S2000, o princípio do fim
Aí está o 207 S2000, para fazer concorrência ao Punto já lançado este ano. É o segundo carro produzido segundo as regras desta nova categoria a que se deverão juntar mais um ou dois de outras marcas já no próximo ano.
O carro está cheio de bom aspecto e deverá ser uma autêntica máquina a andar, mas não sei, no entanto, como se integrará no nosso campeonato. Espero sinceramente que não se integre, pois matará completamente o espírito competitivo que existe actualmente, com seis ou sete pilotos com montadas capazes de lutar pelos primeiro lugares, mesmo se o Armindo tem dominado, acho que isso se deve mais ao piloto do que ao carro.
Se estes carros entrarem no nosso campeonato, muito provavelmente através das marcas, então voltaremos ao antigamente, com dois ou três carros, com orçamentos incomportáveis para toda a gente a não ser para as marcas, a dominar completamente.Os outros ficarão esquecidos, em carros de grupo N, a definhar sem patrocínios, pois ninguém quer investir num carro que à partida já está em desvantagem técnica e consequentemente impossibilitado de chegar aos lugares que trazem algum retorno publicitário.
Acho que já que a FIA quer criar uma fórmula para as marcas que não têm nas suas gamas carros competitivos para a categoria de Grupo N, estamos a falar da maioria, pois apenas a Mitsubishi e a Subaru detêm carros competitivos para esta categoria, então deveria equivaler os carros de grupo N, acessíveis a uma equipa privada, aos novos S2000, prioritariamente destinados a equipas oficiais dado o seu custo de aquisição e manutenção. Para o fazer não é preciso ir muito longe nem ser nenhum sobredotado da técnica, nivelem as performances jogando com o peso e com os restritores de admissão. Num grupo N não é preciso gastar dinheiro para se ganharem cem quilos ou então subam o peso dos S2000 de 1100 para aí uns 1250, solução que também é de borla, procedendo de forma igual em relação às medidas da admissão.
Poderíamos assim ter um campeonato ainda mais competitivo, mas acho que não é isso que as marcas e consequentemente a FIA, sustentada por estas, pretendem. Nada disto tem a ver com o desporto nem com a competição e realmente ninguém acredita que uma marca queira gastar dinheiro para depois andar a levar na cabeça de um Peres, com os seus carros preparados na garagem, ou de um Miguel Campos, que este ano também corre com uma equipa própria e sendo assim verêmos estes belos S2000 começarem a andar nas nossas belas provas e matar novamente um equilibrio e uma competitividade, que há muito não se via por cá.
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