Thursday, July 31, 2008

Será a renúncia da Motorsport?

Estava a ler acerca da estratégia da BMW para a sua divisão "Motorsport" e não consegui deixar de pensar que tudo o que aqui escrevi acerca desta, terá sido um tremendo equívoco. É que a marca alemã anunciou que afinal não vai fazer nenhuma versão CSL do M3, quanto mais um renascimento do M1. Vão antes concentrar esforços na execução de versões "M" do X5 e X6.

A confirmar-se, é definitivamente o abandono da precisão, do controlo, e da velocidade na dinâmica de um veículo automóvel, sendo que para mim é também o abandono da busca desse "Graal" do mundo motorizado, que é o prazer de condução.

Não é que não se consiga artilhar um desses machibombos, quer seja o X6 ou o X5, por forma a dar-lhe ares de desportivo, mas tal é exactamente como pretender transformar a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, numa dançarina do varão. Com muito treino e preserverança, tenho a certeza que a senhora conseguia tal desiderato, mas o resultado final seria sempre assustador.

Tuesday, July 29, 2008

Quem será o pau-de-cabeleira?


A companhia do biquini favorece bastante o Pedrosa, só é pena que o miúdo esteja à guarda de um adulto, o que estraga completamente a foto.

Ralis ao abandono




Li aqui e aqui, posts sobre possíveis soluções para o marasmo que se instalou no nosso campeonato maior de ralis. Qualquer coisa que se faça vai certamente ajudar, pelo simples facto de que pior do que está é difícil.

Gostava só de adicionar à discussão, o facto de que o que se passa no nacional de ralis é um espelho do que se passa a nível internacional, com o WRC quase moribundo e um IRC que ainda ninguém percebeu se é uma fórmula de transição ou se é algo com futuro.

O abandono completo a que foram votados os ralis por parte da FIA, reflecte-se naturalemente pelos vários campeonatos nacionais e os ralis só sobrevivem porque na sua essência são, de facto, um desporto fantástico.

Há desportos motorizados que na sua génese não têm absolutamente nada a oferecer, quer a participantes quer ao público, mas que devido a uma boa capacidade organizativa e promorcional se tornam em casos de sucesso, como por exemplo o NASCAR.

Os ralis são exactamente o contrário, na sua essência são uma modalidade “do caraças”, mas depois têm uns incompetentes a definir-lhe os aspectos envolventes e consequentemente o destino, o que ultimamente tem levado a categoria máxima de provas de estrada a definhar de tal forma que corre mesmo o risco de extinção – isto não é um exagero, pois eu ainda sou do tempo em que se matou o Mundial de Sport-protótipos e os Turismos.

Já agora, se alguém com responsabilidades lê este pasquim, aqui vai novamente o apelo que faço todos os anos:

Revejam o calendário do WRC e as suas datas, não é possível a nenhum adepto, por mais fanático que seja, seguir com o mínimo de emoção, um campeonato que faz um interregno de mais de um mês entre provas, como acontece todos os anos antes do rali da Finlândia.

Sunday, July 27, 2008

Momentos de antologia - Fabrizio, Corser e Haga; Brno 2006


Estes momentos são normalmente únicos ou muito raros, mas nas Superbike acontecem em quase todas as corridas.

Podiam ter escolhido Ermesinde


Que o nome de todos os Lotus começa pela letra "e" já toda a gente sabia, surpresa foi mesmo terem chamado Evora à sua mais recente criação.

Talvez seja uma homenagem fortuita à cidade do Templo de Diana, mas se por aí quiserem continuar, em termos de batismos, deixo aqui outras sujestões como Eixo, Elvas, Entroncamento, Ermesinde, Esposende ou Esgueira.

Thursday, July 24, 2008

A minha vida dava um anúncio automóvel - BMW 1


Nunca antes a diferença entre a tracção posterior e anterior tinha sido tão bem explicada.

Air Lorenzo


Este ano o homem do "Chupa-chups" tem passado mais tempo a lamber o asfalto do que qualquer outro. No passado GP dos EUA, decidiu mostrar que também consegue voar como nenhum outro.

"Eu é que sou o condutor do Cuaral..."


Saíu ontem uma notícia acerca de mais de oito mil condutores a circularem a mais de 200 km/h na auto-estrada. O video mostra um desses intrépidos pilotos, intitulado por "condutor do cuaral..."

Pior não pode ficar


Normalmente não concordo com a alteração dos regulamentos a meio da temporada, mas no recente caso da admissão de GT’s no campeonato de ralis, acho que daí não vem mal ao mundo.

Compreendo que os responsáveis das equipas já participantes não vejam com bons olhos, esta alteração do regulamento, mas no estado moribundo em que se encontra este campeonato, quaisquer que sejam os participantes adicionais, serão bem vindos, para além de que estas viaturas devem ser bem engraçadas de ver ao vivo.

No final ninguém, das principais equipas, deve ficar preocupado, pois por melhor que seja o Porsche que o Mex vai fazer correr , não acredito que se intrometa na luta pelos primeiros lugares.

Monday, July 21, 2008

Corridas de motos e corridas de pilotos


Ontem vi uma corrida de motos fantástica e vi também uma fantástica corrida de pilotos de motos.

A primeira foram as Superbikes, disciplina onde se vêem as melhores corridas hoje em dia, sistematicamente com os cinco primeiros pilotos dentro do mesmo segundo, em disputa entre si durante toda a prova. O que os organizadores desta competição conseguiram é praticamente único no desporto motorizado, ao desenharem um regulamento que permite que motos derivadas de série, com filosofias de construção completamente distintas, fiquem equiparadas em pista com performances mais do que semelhantes. Por causa deste equilíbrio entre máquinas, que derivam directamente do que podemos ver no dia-a-dia, é que temos grelhas com trinta pilotos e no próximo ano teremos mesmo mais construtores envolvidos nesta competição do que na categoria rainha, o MotoGP.

Foi precisamente na categoria rainha que vi umas das mais impressionantes corridas disputas em duas rodas. Durante 24 voltas o Stoner e o Rossi andaram colados um ao outro, em ultrapassagens constantes, nunca separados por mais de meio segundo, numa luta agressiva mas correcta, até que o australiano cometeu um erro e saíu de pista. Ficou, no entanto, mais uma vez claro que se não for pelo italiano este campeonato de MotoGP, conforme está, desaparece pura e simplesmente. Na pista de Laguna Seca estavam à partida 18 motos e o último da grelha tinha-se qualificado a três segundos e meio da “pole”. A diferença de andamento dos dois primeiros é tão grande, em comparação com os outros, que após a queda do Stoner, este ainda retornou à pista em segundo lugar, tal era a vantagem para o terceiro.

São dois ou três pilotos do outro mundo, que seguram este campeonato, se lá não estivessem, então tenho a certeza que as Superbikes seriam já a categoria rainha, algo que pode acontecer já no próximo ano com a decisão de não cedência de direitos televisivos do MotoGP ao Eurosport.

Sunday, July 20, 2008

Já comecei a engolir o sapo

Para mim foi um GP de deglutição de alguns girinos, quem sabe como preparação para ter que engolir um sapo bem grande, num futuro próximo.

Depois de ter aqui feito pouco do Piquet jr. ele sai-se com um segundo lugar cheio de mérito, não só por ter estado no sítio certo à hora certa, mas também pela consistência das voltas, sem erros e velozes o suficiente para ter deixado para trás o Massa. Não sei onde é que andava o piloto que hoje pilotou o Renault de tal forma que no final ninguém se lembrava que aquela equipa conta com um bi-campeão do mundo nas suas fileiras. Seja lá onde for que o brasileiro andou desaparecido este tempo todo, hoje soube redimir-se e calar as más línguas que como eu diziam que ele só ali andava graças ao pai.

Mas o réptil maior ainda está para vir, com o arranque mais que previsível em direcção ao título mundial por parte do Hamilton e da Mclaren. Ou o Raikkonen e a Ferrari tiram um coelhão da cartola ou o inglês e a sua equipa ficam mesmo com os canecos. É que hoje, com pista seca, não deram hipótese a ninguém e como os próximos GP são ainda mais ao jeito dos carros prateados, começando pelo Hungaroring que bem podia ser antes um kartódromo, seguido de dois de circuitos citadinos, intervalados somente com o GP italiano e com o belga em Spa, teoricamente a favor dos carros vermelhos. A ver vamos, mas se for sempre como hoje, tenho que reconhecer que o título fica bem entregue.

Belíssima corrida também para o Vettel, que com um Toro Rosso consegue chegar aos pontos, a pouco mais de dez segundos do sétimo classificado, um eclipsado Kubica que desapareceu completamente, pela segunda vez consecutiva, assim que a estrela do seu companheiro de equipa, Heidfeld, começou a brilhar.

De resto uma corrida que ficou interessante depois do Safety-car, com boas ultrapassagens e disputas agerridas. Mais uma vez o campeão das voltas de "faca nos dentes" foi o Alonso, sempre disposto a jantar tudo o que lhe aparecia pela frente, mas que desta vez teve pouco sucesso. Mesmo com o talento do espanhol, andar no meio do pelotão é muito, mas mesmo muito duro e muitas das vezes a tentar andar para a frente, acaba-se por andar para trás, como lhe aconteceu quando tentou passar o Kubica e logo de seguida, acabou por ser passado pelo Kimi e pelo Rosberg. Dá para ver o que sofrem os pilotos que andam com material menos competitivo e que por isso vêem muito do seu talento ofuscado ou subvalorizado.

Wednesday, July 16, 2008

Hipócrita vilanagem

Nunca abordei aqui o caso sobre a participação do presidente da FIA, Max Mosley, em actividades sado-maso e da supostamente exigível resignação do cargo, decorrente dessas mesmas práticas de índole privada.

Não abordei o caso, primeiro por não ter nada para opinar acerca das festas que cada um dá, de livre e espontânea vontade, na sua intimidade e em segundo porque estava na expectativa para ver como esta vilanagem toda iria acabar.

Goste-se ou não, Mosley foi eleito como o presidente da FIA, uma entidade federativa que tem como principais funções a regulamentação e fomento do desporto automóvel, zelando ao mesmo tempo pelos interesses dos seus membros, as federações e clubes nacionais, normalmente relacionados com o desporto motorizado ou com a utilização do automóvel e rede viária.

Ele preside e representa um mundo ligado aos automobilistas e ao automóvel. Não foi certamente eleito como o defensor supremo da moral e dos bons costumes, nem como o paladino das práticas sexuais com efeitos unicamente reprodutivos, realizadas dentro do matrimónio, de luz apagada e na posição de missionário.

Acho portanto que esta campanha visando a sua destituição, liderada por tantos que no passado o louvaram, baseada nuns açoites no rabo infligidos por umas jeitosas vestidas com umas roupas da colecção Primavera/Verão de 1939, é do mais cínico e cobarde já visto no mundo automóvel.

Onde é que estavam estes marcos de virtude, no passado? Onde é que estes bravos lutadores pela causa automóvel andaram nos últimos quinze anos? Algum deles saiu a terreiro para criticar o fraco desempenho de um presidente, naquilo em que ele deve ser criticado, na realização daquilo para que foi eleito?

Com Mosley, desde 1993, observaram calados à eliminação quase final do espectáculo nas corridas de F1, com barbaridades óbvias a nível da regulamentação, como a eliminação dos pneus slicks, redução da largura de vias e mais de dez anos de liberalização electrónica e aerodinâmica. Muitos poderão dizer que o inglês teve o mérito de tornar o desporto seguro, mas mesmo isso é duvidoso uma vez que apenas reagiu após um dos acontecimentos mais trágicos do automobilismo, a morte de Ayrton Senna.

Para além do marasmo competitivo que provocou na F1, aniquilou completamente o WRC, com devaneios como os Kit-car e os S1600, que mais não serviram do que dispersar energias dos já poucos construtores interessados nas provas de estrada. De realçar ainda, o completo desprezo pela categoria que segurou um sem número de campeonatos quando tudo o resto falhou, os Grupo N – ainda hoje me surpreendo com o facto da Mitsubishi e da Subaru, chapada após chapada, continuarem peregrinamente a apoiar o este desporto.

Se durante estes anos de Mosley as duas categorias principais ainda mereceram alguma atenção, o resto foi pura e simplesmente paisagem, com o TT a existir somente graças ao Dakar, algo de incompreensível quando nunca antes houve tantos construtores a fazerem carros 4x4 ou semelhantes inspirados em veículos TT.

De igual forma assistimos a anos loucos na construção de desportivos, GTs e super-carros, sem que isso se reflita na competição de circuitos, onde o que existe é meramente suporte às 24 horas de Le Mans.

Falando de circuitos, o que vimos no Domingo, com a grelha de partida do WTCC cheia de carros de diferentes construtores, deve-se essencialmente a um canal de televisão (Eurosport) que decidiu arregaçar mangas e propor algo de apetecível aos participantes.

Se pedissem agora a cabeça de Max Mosley por estes quinze anos ruinosos à frente dos destinos do desporto automóvel, mesmo se fossem os mesmos que o elegeram há bem pouco tempo atrás, compreendia-se e por estes lados até se aplaudia.

Fazê-lo porque um jornal quis vender mais um exemplares e para isso quebrou, sem qualquer réstia de pudor, os mais básicos princípios do direito à privacidade, mostrando ao mundo algo que dizia apenas respeito aos seus participantes, é do mais hipócrita e cobarde aproveitamento político.

Tuesday, July 15, 2008

Momentos de antologia - Coulthard vs Schumacher, France 2000


Não teve muitos momentos de antologia, mas um destes contra o Schumi, vale por uma dezena.

Monday, July 14, 2008

Regresso da normalidade

Tenho que reconhecer que não fiquei triste por ver o Pedrosa cair, com apenas seis voltas disputadas. É que se ele não tem caído, alguma coisa estava mal no mundo das corridas, ou então estavamos a ver o super-homem em cima de uma moto, sem capa e com um metro e meio.

Não podia ser normal o que estava a acontecer, com o espanhol a dar muito mais de um segundo por volta a todos os outros. Tinha que estar a arriscar muito, muito para lá dos limites. O que já foi mais normal foi a falta de inteligência do minúsculo espanhol, pois com seis segundos de vantagem, em vez de controlar o andamento, continuou possesso, a conduzir no meio de um dilúvio como se estivesse de slicks numa pista seca.

Após reposta a normalidade, deu-se lugar a mais um domínio do Stoner, com o Rossi por perto, mas incapaz de o alcançar. No entanto, mesmo se o Stoner ganhou esta batalha à chuva, continuo a apostar no Rossi para vencer a guerra.

Durante o fim de semana não se falou noutra coisa a não ser na substituição do Melandri na Ducati e do West na Kawasaki. Nas motos verdes até posso entender uma substituição a meio do ano, se bem que não terá quaisquer efeitos práticos. Já nas motos vermelhas, se acham que a culpa está no piloto, então metam uma terceira moto a correr e dêem uma hipótese ao Melandri de ter um termo de comparação antes de o despedirem – o Stoner não serve como referência já que a moto foi feita por ele à medida dele.

O hino de regresso ao autódromo


Na Quinta da Fonte ainda andavam aos tiros, já as entidades oficiais se atabalhuavam para encontrar onde realojar os moradores que abandonavam o bairro, quais refugiados de guerra. Como quase sempre a solução não é acabar com o problema, vamos antes transferi-lo para outras habitações, assim como as da Quinta da Fonte, também suportadas pelos que pagam impostos, porque esta rapaziada que não se dá com a vizinhança tem que ser ajudada neste seu flagelo de má convivência.

Falando de outras coisas também pagas pelos conribuintes, mas que ocasionalmente dão algum retorno ao país – no Autódromo do Estoril havia um fim-de-semana bem preenchido de corridas, com direito a transmissão quase integral, entre os dois canais da Eurosport e outros dois da RTP, o que me permitiu seguir à distância o que por lá se passava e ficar roído de inveja dos que vibravam ao vivo com a vitória do Tiago Monteiro.

Bem que gostava de lá ter estado, pois pelo que segui no sofá, houveram corridas que valeram bem a pena. Antes das corridas do WTCC (impressionante pelotão de numeroso e competitivo) ainda vi uma corrida do PTCC, onde houve acção com fartura, com um Patrick Cunha a aniquilar os adversários qual habitante da Quinta da Fonte. Depois foi a glória, há muito ausente da pista portuguesa, com o hino nacional a fazer eco na serra de Sintra devido à vitória lusa numa prova de um campeonato do mundo.

Corridas com fartura, público nas bancadas e portugueses a abrir o champanhe da vitória - há dias em que, mesmo num país em crise, um autódromo faz sentido de existir.

Friday, July 11, 2008

C'était un rendez-vous

Nos anos setenta a busca de adrenalina através da velocidade, começou a generalizar-se na Europa, em muito devido ao facto do automóvel ser um bem cada vez mais acessível para a generalidade da população e em especial para as camadas mais jovens. Os desportivos já não eram apenas brinquedos dos mais abastados, os construtores faziam agora versões velozes das gamas mais baixas, democratizando definitivamente o automóvel como elemento de afirmação pessoal e não apenas como meio de transporte.

Este video é um magnífico testemunho desses anos loucos, mas como tudo feito na ressaca do Maio de 68 e principalmete em Paris, não podia ser feito de qualquer maneira crua e desenxabida, estilo videos de corridas na ponte filmados com o telefone e colocados no Youtube. Tinha que ser trabalhado e apurado, adicionando à perfeita loucura de queimar vermelhos a 200 km/h, uma certa “flamboyance” do magnífico trabalhar do motor Ferrari (mesmo se foi filmado com um Mercedes) com um aroma romântico culminado pelo final, com aquele abraço “naif” em frente à Catedral do Sacré Coeur.

Dificilmente me lembro de dez minutos cinematográficos que tenham gerado tanto misticismo à volta da sua realização. Histórias que para além do suposto Ferrari 275 GTB conduzido por um piloto de F1, envolvendo nomes como Beltoise, Lafitte ou Arnoux, aventavam também a prisão do realizador Claude Lelouch e proibições de exibição, tendo sido o filme “escondido” até ao advento da internet. Escondido ou não, este filme é para mim, a maior inspiração para toda uma série de jogos que hoje fazem sucesso e nos deliciam na Playstation, que é como nos dias de hoje nós cometemos este tipo de insanidades, no sofá e sem colocar em risco a vida de ninguém.

Bem haja lá o Lelouch por imortalizar estes momentos, para que um dia nos recorde que que para além da luxúria dos motores de combustão interna - que nos há-de mandar a todos para o inferno, empurrados por uma multidão de hipócritas verdes – a utilização de gasolina serviu também para fazer um pouco de arte.



Tuesday, July 08, 2008

Prémio "Felipe Massa"


"Era impossível segurar o carro" - Nelsinho Piquet após abandono no GP de Inglaterra.

Momentos de antologia - Coulthard papa Massa


Um piloto não se mantém 14 anos na F1 assim sem mais nem menos, tem sempre que ser um grande piloto.

Monday, July 07, 2008

As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - BMW Série 6 (37)

O série 6 original da década de oitenta é um dos meus automóveis favoritos, mais concretamente o 635 CSI, figurando já neste top de elegância. Colocar no ranking o novo série 6, lançado em 2003, pode ser tão discutível como as linhas traseiras do coupe alemão, no entanto, a estética nunca foi algo de consensual e eu julgo que há aqui lugar para ele.

Dizem que não é um GT, pois tem até uma versão a diesel, que a suspensão tem mola a mais para se andar depressa, mas que nem por isso é confortável, o interior é acanhado e o motor nem se ouve. Parece que nem é carne nem é peixe, pois não tem as características de um grande rolador nem as de um verdadeiro desportivo, provavelmente é só um série 5 com menos duas portas, mas isso pouco interessa por aqui, porque esta lista é sobre o que os olhos alcançam.

O que a vista absorve é a dimensão imponente deste automóvel, a presença e a fluidez das linhas que percorrem o enorme capot motor, que deslizam entre os pilares do habitáculo e que morrem tragicamente na traseira. Quando escrevo “morrem”, tal é quase literal, porque a traseira é tão desarmoniosa em relação ao resto que dá a sensação que designer do carro desapareceu antes de completar a obra e foi substituído por um estagiário do curso de Engenharia Civil, que por sua vez construiu a derradeira parte da viatura com a utilização de cofragens.

Olhando o BMW Série 6 numa perspectiva de três quartos traseira, tem-se a mesma sensação estranha de quando se vislumbra a Cameron Diaz a meio de uma gargalhada. Aquela boca gigante é absolutamente desproporcional, mas é esse pequeno desvio da perfeição que lhe dá aquela beleza fascinante e encanto sedutor. Assim acontece também com o série 6.

Prémio "da próxima fica em casa"


"Não foi o meu fim de semana" - Felipe Massa após o último lugar no GP de Inglaterra.

Sunday, July 06, 2008

Em Inglaterra ganhou um inglês, Ross Brawn

O pódio correcto do GP de Inglaterra seria, Hamilton, Ross Brawn e Barrichello, se bem que o Heidfeld não fica lá mal, desta vez fez uma grande corrida.

O Hamilton fez esquecer todas as infantilidades que tinha feito até agora, sendo magistral em condições onde todos os seus adversários foram sofríveis. Só não é o herói do dia porque hoje houve outro inglês que brilhou mais alto, ainda que nas boxes, Ross Brawn.

O director da Honda foi capaz de pegar num carro que já está dado como morto, desenterrar um brasileiro que já tinha sido aposentado e colocar ambos no segundo lugar do pódio. Estou convencido que só não ganham a corrida porque S. Pedro não deu mais cinco minutos de chuva, senão...

Na Ferrari se não estão, então deviam estar todos a invejar o Barrichello, não pela velocidade deste, que com aquela idade já não é muita, mas pelo facto de ter nas boxes, a preparar-lhe a estratégia de corrida alguém que percebe realmente de F1. Começa a ser inadmissível a inabilidade da equipa para desenhar uma estratégia que pelo menos mantenha os dois carros nas posições que conquistaram na qualificação, já nem peço para ganharem lugares. Que saudades de ver o Ross Brawn vestido de vermelho.

Fica no entanto a ressalva para o que se passou hoje com o Massa, pois sair de pista ou fazer piões com aquela frequência numa única corrida, não há nenhum Brawn nem qualquer outro engenheiro de corrida que consigam solucionar. Talvez um exorcista ou um bruxo consigam extrair o espírito de vaca louca que encarnou hoje no Massa, senão mais vale aproveitar a época de festas de verão e enviar o brasileiro para uma digressão de gincanas e provas de perícia por esse país fora. A fazer piões daquela maneira, passem-lhe um Mini para as mãos e é vê-lo a contornar mecos no parque de feiras lá da aldeia.

Não percebo nada


Se ler os comentários, por essa net fora, à qualificação de ontem, apercebo-me que não percebo nada de F1.

Afinal os McLaren são os carros mais rápidos do pelotão, o Kovalainen é o super-homem, o Webber um génio da velocidade e o Hamilton só não está na "pole" ninguém sabe bem o porquê. No meio disto tudo o Kimi teve sorte, muita sorte em conseguir o terceiro lugar e assim como o Massa, deve-se dar por contente pelo facto do BMW do Kubica não ter andado, porque senão também levava na cabeça do polaco.

Provavelmente estas análises devem ser um pouco influenciadas pelos "media" ingleses, eufóricos para que a McLaren ganhe no GP caseiro, ou então eu não percebo nada de F1, os dois primeiros não vão com menos carburante e a diferença de velocidade entre o Ferrari do Kimi e o McLaren do Heikki são mesmo seis décimos por volta.

Thursday, July 03, 2008

David Coulthard - até sempre, deixas saudades.


O Mazda MX-5 nunca foi o mais rápido dos desportivos, nem o mais elegante dos descapotáveis, o mais exclusivo dos roadsters ou a mais robusta máquina japonesa. No entanto, está entre nós há mais tempo que todos os outros do seu tipo, porque mesmo não sendo um fenómeno em qualquer das facetas que o caracterizam, é bom em todas elas. O seu conjunto é muito mais que a soma das partes - perdoem-me o cliché.

É um carro "à antiga" (motor frontal e tracção traseira), versátil, consistente e fiável, veloz o suficiente para proporcionar momentos de glória em todas as ocasiões, seja na corrida para o hipermercado, no "track-day" do autódromo ou no passeio domingueiro à beira mar, sempre mas mesmo sempre na companhia de belos elementos do sexo feminino. É um automóvel a sério, como poucos.

Se o David Coulthard fosse um carro então seria um MX-5.

Wednesday, July 02, 2008

To fall in love with AMG


Andamos para aqui a dizer mal da AMG e o Jeremy parece que nos ouviu.

Para alguém descrever um carro como ele o faz com o CLK AMG, é preciso que o carro seja absolutamente supremo.

Por mais que aqui tenha criticado a AMG, a verdade é que gostava de ouvir um tributo destes ao meu carro, tudo o resto é mesmo só conversa e má língua.