Friday, February 24, 2006

De novo a loucura dos ralis


Promete, o começo de mais um Campeonato Nacional de Ralis, com uma lista de inscritos bastante completa e com carros e pilotos que certamente proporcionarão um bom espectáculo para o público. Julgo que esta nova leva de carros de grupo N vai favorecer muito o campeonato deste ano, não deixando no entanto de ser curioso ver vários pilotos privados a andarem sistematicamente à frente das equipas oficiais que estarão em prova com carros S1600. Quem decide a participação e atribui os orçamentos a estas equipas não poderá deixar de se questionar acerca desta situação, no mínimo caricata. No fundo acho que a tendência natural dos ralis nos vários campeonatos nacionais, passa pelas viaturas de grupo N e se a federação, em vez de andar sistematicamente a inventar novas e dispendiosas fórmulas, pegasse no que já existe, os carros de grupo N quatro rodas motrizes, e permitisse que estes pesassem menos cem quilos, criava condições para que carros saídos do stand com alguma preparação fossem bastante performantes e espectaculares, mantendo a fiabilidade e os custos controlados que lhes são reconhecidos agora.

Thursday, February 23, 2006

Corridas para o povo


Li uma crónica, escrita por João Carlos Costa, em que este defendia uma revitalização do desporto automóvel em Portugal, através da criação de corridas que estivessem diponíveis ao normal do aficionados e não apenas a uma elite endinheirada. Para tal seguia o exemplo das corridas "Solo", nos EUA, em que qualquer um pode correr com o carro do dia-a-dia, em pistas desenhadas nos parques de estacionamento das grandes superfícies comerciais. Concordo com a ideia fundamental de criar um desporto automóvel para todos, não apenas grandes campeonaos nacionais para grandes massas e grandes patrocinadores, mas também para pessoas que gostavam de experimentar as sensações de um piloto de automóveis, mas sem os meios ou as pretenções das equipas profissionais. Em Portugal existem dezenas de provas de futebol amador, apenas para quem gosta de praticar este desporto pelo desporto.
Julgo que tivemos um bom exemplo entre nós, o reeditado troféu Datsun 1200 mas podemos fazer ainda melhor, bastando olhar para o que se passa nos EUA ou noutro país qualquer, muito especialmente do berço do desporto automóvel, Inglaterra, onde existem provas e classes para todos os carros, pilotos e aficionados, onde esta ideia é levada ao extremo em casos como este em que o mais improvável dos veículos passa a bólide de competição, neste caso um Ford Anglia.

Monday, February 20, 2006

Corridas como antigamente


Um dia destes voltei a ver uma prova do A1GP, desta feita disputada na Indonésia. Novamente uma boa corrida de carros, completamente fora dos vulgares e actuais tempos das monótonas provas de velocidade. Esta corrida teve ultrapassagens com fartura, disputa de lugares do início ao fim, emoção e incerteza até à bandeira de xadrez. Tudo o que já não vêmos à muito tempo numa prova de F1, julgo que à tanto tempo que até já o público de desabituou de tanta emoção. Confesso que tive que me readaptar para seguir o ritmo infernal a que estava a assistir e julgo que mesmo os comentadores não estão habituados a corridas tão boas, pelo que os comentários estavam sempres desfasados no tempo, tal era a velocidade dos acontecimentos.
Como surgiu esta bem sucedida fórmula? Aplicada por um xeque qualquer com muito dinheiro, que à partida não estaria tão bem posicionado como os os velhos guardiões do conhecimento que pululam no velho continente e em especial nos gabinetes da FIA.
De certo que existem muitos motivos que expliquem o sucesso, mas à vista saltam imediatamente os carros que proporcionam aquele esspectáculo e na construção destes carros vejo soluções bastante simples, à muito anunciadas para revolucionar a F1 mas que ninguém levou à prática. Pouca carga aerodinãmica e uns bons e largos pneus slicks, ou seja, reduzido "grip" aerodinãmico e elevado "grip" mecânico, permitindo que os carros andem colados uns aos outros e assim facilitando as ultrapassagens, até com mais segurança.

Friday, February 10, 2006

Bela participação feminina


Nem de propósito, acerca das mulheres, do desporto automóvel e do marketing, circula por aí uma bela compilação de fotos com a envolvência das mulheres e dos carros de corridas segundo uma perspectiva mais lúdica, mas de belo efeito e bastante agradável.

Wednesday, February 08, 2006

Diana Pereira


Será sempre de louvar neste espaço a participação do belo sexo no desporto automóvel. No entanto, a inscrição de Diana Pereira no Desafio Peugeot 206, deixa-me algumas reticências. Se por um lado se trata de uma boa jogada de marketing, atraindo para a competição a publicidade e os media tantas vezes ansiados, por outro penso que é menos um bom volante disponível para quem de facto queira competir. Se por um lado a participação de uma mulher é sempre salutar e necessária num desporto quase totalmente povoado por homens, por outro lado vejo a participação da modelo como puramente artificial, de alguém que nunca teve qualquer ligação ao desporto automóvel, parecendo que está nisto apenas por mais uns cobres, pouco importada na real competição, manchando muito provavelmente a imagem que outras esforçadas mulheres lentamente vão construindo, que também podem ser competitivas e que este desporto não é só para homens.
Seja como for, o principal objectivo da Sucursal com esta iniciativa, está já atingido.

Thursday, February 02, 2006

Não é só chapa


Bem sei que quando ninguém se aleija é natural dizer-se que é só chapa, nenhum mal vem ao mundo. Um acidente com Ferrari é como com outro outro automóvel qualquer, só que não se pode dizer que seja só chapa, porque um automóvel destes não é feito como os outros. Trata-se não só de um meio de transporte, mas também de obra de arte da tecnologia moderna, da mesma maneira como o Range Rover figurou no Louvre, como símbolo de um tipo de arte, qualquer Ferrari cumpria esse papel de forma superior. Ainda por cima há muitos que são feitos em séries bastante limitadas, sendo quase impossíveis de reconstruir, após alguns anos.
Quanto a mim, considero que chapa é chapa, seja vermelha ou doutra cor qualquer, agora que custa mais ver um destes estampados, lá isso é verdade. Conduzam com cuidado.