Saturday, June 25, 2011

Mais da república das bananas




Não compreendo como é que se descobre que não há dinheiro para realizar uma prova como o Rali da Madeira a pouco mais de um mês da realização da mesma. Parece coisa da república das bananas. Que imagem passa de um país já de si com problemas de credibilidade lá fora.

Sunday, June 19, 2011

Pepinos franceses






As razões apontadas pela Peugeot para terem colocado o Lamy em pista apenas durante duas horas, nas vinte e quatro que tem a prova de Le Mans, parecem-se mais com as desculpas dos alemães acerca da contaminação com a bactéria E.Coli. Vergonhoso.

O Lamy, provavelmente o melhor piloto Luso de sempre, não merecia uma desconsideração destas.

A mais caricata desculpa dos franceses foi quando disseram que ele tinha dificuldade nas dobragens. Foi para rir. Devem-se ter esquecido que estavam a falar de um recordista em vitórias nas 24h de Nurburgring, talvez a prova mais difícil no que toca a ultrapassar pilotos mais lentos ou mais rápidos.

Tuesday, June 14, 2011

Obrigado Eurosport




Uma prova em que só os primeiros seis, em cinquenta e seis carros presentes, andam no mesmo segundo, deixando tudo o resto a calendários de distância não parece o tipo de corridas que eu veja. Se desses seis, três andarem a tentar ganhar a corrida através da poupança de combustível, então não se trata de certeza de uma corrida para mim.

Parece que não haveria razão nenhuma para eu ver um minuto sequer das 24h de Le Mans. No entanto, este ano vi umas largas horas da corrida, madrugada fora, devido à fantástica cobertura do Eurosport e ao nível de excelência dos comentários. Foram muitos e de bom nível os comentadores que passaram durante a transmissão e os comentadores residentes foram de uma qualidade inexcedível. Fiquei preso à TV e quando a longa corrida acabou, estava pronto para outra.

O automobilismo moderno, com excepção da F1, deve mais ao Eurosport do que à FIA. Este fim-de-semana tive mais uma prova disso.

Sunday, June 12, 2011

A vaca louca




Apesar de ser um Campeão do Mundo e de ter já muitas corridas de F1, o Hamilton não aprende. Arruinou a corrida do Webber, apesar deste lhe ter dado espaço e depois enfia-se na traseira do colega de equipa.

No final vai-se fazer de vítima como é habitual. A verdade é que apesar de ser dos mais talentosos pilotos do pelotão, não tem cabeça nenhuma.

Friday, June 10, 2011

O primeiro Supercarro




O DeTomaso Pantera foi o primeiro Supercarro que vi. Nunca foi bonito, mas afinal quase nenhum Supercarro o é. Parece que também não era grande coisa de se conduzir, mas também parece que quase nenhum o é. Enfim, cumpria a sua função, fazer com que o dono sentisse que era de novo menino e com que os meninos quisessem ser homens, para poderem possuir um.

Wednesday, June 08, 2011

Natalie Portman e o Jerónimo de Sousa





Sempre achei o SLK um carro bem desenhado, mesmo se a primeira versão era muito quadrada e a seguinte muito redonda. Quando vi o actual restyling fiquei boquiaberto com a facilidade com que se consegue estragar a estética de um carro.

A Natalie Portman não é a mulher mais bonita do mundo, mas possui uma graciosidade e beleza inequívocas. Imaginem agora que lhe implantavam a cabeça do Jerónimo de Sousa. Foi isso que fizeram ao SLK, mantiveram a linha de cintura, o pára-brisas e a traseira elegantes (o corpo da Natalie) e implantaram-lhe uma frente fora de escala, gigante, desproporcionada, enfim, a cabeça do Jerónimo de Sousa.

Sunday, June 05, 2011

Confusão no meio da bonança de GTs



Os campeonatos de GT sucedem-se como cogumelos por esse mundo fora e ainda bem, uma verdadeira lufada de competitividade no mundo das corridas com carros derivados de série.

Já percebemos que as corridas de turismos não têm grande futuro - se não fosse o Eurosport, o WTCC já estava morto - sendo que para além do mais, ver correr um Ferrari contra um Porsche tem muito mais piada do que ver um Seat contra um Chevrolet.

A única coisa que me irrita nas corridas de GTs é a história das classes. Por mais que me esforce, é sempre uma tremenda confusão distinguir entre GT1, GT2, GT3 e até GT4, todos a correr na mesma pista, ao mesmo tempo. Raramente se consegue perceber quem vai à frente de quem e mesmo para as marcas cria situações embaraçosas, como por exemplo um Aston Marttin a ser dobrado por um BMW Z4.

Na minha opinião deveriam simplificar as coisas e evitar que houvesse tanta classe a correr ao mesmo tempo. Tudo o resto é muito bom.

Monday, May 30, 2011

Mónaco ao melhor nível de sempre.



Para quem não viu o GP do Mónaco deste ano, tenho a dizer que foi uma corridaça.

Parece impossível que vi uma grande corrida nas ruas do Mónaco, onde normalmente é uma fila indiana do início ao fim da corrida, mas desta vez não. Desta vez houve de tudo, drama nas boxes, muita estratégia, acidentes q.b. e até ultrapassagens. Ultrapassagens das boas, daquelas mesmo, mesmo boas, protagonizadas pelo Schumi (2x), Hamilton (uma vaca louca que tem um instinto matador na altura de ultrapassar) e até o Massa teve o seu momento de antologia.

Em suma, assim vale a pena ver F1.

Monday, May 23, 2011

Mau demais



Da forma como estava a andar, não existem grandes dúvidas que o Vettel mereceu a vitória no GP em Barcelona. Também ninguém tem dúvidas que o Alonso, apesar de ter dado um ar da sua graça no início, não tinha qualquer hipótese contra os Red Bull e McLaren. Se até aqui são só certezas, que também ninguém duvide que o Massa é, desde o início da temporada, um corpo estranho, inerte e amorfo no seio da Ferrari.

Já ninguém lhe pede que contribua para ganhar seja o que for, mas pelo menos escusa de estender o tapete vermelho aos adversários, como fez ontem quando abriu passagem para o Vettel o ultrapassar, permitindo que este recuperasse alguma da desvantagem que tinha até então para o Alonso. Bem no início da corrida, comportou-se como um piloto do fim da tabela que tinha recebido uma bandeira azul.

Depois disto foi ainda pior, parecendo que estava a conduzir com o travão-de-mão puxado. A Ferrari falhou mais um ano no desenvolvimento do carro, mas isso é quase uma lotaria todos os anos. Já no caso do Massa não há surpresa nenhuma. Simplesmente não tem lugar entre os dez primeiros pilotos da categoria.

Sunday, May 08, 2011

Schumacher não é mau, os outros é que estão muito melhores



Eu não critiquei de forma alguma o regresso de Scumacher à F1, pelo contrário, acho que se alguém tem oportunidade de fazer o que gosta, independentemente da idade, então deverá fazê-lo o quanto antes.

Dito isto, estou à vontade para dizer que o "não-sei-quantas-vezes" campeão do mundo, voltou a fazer uma triste figura GP da Turquia. Ontem, durante a qualificação, não foi capaz de sair da frente do Hamilton, estragando uma volta lançada do inglês e hoje, na corrida, andou a dar pau em toda a gente que se atravessou no caminho dele, acabando por lutar na segunda metade do pelotão, enquanto o seu companheiro de equipa, apesar de conduzir um carro com notória falta de velocidade de ponta, andou sistematicamente nos cinco primeiros. Não sei se o tempo do Schumacher já passou, o que sei que hoje em dia existem muitos pilotos melhores que ele.

Para além das peripécias do Schumi, a corrida turca foi muito boa. Já há muito tempo que não via tantas paragens nas boxes e tantas ultrapassagens. Acho até - nunca pensei escrever isto! - que houve ultrapassagens a mais. Num dos pontos da pista turca o DRS transformava a manobra de ultrapassagem numa brincadeira de crianças, qualquer um conseguia.

Vettel no seu nível habitual, muito bom, Webber também, sendo que a surpresa veio mesmo do Alonso que com um Ferrari bem longe da performance dos Red Bull e dos McLaren, acabou em terceiro a apenas 10 segundos do primeiro. Muito bom o espanhol que hoje até comunicou com o engenheiro de pista em italiano, só para confundir os comentadores televisivos e, quem sabe, também a concorrência, habituada a ouvir tudo o que se diz no rádio em língua inglesa.

Tuesday, May 03, 2011

Visão (ou falta dela)



Ainda hoje me impressiona o facto do astro português do motociclismo correr com apoios maioritariamente espanhóis. Não é que o Miguel Oliveira precise de esmolas, mas a falta de visão das grandes empresas portuguesas, que poderiam ter no jovem piloto um veículo de publicidade por excelência, é atroz e espelha bem porque é que uns tipos a quem chamámos "troika" têm que nos vir ensinar a governar a casa.

No pelotão do MotoGP encontramos patrocínios das grandes petrolíferas mundiais, no entanto a Galp, que se diz uma empresa ibérica, não conseguiu perceber o potencial de um desporto que é o primeiro a seguir ao futebol em Espanha e onde pela primeira vez Portugal tem um ídolo por quem vibrar.

Saturday, April 30, 2011

911 GT3 RS 4.0



A Porsche ensina-nos há muito como fazer render um conceito. Na última geração acho até que exageraram um pouco, pois há tantas versões do mesmo carro que as mesmas se canibalizam um pouco umas às outras.

Pouco importa, parece que esta é a derradeira interpretação desta série, o 911 GT3 RS 4.0. Para mim, um dos que figurava de certeza em qualquer garagem de sonho.

Em suma, 500 cvs, 125cv/litro, 1360 kg e 7m27s numa volta ao Nurburgring!

O que faltava na lista de extras



Existem listas de extras e listas de extras. Há quem diga que a do Porsche Panamera é das mais completas de sempre, não faltando a cobertura em pêlo do volante e a esteira de esferas de madeira para um sentar mais confortável. Ah, não esquecer do suporte para o bloco de notas.

Monday, April 25, 2011

Ressureição

Cafe cowboy from benedict campbell on Vimeo.


Não gosto de máquinas velhas, por princípio. Sonho com um GT3 última geração, ou uma 1098 com quick-shift e embraiagem deslizante. Nunca me dei ao gosto de olhar para clássicos, máquinas que já tiveram os seus tempos de glória. Não que não ficassem bem na garagem, mas só para admirar e relembrar os tempos em que foram grandes. Para andar e acelerar temos o melhor que a tecnologia dos nossos dias nos dá, de forma análoga à substituição do Spectrum pelo iPad.

Não encaro o estilo "cafe-racer" como algo que estima o bolor e o cheiro a mofo. Não se trata de adorar espíritos passados. Trata-se de dar uma nova vida, um novo sentido a algo que já chegou ao fim da vida para que tinha sido concebido. Daí o fascínio de ver reinterpretados motores e quadros que já tiveram várias vidas passadas. Se há quem acredite que as máquinas têm alma, então é aqui que elas reencarnam.

Dolly Parton 30 polegadas



O diâmetro das jantes é como o tamanho do sutiã, quer-se com alguma dimensão. Neste caso, trinta polegadas parece-me um pouco exagerado, um pouco Dolly Parton.

O Dumbo não existe



O Coma e o Rúben Faria foram para o deserto mais uns tipos dos X-games, tentar fazer freestyle.

O problema é que ao invés dos malucos dos jogos da adrenalina, não levaram motos próprias para o efeito, decidiram levar as motos com que normalmente disputam o Dakar.

O resultado estava à vista, enquanto uns planavam pelas dunas os outros pareciam que estavam a tentar fazer voar um elefante.

Wednesday, April 20, 2011

A pensar no público, que é quem interessa


O último GP de F1 disputado na China foi das melhores corridas que vi ultimamente. O primeiro e o terceiro posto foram decididos nas últimas três voltas. Muito bom mesmo.

Para mim o que ainda falta na F1 moderna é visualização. Só num grande plano percebemos quem está a utilizar o DRS e só mesmo com a vista de dentro do carro se percebe quem está a usar o KERS.

Num troféu infinitamente mais básico que a F1, na VW Scirocco R-Cup, o público tem uma visualização infinitamente mais clara do que se passa com os chamados sistemas de "push-to-pass". Os carros têm uma luz à frente e outra atrás que acende sempre que o piloto aperta o botão do "boost" e como neste troféu este "gadget" tem um número limitado de 15 utilizações, podemos ver também na janela lateral quantas vezes já foi utilizado. Simples e eficaz, a pensar no público que é em última instância o objecto principal de uma corrida de automóveis.

Sunday, April 10, 2011

Auto-rádio, por favor.



É impressionante, a velocidade com que muda a percepção sobre o que deve ser um automóvel.

Infelizmente para nós, Tugas, não trocamos de automóvel tantas vezes como gostaríamos. O dia em que o fazemos é sempre especial, pois sabemos que irão passar largos anos sem que voltemos a sentir aquela sensação. Como tal, o momento em que estacionamos em frente ao café lá do bairro e mostramos a viatura à rapaziada pela primeira vez, faz parte do ritual e convém ser bem preparado. Memorizam-se detalhes, histórias sobre a compra, inflaciona-se o preço e por aí fora; da mesma forma, hoje em dia, como se fazia há vinte anos atrás. A diferença toda está na reacção da malta, nos comentários, nas perguntas.

O maluco dos computadores pergunta se "Tem sensores de estacionamento? E navegação? Tem sensor de chuva? Disco rígido?", logo de seguida o melómano pergunta "USB? Dá para ligar o iPod?", a que se junta o tipo da auto-estrada "Tem Cruise-control? ACC? Run-flat? Tem bancos aquecidos? Regulação eléctrica? Porta-copos?", mais o pai de família "Isofix? Como é a mala? DVD?". No final, para arrasar, em uníssono, "Qual é o consumo?".

Eu ainda suportava o "Tem ABS? E airbag? Direcção assistida? Vidros eléctricos?", mas isso foi há mais de dez anos atrás. O que aconteceu ao "Quantos cavalos tem? Bancos desportivos? E a suspensão?", "Como são os travões? Curva bem?", "A caixa? É curtinha?", "Tem autoblocante?", "Quanto pesam as jantes?", "Quanto é que dá?" ...

Esqueçam (!), hoje um carro é definido pelos gadgets, pelo número de botões e LCDs que tem no interior. O máximo que vos podem perguntar sobre as capacidades dinâmicas e de condução é se é confortável. Comprar um carro por ser confortável é como casar com uma mulher por ela ser pontual - talvez mude de ideias no futuro, quando tiver oitenta anos.

As marcas agem em conformidade, com listas de equipamento do tamanho das páginas amarelas. Cá para mim, a única cruz que não me esqueço de fazer numa lista de extras é no auto-rádio, quase tudo o resto é frescura.

A tradição M



A BMW abandonou os motores atmosféricos nos seus modelos mais desportivos, mas parece que foi só isso que mudou lá para os lados de Munique. Com o lançamento do novo M5 podemos concluir que a tradição mantém-se.

Wednesday, April 06, 2011

Não é a chuteira que faz o jogador



Típica sarda de quem não sabe o que tem debaixo do pé direito.