Sunday, June 01, 2014

Erzberg Rodeo

Acabou hoje, com a vitória de Jonny Walker, a vigésima edição do Erzberg Rodeo, a corrida impossível.

Esse é o mote primeiro dos organizadores, desenhar uma prova que seja impossível de acabar. Assim dito, desculpando a publicidade oportunista deste mote, dá para se ter uma ideia do que espera os concorrentes.

Dura um dia e é já um dos certames mais populares do mundo das duas rodas.

20 anos de loucura, que só podia acontecer num país como a Áustria, um dos mais civilzados do mundo.

Tuesday, May 27, 2014

Bentley é bemvinda

Hoje não estou com grande vontade de falar da (má) prestação do Kimi e do enfadonho GP do Mónaco.
Ao invés, foi bom ver a Bentley ganhar uma corrida. Foi bom porque há muito que não se via a mítica marca nas corridas e porque o seu carro é prova de que se pode ainda ser competitivo com formatos distintos, longe das tendências habituais.
É bom ver um "tanque de guerra" a zupar os carrinhos do costume.


Sunday, May 18, 2014

É por isto que a Lancia vive em nós

Capazes do melhor e do pior, mas muito mais do melhor, do extraordinário.

Friday, May 16, 2014

Mais uma da Lancia

A Lancia é daquelas marcas que está na grande parte dos corações dos amantes do automóvel, pura e simplesmente porque é capaz do melhor e logo a seguir deitar tudo a perder. É mais ou menos como o Jean Alesi, o Hamilton ou o Miguel Esteves Cardoso.

A mesma marca que nos deu o Stratos, o Fulvia, o 037 ou Deltona, agora saiu-se com uma espécie de Thema arraçado de um Chrysler qualquer feito para mafiosos e pseudo assassinos contratados.

O pior de tudo é que ao vivo é ainda mais feio que o Chrysler. Enfim, uma aberração. Enfim, Lancia.

Monday, May 05, 2014

Massa, quem é que o leva a sério?

O Massa apareceu com uma foto destas, mascarado de Jack Sparrow. Quem é que o pode levar a sério?

Thursday, May 01, 2014

Senna

Foi há vinte anos, mas certamente para todos os que lá estavam naquele dia, ou que assistiam na televisão, parece que foi ontem. Goste-se ou não do Ayrton, aquele foi um domingo marcante para qualquer fã do desporto automóvel.

Para mim foi o dia em que se perdeu um ser humano invulgarmente incrível, que traduzia uma quase divindade em, velocidade.

Sunday, April 27, 2014

Chicotadas

Montezemolo rings changes at Ferrari after poor start to F1 season

Anda tudo satisfeito com a chicotada psicológica do Luca, mas temos todos que nos lembrar que na F1 a tecnologia tem mais influência que a componente humana, pelo que tendo ainda que fazer mais de dois terços naquele carro, não é por trocarem as pessoas nas cadeiras que a falta de competitividade fica, de repente, resolvida.

Sunday, April 13, 2014

No fundo, no fundo, gostamos todos um bocadinho disto

Na semana passada foi o Rali de Portugal a demonstrar a capacidade organizativa e a paixão pelo desporto motorizado. Ontem e hoje foi no campeonato do mundo de Enduro, em Vale de Cambra, um sítio improvável para se ver um espectáculo de primeira, com uma imensidão de público.

Por mais que muita gente diga, incluindo eu, que Portugal é um país onde só há lugar para o futebol, acabo por concordar que não é por dizermos muitas vezes uma mentira que ela passa a ser verdadeira. No coração de muitos de nós Tugas, ainda bate a paixão por algo que queime gasolina e que sirva de pretexto para irmos para o meio do mato com a geleira cheia de minis.

Sunday, April 06, 2014

Sem título

Por mais que se ache estranho uma equipa de bebidas duvidosas dominar a F1, nos últimos anos, numa coisa temos todos que concordar, os tipos fazem as coisas bem, muito bem. Veja-se o programa de formação de pilotos, que entre outros, já gerou um Vettel e agora um Ricciardo.

As outras equipas, pelo menos muitas delas, têm muito a aprender com uma equipa de bebidas, sobre automobilismo.

 

Friday, March 21, 2014

Ayrton Senna

I find amazing for you to make such a question, Stewart, because you are very experienced and you know a lot about racing, and you should know that by being a racing driver you are under risks all the time. And by being a racing driver means you are racing with other people. And if you no longer go for a gap that exists, you're no longer a racing driver. Because we are competing. We are competing to win.

Sunday, March 16, 2014

Esquisito, muito esquisito

 

Os motores fazem um barulho horrendo, os narizes são uma anedota e a fiabilidade é patética. Da corrida de hoje fica a prestação do Bottas e do Magnussen, a decoração da Williams e a confirmação Ricciardo.

Tudo o resto foi andar para trás, graças à FIA e à sua inabilidade para gerir qualquer tipo de desporto. Quem é que se lembra de mudar absolutamente tudo numa F1 que finalmente parecia começar a funcionar.

Para além de todas as alterações técnicas, que só tornaram o desporto ainda mais caro, hoje ficámos sem dois campeões do mundo logo nas primeiras voltas, por nítida falta de fiabilidade - talvez a maior conquista da F1 nos últimos anos.

Preparem-se para um ano de F1 esquisito, muito esquisito.

 

Monday, March 10, 2014

Gorilla punch

Uns tipos na Dinamarca criaram esta moto, a partir de uma velhinha CB750, aí há uns cinco anos atrás.

Hoje em dia, para além de estar na moda, quase toda a gente que goste de motos tem uma Cafe Racer idealizada a partir da mítica CB750. Já vi muitas transformações, muitas "cafezadas", mas não vi ainda nenhuma tão brutal e espectacular como esta.

 

Friday, February 21, 2014

Muito melhor que tudo o resto

 

Não conduzi muitos carros, mas de todos os que conduzi poucos se distinguiam de forma determinante de todos os outros. Sim, um Fiat Uno é muito diferente de um SLS. No entanto a expectativa também se adapta, pelo que sabemos de antemão o que esperar de um Skoda Fabia e de um 911.

Para mim isto era a verdade, de que todos os carros se assemelham uns aos outros na fundo da sua essência, até que conduzi um Ferrari.

O 575 Maranello sempre foi um dos meus favoritos, pelo que tinha lido o suficiente sobre o GT italiano. Por mais que tenha lido e admirado, a experiência de conduzir foi muito para lá do que poderia imaginar. Não é o carro mais potente que conduzi, nem o mais leve, mas há ali algo que faz com que se conduza de outra forma. Tudo parace mais leve, mais preciso, mais rápido. Tudo parece diferente, para melhor. Como se a sua génese, na sua esséncia, tivesse sido criado de outra forma, como nenhum outro.

Não sei se é o chassis, a direcção, a suspensão, o equilibrio, ou seja lá o que for, ao pé daquilo tudo o resto é como dançar o tango com um lutador de Sumo.

Nunca tive o desejo incontornável de ter um Ferrari, acho que nunca me tentarei por comprar um, no entanto agora entendo muita da loucura à volta da marca italiana, ou melhor dos seus carros.

São de facto muito diferentes de tudo o resto. Para melhor.

 

Saturday, February 08, 2014

Era bom, mas hoje é melhor

Por vezes podemos pensar que o Dakar já foi mais competitivo do que agora, principalmente se nos lembrarmos de batalhas ultra renhidas como as que habitualmente se travavam entre Hubert Auriol e Cyril Neveu.

Tinha um poster da Cagiva da Lucky Strike, que admirei durante anos de meninice, o Auriol e o Neveu eram os meus heróis.

Mas mesmo se cresci a ver esses tempos épicos continuo a achar que o Dakar de hoje é melhor, por um simples factor, porque hoje em dia conseguimos assistir à prova sentados no sofá.

Antes apenas ouvíamos qualquer coisa, aqui e ali, sobre o decorrer da prova. Normalmente só obtinhamos alguma informação depois da prova terminar.

Hoje seguimos muitas vezes a prova em directo e todos os dias recebemos muitos minutos de imagem que nos mostram a beleza da mais louca corrida do mundo.

 

Saturday, February 01, 2014

Não tenho a certeza, mas acho que sim


Ainda não tenho a certeza, mas acho que as alterações introduzidas na F1 nos vão dar uma boa época. Os carros continuam feios, o barulho dos motores não entusiasma, mas esta coisa de limitarem o consumo, obrigando a uma gestão adicional e com um KERS mais forte, que permita ultrapassagens para além das zonas de DRS, pode dar um resultado bem bom.

Para além do mais parece que o Vettel não tem, para já, um carro canhão.

Parece que tem a vantagem é a Mercedes, o que até nem é mau, uma vez que a Williams e não só, usam motores germânicos.

Estou curioso para ver como fica a Ferrari e o Kimi no meio da salada que vai ser a primeira corrida do ano.

Saturday, January 18, 2014

O Dakar acaba hoje




O Dakar acaba hoje. É pena.

Não senti a intensidade competitiva de outros anos, mas acho que isso se deve a não simpatizar nem com o Roma, nem com o Peterhansel.

A mesma coisa nas motos, o Coma não me diz nada e o Barreda é ainda um miúdo desconhecido, apesar de parecer muito, muito rápido.

Acho que é a minha embirração com os espanhóis e com os franceses. Com excepção do Sainz, acho que não gosto de nenhum.

De qualquer das maneiras, ter dois carros, no último dia, separados por menos de um minuto é notável.

Se o Peterhansel ganhar, será das suas vitórias mais justificadas, pois para qualquer outro piloto, o atraso que acumulou na primeira semana de prova, seria impossível de recuperar. Para ele não, há prova até à bandeira de xadrez e até lá é a fundo.

Para Roma pode ser a derrota de uma vida, uma vez que tinha um avanço tal, que para qualquer outro se trataria apenas de gestão até ao final. Há dez anos atrás, ainda de moto, as câmaras apanharam-no sozinho, completamente desorientado no deserto, a chorar. Nessa altura percebi que o espanhol não tinha aquela tenacidade que caracteriza os grandes pilotos do deserto. Como era espanhol, no ano seguinte a Repsol lá o colocou a correr de carro e assim se tem arrastado até hoje, nunca passando de um piloto mediano. Se assim é, porque é que está à beira de ganhar um Dakar? Porque tem o melhor navegador do pelotão e no Dakar os navegadores ainda ganham provas.

Quanto ao resto, muito abaixo do esperado, começando pelo Nasser, passando pelo De Villiers e acabando no Gordon, que este ano nem se viu.

O Sainz esteve bem enquanto o carro deixou, mas a ilação é a mesma dos dois últimos anos: seja de buggy ou de 4x4, um privado já não consegue ganhar o Dakar. O poderio de uma equipa como a Mini é simplesmente demasiado grande.

Nas motos, a desilusão é só Tuga, pois com três pilotos apontados pelo menos ao pódio, apenas o Helder conseguiu aproximar-se de um quinto lugar, mas mesmo assim sem nunca mostrar velocidade ou consistência para almejar sequer o pódio. Muitos estarão a dizer que teve problemas com a moto que o atrasaram. Então vejam o Després, que teve problemas quase todos os dias com a Yamaha e recuperou até terceiro e se o Dakar tem mais dois ou três dias de duração ainda ganhava a prova.

O mínimo que se esperava dos Tugas era que andassem ao nível de um Barreda ou de um Duclos, ou mesmo do Pain. Mas não, entre a queda do Rúben, as lágrimas do Paulo e os lamentos do Helder, nenhum deu nas vistas, sequer por uma etapa.

Isso foi o que fez o Sousa, que fez o que lhe competia, andar o máximo enquanto o carro aguentasse, ganhando a primeira etapa. Apareceu, deu retorno à equipa e só foi pena que o carro se tenha finado no dia seguinte. Para história fica mais uma vitória numa etapa para o Tuga, mostrando uma rapidez que já nem eu me lembrava que ele tinha.

Sunday, January 05, 2014

Dakar com motos ao rubro




Há mais de dez anos que não se viam tantos construtores a lutar pela primazia das motos no Dakar. Depois de enfadonhos anos de KTMs contra KTMs, temos este ano também Hondas, Yamahas e Shercos, todas com argumentos para disputarem a vitória.

A Honda refez por completo a CRf e contratou tudo o que era piloto em ascensão. O ano transacto foi uma desilusão para o maior construtor do mundo, pelo que decidiu puxar pelos galões e mostrar porque é que o HRC emprega mais de três mil pessoas. Têm cinco pilotos muito bons, mas o que tem mais experiência, parece que começa a perder velocidade - o Helder Rodrigues, que há quem diga que nunca mais foi o mesmo depois do acidente de há um ano e meio atrás. O cabeça de lista de verá ser o espanhol Barreda e o Paulo Gonçalves a fazer de mochileiro.

A Yamaha não investiu grande coisa na moto, porque seguiu uma estratégia inversa, apostou tudo no piloto e contratou o Després. Para mim, apostou bem, porque o francês vale mais do que muitas motos bem preparadas.

A KTM tem o Coma e o Rúben, mais não sei quantos anos de muita experiência.

No fim, aparece a Sherco, que tem umas motos muitíssimo boas para uma empresa mais pequena que o catering da Honda! Emprega o francês Duclos, que é um excelente piloto.

Enfim, perspectiva-se uma luta com quatro construtores, renhida durante duas semanas.

Tuesday, December 24, 2013

Natal, neve e 911

 

O Natal fica bem com neve, um 911 fica bem com quase tudo e eu ficava bem com um presente destes... uns dias a conduzir na Lapónia.

Feliz Natal

Sunday, December 08, 2013

Bestas da estrada

Este é um post de desdém pelos condutores de motos BMW.

Podem dizer que é um velho ódio de estimação e eu aceito. De estimação, porque estes parvos da estrada há muito que têm o mesmo estilo e comportamento absolutamente abominável.

Hoje, com o sol a brilhar, lá me decidi a tirar a moto da garagem para dar a tradicional volta de domingo de manhã. Passados dois ou três minutos de condução, já estava a pensar para mim, como a condução de uma moto é fantástica, que sensação, algo impossível de experienciar em qualquer outro veículo, porque é que não saía mais vezes de moto (?), valia bem a pena aquele festival de cabedais, luvas e capacete.

Apesar dos poucos kms que faço, digo com orgulho que sou motard e como tal cumprimento ostensivamente os camaradas que cruzo na estrada, dou passagem, facilito, dou sinais de luzes...

Hoje de tão contente que ia, decidi, ao cruzar-me, cumprimentar dois artolas que vinham nas suas BMW GS. Fingiram que não viram e continuaram nos seus chaços de cilindros descaídos e malas da Campingaz. Que idiotas!

Foram sempre assim. Não sei se é uma promessa que fazem quando compram uma moto da marca, passarem a ser lentos e com a mania que andam montados em algo de especial.

A maior mancha que tenho na minha vida de motard, foi uma vez que aceitei um test-ride numa 1000RR, que tinha como condição participar num passeio da marca. A vergonha não foi por ir metido num bando de pseudo-pilotos lentos e empertigados, a vergonha veio quando me vi a ser confundido por uns inergúmenos que não respeitavam nada nem ninguém, não davam passagem, ocupavam toda a faixa de rodagem e estacionavam como se um carro se tratasse, buzinavam a torto e a direito, tudo a pouco mais do que o mínimo legal de velocidade.

Devo dizer que adorei a 1000RR, fizeram-me até uma proposta quase obscena para ficar com ela, mas só pelo receio de algum dia ser confundido com um anormal de capacete com bluetooth, nunca, mas mesmo nunca mais conduzirei uma BMW.