Sunday, July 30, 2006

EVO IX - Não faz diferença


Armindo Araújo vai ao rali da Madeira estrear a evolução IX do Mitsubishi Lancer, mas diz que este não faz diferença, em comparação com o anterior. Já todos percebemos que neste campeonato o Armindo até podia ir de Evo VI ou VII, que o resultado era o mesmo, a vitória.
Não é que este carro não seja mais rápido, mas para bater o Miguel Campos, parece que o piloto do Mitsubishi não precisa de mais, basta que não haja avarias e que o navegador não se engane.

Thursday, July 27, 2006

Em tempos difíceis, alguém mantém a paixão do automóvel


Na Europa ninguém faz tão bem como a Porsche. Desde meados dos anos noventa que tem crescido de forma consistente e apesar de jogarem em ligas diferentes, é quem se aproxima mais do fenómeno dos últimos quarenta anos, chamado Toyota.
Por todo o lado não se fala de outra coisa que não seja despedimentos e encerramentos de fábricas, enquanto pelos lados dos criadores do carro mais sexy do mundo, o 911, andam a inaugurar instalações novas, não para produzirem os vulgares carros do dia-a-dia, mas sim para albergarem as luxuosas instalações do departamento de competição. De facto, nos tempos que correm, a paixão do automóvel é um luxo a que se permitem muito poucos, somente os melhores.

Wednesday, July 26, 2006

Rally X-games


Finalmente uma lufada de ar fresco no panorama dos ralis, a nível múndial.
A próxima edição dos "Summer X-games", terá incluída uma competição baseada numa prova de rali.
Que este desporto era para fanáticos da adrenalina já toda a gente sabia, agora que poderia estar incluída numa prova cuja filosofia se iniciou com skates e bicicletas BMX, isso é algo completamente diferente.
Apesar do receio que gera sempre ver um Americano organizar alguma prova desportiva automóvel, pelo menos aquelas que se pretendem sérias - no que diz respeito a fazer circo com automóveis, eles não têm a aprender nada com ninguém - julgo que será bom para a modalidade, que tem vindo a crescer nas terras do tio Sam, pois impulsionará a divulgação deste desporto a um público completamente novo. Com a publicidade que este evento gerar não me admiro nada que a popularidade deste desporto suba em flecha por aqueles lados e como eles não gostam de ficar pela rama em nada em que se metem, pode bem ser que se encontre lá o motor, que permita sair do marasmo em que se encontra agora a modalidade.
Duas coisas são certas, primeiro, as marcas Japonesas já estão doidas com o este possível "boom", pois por aqueles lados compete-se com Subarus e Mitsubishis; em segundo lugar o espectáculo está garantido pois os tipos vão colocar o McRae, navegado pelo Grist como no jogo, a correr contra o hiper-radical Travis Pastrana, que vêmos normalmente a dar mortais montado numa mota, que por conseguinte já tem um contrato com a Subaru para correr no campeonato lá do burgo.

Sunday, July 23, 2006

Lugares Comuns - Laguna Seca


Na Europa existem meia dúzia de curvas memoráveis, nos States existe uma secção de um circuito verdadeiramente impressionante, o vulgarmente chamado "saca-rolhas" do circuito de Laguna Seca. Figura no imaginário de todos como um dos últimos grandes desafios num circuito de velocidade, numa altura em que quase tudo se parece igual e enfadonho, caracterizando o circuito Americano como um último reduto dos puristas da velocidade, ao lado de Spa, Le Mans ou Nurburgring.
O que é mais estranho é que esta preciosidade existe num país em que as pistas normalmente só têm duas curvas, em pleno paraíso das pistas ovais. Como é que terá surgido a ideia de construir algo assim por aquelas bandas? O que me vem à ideia é que a obra terá sido sub-contratada a um qualquer empreiteiro Português, este deve ter começado por um dos lados e quando chegou ao outro viu que que o fim não batia com o início. Como bom Tuga não se deixou abater e emendou o erro de uma forma que parece ser impossível de se conseguir desenhar no papel, qual obra do Frank Gehry ou do Calatrava, criando assim, em alcatrão, algo que deve ter copiado nalguma visita à Disneylândia, enquanto via os miúdos a andar na montanha russa.

Saturday, July 22, 2006

Bullitt Car chase

Nos States existia um tipo que sabia curvar para os dois lados, o Steve Mcqueen.

Valeu Montoya


Montoya foi corrido da F1, de malas aviadas para os Estados Unidos e não deve encontrar dificuldades no outro lado do Atlântico. Vai correr para uma terra em que as corridas baseiam-se maioritariamente, em fazer curvas sempre para o mesmo lado, meter mudanças apenas para arrancar e só se trava quando se vai às boxes. De maneira que quando lá chega um piloto que sabe usar a caixa de velocidades, os travões e percebe que o volante é redondo para se poder virar para os dois lados, então não tem dificuldades em impor-se aos heróis do automobilismo americano.
Na F1 já não é a mesma coisa e apesar de Montoya não ser propriamente lento faltou-lhe sempre aquilo que destingue um bom piloto de um campeão. Está na linha de um Fisichela, um Frentzen, Alesi ou mesmo de um Damon Hill que só foi campeão porque o carro era de tal maneira superior que devia ser o carro a ir ao pódio abrir o champanhe.

Wednesday, July 12, 2006

Lavagem auto Sexy


As roupas dizem "MA FRA", não sei se esta lavagem de automóveis será em Mafra, mas se for aposto que por aquelas bandas ninguém lava o carro no elefante azul.

Couceiro sobre a velocidade nacional



Sim senhor, não é que simpatize muito com o que normalmente escreve mas este ponto de vista surpreendeu-me, mostrando que talvez não seja só atrás do volante que é um dos pilotos mais profissionais e dos que mais sabe o que anda a fazer, pelos vistos, não só dentro das pistas como fora delas. Excerto da crónica de Pedro Couceiro, sobre a velocidade nacional, no site Sportmotores.com:

"Em Portugal, grande parte dos pilotos (e muitas vezes os mais críticos!!!), não gostam de ser confrontados com desafios ou propostas de risco! Poucos encaram as corridas no "presente" ou "futuro"... É mais um "pretérito imperfeito" do automobilismo português: "Se tivéssemos... Se houvesse... Se... Se..."

Poucos querem ter um "Ferrari" nas mãos. A maioria prefere um "Minardi".
E sabem porquê?
Porque com o "Ferrari" só há um objectivo! Ganhar...
Com o "Minardi" é mais fácil fazer brilharetes...
"


A crónica completa em:
http://193.126.231.100/sportmotores2003/do?com=DS;8625616613;101;+PAGE(1002)++K-NOTICIA(17582);

Tuesday, July 11, 2006

Definitivamente, um senhor!

Top Gear Ariel Atom

Já tinha dito que este senhor era o maior, esta é só mais uma prova disso.

S2000, o princípio do fim


Aí está o 207 S2000, para fazer concorrência ao Punto já lançado este ano. É o segundo carro produzido segundo as regras desta nova categoria a que se deverão juntar mais um ou dois de outras marcas já no próximo ano.
O carro está cheio de bom aspecto e deverá ser uma autêntica máquina a andar, mas não sei, no entanto, como se integrará no nosso campeonato. Espero sinceramente que não se integre, pois matará completamente o espírito competitivo que existe actualmente, com seis ou sete pilotos com montadas capazes de lutar pelos primeiro lugares, mesmo se o Armindo tem dominado, acho que isso se deve mais ao piloto do que ao carro.
Se estes carros entrarem no nosso campeonato, muito provavelmente através das marcas, então voltaremos ao antigamente, com dois ou três carros, com orçamentos incomportáveis para toda a gente a não ser para as marcas, a dominar completamente.Os outros ficarão esquecidos, em carros de grupo N, a definhar sem patrocínios, pois ninguém quer investir num carro que à partida já está em desvantagem técnica e consequentemente impossibilitado de chegar aos lugares que trazem algum retorno publicitário.
Acho que já que a FIA quer criar uma fórmula para as marcas que não têm nas suas gamas carros competitivos para a categoria de Grupo N, estamos a falar da maioria, pois apenas a Mitsubishi e a Subaru detêm carros competitivos para esta categoria, então deveria equivaler os carros de grupo N, acessíveis a uma equipa privada, aos novos S2000, prioritariamente destinados a equipas oficiais dado o seu custo de aquisição e manutenção. Para o fazer não é preciso ir muito longe nem ser nenhum sobredotado da técnica, nivelem as performances jogando com o peso e com os restritores de admissão. Num grupo N não é preciso gastar dinheiro para se ganharem cem quilos ou então subam o peso dos S2000 de 1100 para aí uns 1250, solução que também é de borla, procedendo de forma igual em relação às medidas da admissão.
Poderíamos assim ter um campeonato ainda mais competitivo, mas acho que não é isso que as marcas e consequentemente a FIA, sustentada por estas, pretendem. Nada disto tem a ver com o desporto nem com a competição e realmente ninguém acredita que uma marca queira gastar dinheiro para depois andar a levar na cabeça de um Peres, com os seus carros preparados na garagem, ou de um Miguel Campos, que este ano também corre com uma equipa própria e sendo assim verêmos estes belos S2000 começarem a andar nas nossas belas provas e matar novamente um equilibrio e uma competitividade, que há muito não se via por cá.

Monday, July 10, 2006

Goodwood - o melhor da terra do automóvel VI


Para terminar este ciclo, de carros a andarem entre fardos de palha, nada melhor do que o rei das rectas das auto-estradas Alemãs, em plena acção numa estrada ultra-secundária, no interior do reino de Sua Majestade.

Goodwood - o melhor da terra do automóvel V


Não são só carros do dia-a-dia, super-carros, clássicos ou protótipos que se podem ver andar no improvisado circuito, por entre os fardos de palha também se vêem protótipos de Le Mans, WRC's e por mais incrível que pareça, até F1s aparecem por aquelas bandas.

Goodwood - o melhor da terra do automóvel IV


Ainda no outro dia estava a ganhar as 24 horas de Le Mans e uma semana depois já está aqui a dar mais umas voltas.

Goodwood - o melhor da terra do automóvel III


Por falar em carros que não existem, o que dizer deste Maybach que deve concorrer a uns dos carros mais absurdos de sempre. Só mesmo a Mercedes é que se permite criar tais aberrações...

Goodwood - o melhor da terra do automóvel II


Por falar em estudos de carros futuros, até a Prodrive se lembrou de levar um protótipo para umas voltas. Esperemos que a versão final seja um pouco mais estética do que esta.

Goodwood - o melhor da terra do automóvel


Dizer que Inglaterra é o berço do automóvel, parece um chavão, principalmente porque como todos sabemos a indústria automóvel praticamente não existe nesta ilha. Mas não é por não se fazer lá um monte de carros que a afirmação é falsa e também não o é lá por ter sido noutro sítio qualquer do planeta que primeiramente se inventou algo a que se chame de automóvel. Inglaterra é o berço do automóvel porque foi lá que nasceu o espírito e a filosofia que trasformam um carro em mais do que um meio de transporte e é também lá que esse espírito e essa filosofia continuam a manter-se e a serem fomentados ao mais alto nível.
Um dos expoentes do que estamos a escrever acontece todos os anos no "Goodwood Festival of Speed". Não se trata de mais uma concentração de meia dúzia de tipos endinheirados a darem nas vistas com as suas relíquias do passado, nem de um "track-day" onde uns aceleras vão esticar os carros do dia-a-dia. Nada disso, isto é muito para além do que se possa fazer em qualquer evento automóvel, aqui vêem-se, não relíquias nem carros do dia-a-dia, mas sim carros do futuro, que ainda nem sequer existem, a não ser nas páginas das revistas, mas que devido ao marketing envolvido neste evento, as marcas decidiram produzir antecipadamente, permitindo que milhares de fãs os possam ver a andar ao lado de todo o tipo de carros deste e do tempo passado. É verdade, podemos ver um destes Peugeot, que deve ser exemplar único, a andar num circuito que eles lá têem, que dizem que é parecido com uma subida de montanha, mas que não interessa nada, pois o que interessa é ver este autêntico protótipo ao lado do utilitário ainda com as compras do super-mercado.

Wednesday, July 05, 2006

Parabéns Portugal!!


Hoje é uma data particulaarmente feliz para o desporto Nacional, não sei se a selecção ganha ou não mas já sei que o Rali de Portugal volta a estar inscrito no Campeonato Mundial, já a partir do próximo ano. Volta assim a um sítio de onde nunca deveria ter saído e tenho a certeza de que por lá continuará durante muitos anos. Parabéns à FPAK e ao ACP que nunca desistiram de tentar este regresso e também porque o merecem, basta para tal ver a irrepreensível prova que todos os anos colocam na estrada.

Há que dar os parabéns - novamente


O Sata Rali dos Açores deste ano mostrou de novo a supremacia de Armindo Araújo no Nacional de Ralis. Mesmo para mim que sempre olhei para a condução do Armindo de uma forma céptica, tenho que dar a mão à palmatória (esta não é a primeira vez), pois os resultados demonstram que já há muito que o piloto e a equipa Mitsubishi se encontram num nível extra-terrestre.
No rali insular, para mim o mais belo do campeonato, esperava mais de Fernando Peres, que é dos pilotos mais impressionantes a andar no meio das hortenses, traído por uma falha mecânica. É de realçar que os Mitsubishis já não são aquelas máquinas indestrutíveis de outrora.
Pior que Peres esteve Miguel Campos andando muito tempo a levar na cabeça do Horácio Franco, que não é demérito nenhum, mas para quem queria andar a discutir o primeiro lugar então o piloto do Subaru tem muito que andar.
Mas a foto que se encontra aqui não pertence a nenhum dos pilotos anteriormente mencionados, pertence à dupla Pedro Meireles/Mário Castro, que teve uma bela prestação permitindo a Mário Castro, o melhor co-piloto do Nacional de Ralis, a sua melhor classificação de sempre no Rali dos Açores, vencendo definitivamente a "mala-pata" que costumava ter nesta magnifica prova. Parabéns Mário.

Tuesday, July 04, 2006

Merecia mais


Villeneuve merecia mais certamente, pois este ano tem sido perseguido por sucessivas falhas mecânicas quando se encontra a fazer excelentes corridas. Quanto a mim tem sido um dos grandes pilotos deste ano, para não falar que é um dos maiores talentos da categoria para além de ter no seu curriculo uma das maiores ultrapassagens de sempre, na parabólica do Estoril, por fora e ainda por cima ao Schumacker. Mesmo tendo começado o ano como quase despedido e preterido para Heidfeld - o seu companheiro de equipa era nitidamente o favorito da BMW - deu a volta por cima vulgarizando o Alemão e conseguindo intrometer-se entre as primeiras equipas, logo a seguir à Ferrari, Renault e Mclaren. Contudo, apesar desta prestação notável de um dos poucos pilotos com algum carisma na F1, capaz de arrastar com ele muita da simpatia dos fãs deste desporto, continua sem futuro garantido, não se percebendo o que espera a BMW para renovar com quem lhe tem assegurado as melhores prestações do ano. Diga-se de passagem, que em competição a BMW não parece ter nenhuma das qualidades que são apontadas aos seus carros de dia-a-dia, não tendo qualquer feito de relevo em não-sei-quantos anos de participação, primeiro em parceria com a Williams e agora com a aquisição da Sauber. Não se percebe como é que é possível uma marca continuar a investir na categoria maior sem qualquer vislumbre de genialidade, de superioridade técnica ou de gestão, continuando ano após ano numa banalidade completa, tendo até agora passado completamente despercebidos, com excepção de Jacques Villeneuve.