O melhor de 2012 - António Félix da Costa

Para não agoirar, até tenho algum receio em escrever sobre a prestação do piloto luso, em 2012, porque esta foi de tal nível que é inevitável projectar a F1 no seu futuro muito próximo. Vaticinei um futuro semelhante a Álvaro Parente e deu no que deu, infelizmente.
Desta, no entanto, acho que será mesmo inevitável, pois Félix da Costa teve um ano de tal forma impressionante, que dificílmente a Red Bull o deixará escapar. Não escrevo isto por estar a falar de um Tuga; a verdade é que vemos muitos pilotos a atingirem vitórias, com carreiras muito certinhas, muito higienizados, mas que ao primeiro obstáculo tudo cai como um castelo de cartas.
Este ano, o Tuga, ganhou tudo e de qualquer maneira, em não-sei-quantos carros diferentes, noutros tantos campeonatos e equipas. Mostra que a rapidez não é "trabalhada", é-lhe natural, inata, a chamada "velocidade todo-o-terreno", por cima de toda a folha. Isso é muito raro, ainda para mais numa F1 povoada por miúdos com aspecto de potenciais "namorados da barbie".
Um piloto destes, capaz de ganhar até com um carro de linhas, cheio de capacidade de adaptação, inteligência de corrida e velocidade, é caso muito raro, que de certeza nos dará muitas alegrias.







Já vi todo o tipo de comparações a descrever Kimi Raikkonen, a mais usual a ser feita com James Hunt. Apesar simpatizar bastante com Hunt, assim como com outros personagens utilizados, discordo completamente destas comparações.
Quanto a mim, Kimi tem já o seu lugar na história da F1 e tal não se deveu aos seus honestos comentários para as boxes, pelo seu lado mais boémio, ou pela forma descontraída com que sempre encarou o desporto. Ficará indelevelmente na história da categoria rainha, pelas suas vitórias, pela consistência das exibições, pela impressionante forma como regressou dois anos depois, desmistificando completamente Michael Schumacher, e acima de tudo, figurará para sempre na história pela sua velocidade.

























