As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Range Rover (20)
Quando ouvimos “Knocking on heaven’s door” cantada pela Avril Lavigne ou mesmo pelos Guns n’Roses, a razão pela qual gostamos do que ouvimos é porque na nossa cabeça está o original do Bob Dylan. Mesmo quando o intérprete é de elevada qualidade, como no caso da versão dos U2 de “Helter Skelter”, o que nos está inconscientemente a vir ao ouvido é a versão original dos Beatles.
Quando vêmos o Range Rover na actual versão Sport, a razão pela qual nos parece ainda mais espantoso é porque o que nos está sempre no sub-consciente a versão original.
Creio que foi desenhado no final dos anos sessenta, não sei bem por quem mas sei que foi o primeiro automóvel a ser exposto no Louvre, como símbolo de arte de engenharia contemporânea. É algo ainda mais marcante pelo facto de ser um carro de todo o terreno, supostamente sem concessões ao design.
O Range não foi apenas revolucionário no traço, marcou uma viragem no mundo automóvel iniciando por si só uma nova categoria no mercado, a dos carros TT ou jipes. Antes dele existia o Defender que tinha mercado apenas no exército, nas savanas africanas ou nas caçadas ao tigre na India. Com o Range podíamos cruzar na auto-estrada com conforto e estilo, andar na cidade deixando todos a pensar que mansão teríamos no campo, mesmo que vivêssemos num bloco de apartamentos. Melhor de tudo e algo que ainda hoje na era da tecnologia poucos conseguem igualar, o sacana do carro passava por qualquer coisa, desde corta-fogos às mais ingremes picadas de trial.
Gosto deles na versão mais vista em Portugal durante os anos oitenta e início dos noventa, com três portas, verde, preto, vermelho ou até branco é um carro do caraças especialmente quando equipado com insaciável V8 de 3,9 litros.
Provavelmente o único TT que figurará neste top será o Range Rover, não porque sinta a necessidade de ter um carro desta categoria aqui listado mas porque neste caso trata-se de algo muito especial.
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