Wednesday, October 07, 2009

Para evitar equívocos



Tenho que postar isto para evitar equívocos:

Da mesma forma que este é um espaço tendencioso a favor da Ferrari e da Ducati entre outros, também o poderia ser contra os triciclos, tractores, veículos a gasóleo ou eléctricos; só que não é.

Julgo que a única vez que critiquei aqui um carro a gasóleo foi quando do lançamento do Cayenne com este tipo de motorização. Para além do Cayenne ser a antítese do que se poderia esperar de uma marca de viaturas desportivas, de ter a agilidade, o peso e a velocidade de um glaciar, eu já tinha experimentado aquele motor num A6 e num Q7, podendo dizer com propriedade que para além da utilização em auto-estrada, o motor não vale nada. Tem certamente muitas e enormes vantagens, mas nenhuma daquelas que transformam o gosto pelos carros em algo de completamente irracional.

É claro que só quem não faz muitos quilómetros todos os dias é que não se apercebe das vantagens de um motor a gasóleo, como tal, a única razão pela qual não se louvam aqui estes veículos é a mesma pela qual não se louvam os carrinhos de golf, autocarros ou caravanas, porque simplesmente estes não têm piada nenhuma. É claro que eu não conduzi todos os carros a gasóleo, mas também não conduzi todas as autocaravanas e no entanto não me engano muito se disser que estas estão para a condução como a serradura está para a alta cozinha. As vantagens deste tipo de veículos não encaixam neste espaço, quem quiser ler sobre eles que compre o Autohoje.


PS: já fiz (e vou continuar a fazer) muitos mais kms a gasóleo do que a gasolina, só que dessa enorme distância percorrida em fogareiros, a única recordação que guardo é de quanto paguei a menos por cada km percorrido. Nada mais ficou como registo na minha memória, para além dos momentos em que estava parado (!) em frente à caixa registadora da bomba da Galp. Isso não é coisa sobre a qual goste de escrever, momentos em que estou parado, talvez quando começar um blog sobre economia e outro sobre postos de combustível, o faça.

8 comments:

Anonymous said...

Subscrevo completamente esta ideia.
Tenho saudades de andar no dia a dia num carro a gasolina. Mas infelizmente tal não é possível, por uma questão de custos.
Mas às vezes dá para pensar: quando existe uma versão do VW Tuareg com motor V12 6000 cc Tdi com 600 cv...
O Presidente

PLAKONA said...

Sobre o M3 eléctico... nada!
Sobre a escrita, muita treta e pouca uva!! Quem não tem prazer a guiar, perdão, conduzir um 635d ou um 335d ou um mesmo um 740d... e porque não dizer um A7 6.0 TDI que tive o prazer de ir de pendura há pouco tempo! Carro fabuloso.
É que parece que existe prazer e gosto em conduzir um Yago, ou um smart a gasolina!!!!
para quem gosta de carros no seu explendor geral, o que importa é saber se é um carro que dá prazer a conduzir e, para nós fãs do mundo automóvel, evidentemente que a potência e principalmente a construção conta. Não estou a ver um gallardo, com motor de 1.1 a dar prazer de condução a gasolina. Mas estou a ver um 335d a dar.
Logo, abaixo com os talibâs do mundo automóvel. Há que ser mais tolerante, pois senão é-se encredulo nas análises. Mais, a questão poupança nem entra em conta numa determinada gama de automóveis. Há carros a gasóleo e a gasolina bons e maus. Eu já tive fugareiros maus e tenho carros a gasólio bons e otros a gasolina maus. Fica a reflexão de democrática.... abraços

Anonymous said...

Desta vez tenho que concordar com o PLAKONA. O prazer de conduzir não depende só da potência e do tipo de combustível. Muitas vezes o enquadramento em que se conduz é tudo!

Anonymous said...

É um regalo ler este PLAKONA. Que fluidez no discurso, que domínio da gramática....até os erros ortográficos lhe ficam bem. Pelo enorme poder de argumentação, desta vez também concordo com ele.

Gui said...

http://www.youtube.com/watch?v=myXBVcQH7HU&feature=related

Houve um tempo em que o que se pretendia era encontrar o mais explosivo dos sistemas de combustão, com o intuito único de andar...! Motores, pneus, tudo à descrição a cada dia, não para poupar nem para durar, só para tirar tempos volta a volta.
Até agora só tive carros a diesel mas tambem nunca tirei nenhum tempo. São prioridades...
Enquanto que desporto é desporto, e não espero que o Federer use corda na raquete dele do mesmo material que eu tenho na minha, mesmo que a minha corda seja barata ou que aguente mais pancadas ou mesmo que seja mais ecológica, é capaz de não ter de perto os requesitos necessários para ser competitiva.
É uma comparação tonta mas estabelece uma interessante linha de pensamento em relação ao tópico dos "combustíveis"...

PLAKONA said...

1º desculpem lá a pontuação, gramática e possíveis erros, mas escrevo neste excelente blog sempre à pressa e ás vezes sem reler.
2º è com muito abrado que sempre que escrevo, existe uma discussão salutar... é para isso que existem os post its. BEM HAJAM a TODOS.
3º Gostaria de ter mais uns temas interessantes para que possamos interargir em conjunto sobre assuntos do ramo automóvel, da qual somos TODOS fãs incondicionais. Não é por acaso que sempre que há temas controversos, o número de mensagens dispara...e isto só deve de agradar ao bloguer.


Obrigado

pilotaço said...

è necessário salientar que se compararmos carros a gasóleo e a gasolina com potências similares é inegável que o prazer de condução de um carro a gasloina é muito superor. Do lado do gasóleo ficam sempre as melhores recuperações que não passam disso mesmo: exercícios de velocidade em linha recta! O peso superior deste tipo de motorizações provoca um dessiquilíbrio inevitável do chassis em curva. Se o objectivo de ter um carro não passar exclusivamente pelos kms em autobahns e poupança de euros a opção para ter um despotivo só pode ser a gasolina!

talibã said...

E quem fala (escreve) assim não é gago!!