, aqui protagonizada por um eterno clássico, a XR400.

Wednesday, June 20, 2012

F1 vs BTT

A sala era imaculada, como se de uma morgue do CSI se tratasse. Tudo estava impecávelmente arrumado, entre metaplans, quadros brancos, flip-charts e fotografias tiradas de momentos edílicos do "BBC Vida Selvagem". Lá dentro estava a equipa de gestão de produto da BMW. Uns tipos com o corte de cabelo em dia, com aspecto de quem calça umas luvas cirúrgicas antes de iniciar o acto do amor. Camisa salmão, gravata lilás, camisa bege, gravata jasmim, camisa amarela, gravata laranja...

Neste universo de eternos "pendants" do "pret-a-porter", alguém exclama: "BTT! - é isso, bicicletas de montanha. Vamos fazer um carro que tenha tantas velocidades quanto um bicicleta de montanha."

Experimentei a caixa de oito velocidades da BMW, num 320d, 525d, 640d e achei-a tão redundante que tenho a certeza que a sua génese aconteceu numa cena como a que atrás descrevi.

Oito velocidades, são velocidades a mais! As patilhas atrás do volante, então, não servem para nada. São tantos rapports, que passado um tempo já nem sabemos se havemos de premir a patilha esquerda ou a da direita; e mesmo quando imaginamos que somos o Alonso, durante uma travagem forte, são tantas mudanças que quando acabamos de reduzir, já falhámos a curva. Inútil. Como ter 250 canais por cabo, quando só queremos ouvir as notícias.

No outro dia experimentei um M6 e quando me disseram que a caixa era de sete velocidades, pensei de imediato "mais uma BTT". Enganei-me.

Formula Um - deve ter sido certamente daqui que veio a ideia da caixa de sete. Porquê? Porque de lá veio a ideia de criar aquele V10. Ou veio de lá ou então veio de Chernobyl, ou de outra qualquer central nuclear, porque aquilo tinha potência suficiente para alimentar toda a África subsariana.

É para traduzir o carácter, de um motor, que serve uma caixa de velocidades e não para funcionar como argumento de marketing. Aquele V10 é de tal forma assombroso nos altos regimes, que merece bem uma caixa que permita que o ponteiro ande sempre encostado ao redline. Um conjunto como deve ser, em que o motor é o artista principal e a caixa de velocidades é a partnaire, passando despercebida de forma natural, para não nos distraírmos do que realmente interessa, a condução.

Macaco ao volante

 

Fiquei de facto entusiasmado com a performance dos Toyota em Le Mans, pena é que os pilotos não estivessem à altura, acabaram por matar prematuramente uma prova que tinha tudo para ser memorável.

Um amigo meu costuma dizer que quando "pagas com amendoins, recebes macacos". Valia bem a pena a Toyota ter investido um pouco mais, numa equipa de pilotos mais capaz, tipo Pedro Lamy e afins.

Sunday, June 17, 2012

Foi pena

Apesar de achar que a culpa é inteiramente do piloto do Toyota, tive pena que se tivesse dado o abandono, pois tinham acabado de ultrapassar o Audi em pista e estavam a ser extraordinariamente rápidos.

Tuesday, June 12, 2012

Assustador

Isto é a coisa mais assustadora que vi nos últimos tempos, logo a seguir aquele puto da Galp que escreve uma carta aos tipos da selecção.

Monday, June 11, 2012

Bravo!

Disse, antes da corrida, que não haveria um sétimo vencedor diferente, em sete corridas. Enganei-me bem.

Já me disseram que estava demasiado certo da vitória do Vettel e que por isso nem reparei que o Hamilton partia na linha da frente, mas não. Eu vi bem que o Hamilton estava ao lado do Vettel, mas pensei que se não fosse a equipa a arruinar-lhe a corrida, então seriam os muros do circuito canadiano.

Enganei-me bem e não me importo nada de o admitir, porque vitórias como a de ontem são um regalo para quem gosta de corridas. O inglês foi simplesmente majestoso.

Nem os erros da concorrência, especialmente da Ferrari, beliscam o mérito desta vitória, porque se os italianos e a Red Bull erraram, tal deve-se em muito, senão na totalidade, à forma avassaladora como o Hamilton estava a andar.

Bravo! Este ano já tinha deixado indícios de que estava mais piloto, mas aquela equipa não estava a ajudar nada. Mesmo assim o campeão inglês soube limitar danos e já está na frente do mundial. Bravo!

 

Sunday, June 10, 2012

Evolução natural

 

Julgo que a senda de vencedores diferentes acaba hoje. Sete vencedores em sete corridas será hoje praticamente impossível. Com o evoluir do campeonato, as equipas evoluem também e as que têm mais recursos evoluem mais rápido.

As naturalmente candidatas McLaren, Ferrari e Red Bull começam a colocar ordem na casa e as outras equipas começam a perder o fôlego. Hoje deve dar Vettel, se chover aposto no Alonso.

 

Sunday, June 03, 2012

Frigoríficos de quatro rodas



Com a última moda dos carros brancos, alguém se lembrou que para parecerem realmente frigoríficos só faltava um autocolante destes.

Parece que daqui a um tempo serão mesmo obrigatórios.

Saturday, June 02, 2012

O Ferrari do Eric Clapton




Jaki Elkann, o neto de Agnelli, criou uma divisão na Ferrari que só vende modelos únicos, com preços entre dois e cinco milhões de euros.

Para os amantes da marca que acham que os modelos de catálogo não são suficientemente especiais, podem agora criar um Ferrari ao seu gosto, um que mais ninguém tenha ou alguma vez terá.

Se o excesso de dinheiro me metesse impressão, então depois Jaguar E, do Deltona, do Quattro, do M3 evo 2, do 911 GTS, do Daytona do Miami Vice, do Veyron, do Zonda Roadster, do Aston V12 Vantage e do 340R, lá me daria ao trabalho de especificar um Ferrari só para mim.

Não sei o que é que o Eric Clapton tem na garagem, mas achou que estava na hora de ter o seu Ferrari. Como o bestial guitarrista tinha um fetiche pelo 512BB, Elkann decidiu travestir um 458 com lampejos deste. Nunca gostei muito do 512, mas gosto bastante deste que foi baptizado como SP12 EC