Aleluia
Numa altura em que os carros já não são carros, são monovolumes, MPVs e SUVs, os desportivos já não são desportivos, são Smart Roadster e GT TDIs, aparecem de quando a quando automóveis que enchem as medidas a quem vê neles algo mais do que um meio de transporte. O marasmo quebra-se, normalmente, com os restylings do 911 ou com os desportivos da Ferrari.
Existem, porém marcas, que fruto de algum devaneio deixam escapar, a espaços, automóveis a sério como é o caso do BMW M6.
Não é um monovolume, nem tem sete lugares, nem porta-copos, nem frigorífico, não tem barras no tejadilho, não tem DVD nem Playstation e não é a gasóleo. É muito mais curriqueiro, mais banal, só tem 500 cv, motor V10 a gasolina, duas portas, etc...e é lindo de morrer.
Qual é o mal de ter um design de cair para o lado, ser muito rápido e ser construído a pensar no prazer do condutor?
Apesar desta doença de carro estar acessível apenas a muitos poucos, não percebo por que é que não se alastra a outras marcas, outros segmentos outras gamas, como que de uma epidemia se tratásse, à semelhança da enfermidade contagiosa que se abateu sobre o parque automóvel actual, em que todos só têm um volume e andam a gasóleo.
Só gostava de poder escolher um carro em que não precisasse de ter 70 anos ou o Euromilhões para o poder comprar e não tivesse como principal característica a magnífica capacidade de fazer piqueniques com a familia e os vizinhos todos lá dentro enquanto vou pela Auto-estrada a gastar 3L aos 100 com um filtro anti-partículas.
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