Tuesday, November 29, 2011

O regresso do mais rápido


Apesar de achar que o finlandês rapidamente se desmotivará, devido à fraca competitividade do Renault/Lotus, é com agrado que vejo Kimi Raikkonen de novo na F1. Não lhe auguro sequer uma vitória, nos dois anos de contrato, mas certamente que enquanto ele acreditar que é possível, teremos fantásticos momentos de condução.

Há uns tempos lia uma revista que dizia que na F1 actual o Alonso valia, por si só, três décimos por volta, o Hamilton valia dois, e por aí fora. Na minha opinião, se o Alonso pelos seu dotes de condução vale três décimos, então o Kimi vale cinco.


***


Comentário:

Acima de tudo vai regressar à F1 um piloto preguiçoso sem capacidade de trabalho e competência para desenvolver um carro.Verdadeiramente o que está por detrás deste regresso são meras questões relacionadas com patrocínios.É rápido? É.É mais rápido do que Alonso e Hamilton? Não.Merece um lugar na F1? NãoNo entanto vamos dar o favor da dúvida e esperar que o indivíduo tenha mudado.

(Gonçalo)

Wednesday, November 23, 2011

Homenagem




O Rossi vai ao Monza Rali Show mais uma vez, sendo que desta vai com o patrocínio da Monster e aproveita um espaço livre no carro para prestar uma homenagem ao malogrado Marco Simonceli.

Saturday, November 19, 2011




Também sou daqueles que diz que um Ferrari tem que ser vermelho, mas esse dogma começa a ser cada vez mais violentado, principalmente quando vejo um California noutra cor que não a de sangue.

O California deve ser o primeiro Ferrari de sempre que não fica bem em vermelho.

Carros funerários





Não sou grande fã de carros pretos, o mesmo se passando com carros antigos, mas há sempre excepções como é o belo exemplo da foto.

Wednesday, November 16, 2011

Eternamente Fafe





O Rali de Portugal no Algarve é como um daqueles cigarros electrónicos que agora andam por aí: é muito mais civilizado e até se parece com o verdadeiro, só que não é bem a mesma coisa.

A notícia de que a edição de 2012 terá uma espécie de abertura em Fafe, antes de regressar ao Algarve para a prova a sério, parece-me uma passa profunda num SG Gigante, daquelas gostosas, de se fechar os olhos, daquelas de quem está a tentar deixar de fumar e não consegue.

Sunday, November 13, 2011

Loeb mereceu, Hirvonen não.





Há muito que não se via o Loeb tão esforçado para conquistar um campeonato do mundo. Teve que ir até à última prova para confirmar mais um título sobre o Hirvonen. Dito assim parece que o campeonato foi renhido, ou até que o Hirvonen poderia ter sido campeão. Poder podia, mas não seria um título merecido o do finlandês.

Houve outras vezes em que Hirvonen e a Ford mereciam o caneco, no entanto, tal não seria certamente este ano. A única razão pela qual Loeb teve que se esforçar tanto deve-se ao Ogier, o seu companheiro de equipa. Não fosse isso e este ano seria mais um passeio para o francês, o oito vezes campeão do mundo.

Sunday, November 06, 2011

Marco Simoncelli




Demorou para escrever aqui sobre o desaparecimento de Marco Simoncelli.

Mesmo se fiquei impressionado da vez que o vi correr ao vivo, não posso dizer que fosse um piloto que seguisse, ou que estivesse no meu lote de pilotos de eleição. No entanto, era um jovem com talento, o que vai escaceando na MotoGP de hoje em dia e ninguém merece morrer daquela maneira.

Depois de ver as imagens do acidente demorei a voltar a sentar-me numa moto. Um acidente brutal que arrepia qualquer um que gosta do sentimento de liberdade de uma máquina destas. Um acidente que nos deixa a pensar que aquele instrumento único de emoções, pode ser bastante perigoso e como tal deve ser tratado com respeito, com muito respeito.


Monday, October 31, 2011

Sousa chinês




O Autosport anda a alimentar uma espécie de mistério à volta do carro com que o Carlos Sousa vai ao Dakar.

Já há mais de duas semanas que se diz à "boca-cheia" que ele vai correr com uma marca chinesa, cujo nome não me lembro - não censuro ninguém por não saber o nome de marcas chinesas.

Parece que o carro é um dos antigos X3 da X-Raid, com carroçaria do tal carro chinês.

Pode ser só má-língua ou boato, de qualquer das maneiras não deve faltar muito para sabermos a verdade.

Sunday, October 30, 2011

Campos e 25 anos de Portalegre, do melhor.




Há muito que não ia ver um Portalegre, há muito que digo que o Filipe Campos é dos poucos pilotos de TT que realmente sabe para que servem os pedais e o volante de um automóvel.

Ontem tive mais uma vez a confirmação que o Portalegre é uma das melhores provas nacionais, quase ao nível de um Rali de Portugal e de que o Fililpe Campos é o melhor piloto nacional de TT, desde há muito.

Para além da exibição de antologia do piloto do Mini, valeu a pena ver um pelotão com boas máquinas apesar de tudo (quatro Minis!), uma prova de motas sempre espectacular e uns malucos de Quad que faziam levantar tudo sempre que passavam. É notável a forma como andavam os primeiros das motos de quatro rodas, gente muito corajosa.

Sem dúvida um Sábado muito bem passado no Alentejo, com um tempo soberbo, uma lista com um número record de inscritos, muito público e aquela organização que faz com que esta seja a prova rainha do TT, há já 25 anos.

Wednesday, October 26, 2011

Exemplo único, infelizmente

Mário Patrão, campeão nacional em motos de TT, foi excluído de participar na Baja Portalegre 500 deste ano, por ter andado a reconhecer o percurso ilegalmente.

Uma punição exemplar, de louvar bem alto. Bem-haja à organização por colocar alguma moralidade no desporto de estrada.

Os treinos ilegais são prática comum entre nós, sendo um dos cancros dos ralis e todas as outras modalidades de estrada. Os clubes e organizadores são coniventes e não se apercebem que para além de ser uma desonestidade para os concorrentes que não o fazem, criam uma antipatia para com o desporto entre as populações que recebem as provas, já que têm que levar com malta a andar a fundo muito antes das provas, sem qualquer segurança. Para além do mais habituam os pilotos a um facilitismo que irá prejudicar os pilotos que correrem lá fora, por exemplo no mundial, onde se tem que cumprir a lei, i.e., um número máximo de passagens em treinos.

Depois não se admirem dos super-homens que temos a correr por cá, cheguem a uma prova internacional e sejam zupados.

PS: eu já fiz reconhecimentos ilegais, não me orgulho de tal.


Sunday, October 23, 2011

Carro funerário

Já não é a primeira vez que me dizem que o Mini WRC parece um carro funerário, no entanto não deixo de ficar impressionado com a performance do carro inglês, face aos Citroen e Ford, que já andam há tantos anos nestas coisas dos ralis.


Tuesday, October 18, 2011

Nem por quinhentos Hamiltons




Estava a ver as noticias acerca da troca de um soldado israelita por quinhentos palestinianos.

Estou convencido que a Red Bull não trocava o Vettel nem por quinhentos Hamiltons.

O mesmo se passava na McLaren há dois anos atrás, não trocavam o Hamilton nem por quinhentos Alonsos. Hoje em dia já não se pode dizer o mesmo, a cotação do inglês não pára de cair desde então.

Sunday, October 09, 2011

Loeb o maior?




Há muito que existe uma corrente de opinião sobre o real valor de Seb Loeb, que afirma que o francês só tem tido a hegemonia ao longo da última década porque a Citroen tem-lhe dado consecutivamente os melhores carros de todo o pelotão. Quem há muito tem este tipo de afirmação justifica-a finalmente com alguns factos, como sejam as vitórias do seu companheiro de equipa Seb Ogier.

Que o Ford nunca foi carro para o Citroen, parece-me inquestionável. Já dizer que foi só por causa disso que o pluri-campeão do mundo nunca teve ninguém que lhe fizesse sombra, vai uma grande distância. Nem Solberg, nem Hirvonen, nem Latvala, nem Sordo, nem Gronholm, nem ninguém do seu tempo, considero que sejam pilotos ao nível do francês e mesmo que tivessem um Citroen igualzinho ao deste, continuariam como até aqui, a levar na cabeça.

De facto, este ano existe um companheiro de equipa capaz de o bater, mas isso é mais mérito do Ogier do que outra coisa. Sempre disse e mantenho que o Loeb é um extra-terrestre com super-poderes, entre banais humanos. Eventualmente Ogier é da mesma raça que ele.

Wednesday, October 05, 2011

O idiota austríaco





Niki Lauda foi um grande piloto, campeão do mundo, a companhia aérea que fundou não é das piores em que já andei, mas o austríaco é um daqueles idiotas que sobrevivem à volta da F1, fazendo comentários periodicamente incendiários para lembrar a toda a gente que ainda estão vivos.

Sunday, October 02, 2011

Genes de competição

Há um ano atrás a Ducati preparava-se para abandonar o mundial de SBK para investir tudo no MotoGP e poder pagar o salário ao Rossi. Deixaram para trás duas ou três equipas privadas a correr com as 1198.

Uma dessas equipas mostrou, com Carlos Checa aos comandos, que estas motos têm a competição nos genes e são particularmente talhadas para vencer, com ou sem o apoio de fábrica.

A Ducati é a Superbike por excelência e nunca deveria ter abandonado este campeonato, nem pelo Rossi.

Parabéns Checa!


Thursday, September 29, 2011

A vaca louca

Não é de hoje que escrevo que prefiro o Button ao Hamilton.

O pai do Hamilton saiu a terreiro para defender o filho, dizendo que a culpa é do management da carreira deste. Ora eu não vejo qualquer management na muito boa época de Button.

O problema de Hamilton é que apesar de muito espectacular e de ser talvez o mais empolgante piloto em pista, pura e simplesmente não pensa. É pena, porque jeito para o volante não lhe falta.


Saturday, September 24, 2011

O idiota escocês





Estava a ver o documentário sobre o Ayrton Senna e lembrei-me que na F1 existem muitos idiotas. Esta ideia veio-me à cabeça quando vi a entrevista truculenta que este artista do barrete xadrez estava a tentar fazer ao brasileiro. Certamente no top três dos idiotas da F1, Jackie Stewart.

Sunday, September 11, 2011

A bela e o monstro




O Mclaren Mp4 12-C - quem é que inventa estes nomes? - não é propriamente um monstro, mas também não é bonito e o pior é que o Ferrari 458 é o primeiro Ferrari de motor central bonito desde há muito. Ainda não o vi ao vivo, mas estou farto de o ver nos campeonatos de GT que passam na TV e se um carro fica bem com ailerons exagerados e com a pintura feita por patrocínios, então quando na pureza das suas linhas deve ser perfeito.

Estive a ler a revista EVO e parece que o Mclaren é uma máquina do outro mundo, mas todos parecem preferir o Ferrari e não é só por este ser mais rápido em pista. Parece que o McLaren é demasiado tecnológico, demasiado cirúrgico.

Provavelmente nunca experimentarei para poder emitir opinião, mas também não preciso de experimentar para dizer que nunca escolheria um carro que não tem auto-blocante. Será que aqueles tipos em Woking não se lembraram que quem gosta de carros com excesso de potência gosta de fazer uns power-slides ou uns donuts e derreter muita borracha?

Saturday, September 03, 2011

Claudio Castiglioni, o pai da moto europeia



Claudio Castiglioni, o pai da industria motociclística moderna europeia.

Título forte mas verdadeiro e justo. De Ducati, de Aprilia, de Cagiva, de MV Agusta, de KTM, Triumph ou Husqvarna, tenham sido ou não marcas ressuscitadas por ele, todos os que montam estas gloriosas máquinas produzidas no Velho Continente devem algo a este nobre empresário italiano.

Quando nos anos oitenta, através da Cagiva, decidiu fazer renascer a Ducati, levando-a não só ao pináculo do desporto motorizado, mas criando o potencial que a fez na marca que todos nós hoje conhecemos, Castiglioni estava a provar que era possível, que não mais teríamos que viver subjugados às RR japonesas ou apanhar Parkinson ao andar nos cavalos de pau americanos da Harley. Provou que a excelência do mundo das duas rodas ainda estava algures em Itália, que havia lugar para a diferença e que não era na produção em massa que recaíam os sonhos de muitos dos que gostavam de andar em duas rodas.

Depois daquele primeiro título no campeonato do mundo de Superbikes em 1990, com a Ducati, todos os outros acreditaram, que era possível. Construtores como a Aprilia, que deixou de fazer só pequenas máquinas a dois tempos e acreditou que conseguiria bater as japonesas no seu terreno, com canhões de 1000cc a quatro tempos. Construtores de "garagem" como a KTM que hoje até carros faz, para não falar da mítica Triumph ou da rainha MV Agusta, que voltou a deixar muitos corações a suspirar.

Castiglioni voltou a colocar uma marca europeia no mundial de velocidade, com a Cagiva de 500cc, ganhou o campeonato do mundo de SBK à toda poderosa Honda com a sua RC30. Ganhou campeonatos de enduro com a Husqvarna, deu-nos hinos, obras de arte, como a Cagiva Mito, a 916, Monster, terminando com a obra-prima, em conjunto com o seu eterno "alfaiate" Tamburini, ofereceu ao mundo a MV Agusta F4.

Uma semana depois do seu desaparecimento, um sincero obrigado Claudio Castiglioni.


Saturday, August 13, 2011

Nasceu cedo demais



Por falar em pilotos que nasceram fora do tempo, Luca Cadalora foi outro deles, um dos maiores pilotos italianos de sempre e um dos meus favoritos. Foi campeão nas classes mais baixas, mas nunca conseguiu domar as incontroláveis 500cc da classe rainha. Foi uma pena porque foi dos pilotos que melhor sabia o que era uma trajectória. Nunca foi campeão do mundo de 500cc, mas está lá bem em cima, ao lado de um Lawson ou de um Gardner.