Thursday, June 27, 2013

Esta corrida disse muito sobre o melhor

Nas sempre recorrentes discussões de quem foi o maior piloto que já vi correr, gostava de ter à mão o filme completo da corrida de inauguração do "novo" Nuerburgring, em 1984, em que a Mercedes convidou 11 campeões do mundo de F1 para guiarem o seu 190 na versão mais desportiva.

O carro era um taxi com um motor canhão e a maneabilidade de um super-petroleiro, pouco interessava.

Já a corrida diz tudo do que foi Ayrton Senna, então com 24 anos, chegou, deu espectáculo e venceu. Bateu, zupou, anulou, qualquer dos outros magos da condução presentes em pista - Lauda, Surtees, Jones, Hunt, Brabham, Hill, Scheckter, Rosberg.

Alain Prost também lá estava, acabou em décimo quinto lugar.

Sunday, June 23, 2013

Enduro a sério

Todos os anos a Red Bull patrocina esta loucura do Erzberg Rodeo. Este ano houve muita chuva, o que transformou uma prova já de si alucinante, numa autêntica loucura. Veja-se esta armadilha onde cairam mais de vinte pilotos.

Monday, June 17, 2013

À cara-podre


Não me manifestei muito sobre a morte do presidente da FPAK, na esperança de que tudo o que ele representava tivesse partido em conjunto.


Esperença vã, infundada, improcedente, como ficou bem visível no Rali Vidreiro deste ano. Desde uma marcha atrás feita por Adruzilo Lopes, já dentro de um controle, até ao golpe de ilusionismo que dá o melhor tempo ao piloto do Subaru, na superespecial, quando toda a gente viu que o antigo campeão foi zupado por Pedro Meireles, de tudo parece se ter passado na Marinha Grande.


Não tenho nada contra o Adruzilo, para além da falta de maneiras e da antipatia militante, até acho que é um bom piloto. Agora achar que numa superespecial, à frente de toda a gente, conseguia fazer alguém acreditar que fez o melhor tempo quando foi inapelávelmente batido pelo seu adversário, é querer fazer-nos passar todos por parvos.


Não sei de quem é a culpa, agora o mal está feito, o que me entristece é perceber que uma organização intencionalmente autista, irá provavelmente repetir tudo outra vez sem que ninguém peça consequências.


Que ninguém tenha dúvidas, já que não é a primeira vez que estes senhores arranjam coisas destas, existem interesses a servir e há quem os sirva de bom gosto, à "cara-podre".


Parece que estamos no mundo do futebol...



Sunday, June 02, 2013

Apenas se lhes exige a vitória





Hoje vi a corrida de MotoGP no Mugelo, uma corrida sem grande história. O Rossi abandonou na primeira volta e as Ducatis continuaram a arrastar-se em pista.

Podia dizer que as Ducati de MotoGP, estão a melhorar, já que agora andam normalmente nos dez primeiros e hoje até arrancaram do terceiro lugar da grelha. Não consigo contentar-me com estes pseudo-bons resultados, porque, na minha opinião, nada menos que a vitória lhes poderia ser exigido.

Não sou completamente doido ao fazer esta afirmação, faço-a com um fundamento.

Na última corrida de SBK realizada em Monza, não consegui ver nenhuma Ducati em pista, ambas estavam fora de prova, por motivos vários. OK, azares podem acontecer, mas não posso aceitar que o pelotão onde esta marca renasceu há vinte e quatro anos atrás só tivesse duas motos inscritas.

A Ducati era a força maior deste campeonato, tendo na grelha de partida, para além da equipa oficial inúmeras equipas satélite e equipas privadas, havendo sempre muitas motos da marca em cada prova. Hoje vemos o abandono total do campeonato onde conseguiram a glória recente, porquê?

A Ducati abandonou as SBK, o campeonato onde granjeou a sua legião de fãs para apostar tudo no MotoGP. Abateu equipas, abandonou o desenvolvimento da Panigale, terminou contratos com pilotos, para concentrar tudo no MotoGP.

Se esta foi a escolha estratégica da empresa, abandonar tudo em prol da classe rainha, então, como fã, não posso exigir nada menos do que a vitória no MotoGP.

Sunday, May 12, 2013

Queixinhas




É pena ouvir o Hamilton dizer, em desespero, que não consegue andar mais devagar. Isto aconteceu quando o seu engenheiro lhe pediu para abrandar, por forma a poupar os pneus.


Claro que toda a gente saltou de imediato para cima da Pirelli, dizendo que o que o construtor italiano está a fazer é estragar as corridas.


Honestamente isto parece-me conversa de futeboleiros a queixarem-se da arbitragem. Hoje vi um Lotus, dois Ferraris, um Force India a fazerem uma excelente corrida com os pneus disponíveis e mesmo os Red Bull fizeram a corrida possível, mas sem vir mal ao mundo.


A Pirelli deu à F1 aquilo que lhe tinham pedido, imprevisibilidade. Eu como espectador não tenho nada contra, mesmo se há pilotos como Hamilton que desaparecem durante a corrida. O problema poderá estar na forma como o inglês conduz, pois o seu colega de equipa acabou nos seis primeiros.


Há também quem diga que os pilotos agora não podem andar a fundo, com medo que os pneus não aguentem. Não foi isso que hoje vi na corrida dos três primeiros, pelo contrário andaram quase sempre no limite das capacidades do carro.


Se me disserem que o Vettel não consegue andar com estes pneus, eu até posso concordar em parte, se bem que o alemão nem se pode queixar muito, já que está à frente do campeonato. Se em tantos anos louvámos o Newey pelos carros que projectava, este ano só podemos esperar que o genial engenheiro da Red Bull ajuste o carro do campeão do mundo por forma a que este seja mais meigo com as borrachas.

Sunday, May 05, 2013

Dá pena vê-lo partir

 

Se por um lado dá pena ver o Rossi hoje em dia, podendo até pensar que se calhar já se devia ter reformado, por outro dá pena ver o Loeb a partir, pois sempre que volta ao WRC, o campeonato ganha outro interesse.
É estranho escrever isto, já que durante demasiados anos o francês retirou todo e qualquer interesse ao campeonato, tal era o seu domínio avassalador. Hoje, à medida que percebemos que o Ogier é um seu digno sucessor, ficamos sempre com ”água na boca" por mais um confronto entre mestre e aprendiz.
É mais ou menos como poder ter o Tyson e o Ali no mesmo ring a combater. O Alien contra o Predador. A Mónica Bellucci contra a Scarlett Johansson, num tanque de lama...
 

Custa ver o Rossi assim




Já muita gente começa a exteriorizar o desapontamento com a prestação do Rossi este ano. O melhor piloto de motos, pelo menos, dos últimos vinte cinco anos, não consegue andar entre os mais rápidos, como sempre tinha feito até há três anos atrás.

É certo que o italiano está diferente, não parece tão focado. Há quem diga que a idade não perdoa. Não creio que seja algo do ponto de vista físico, talvez apenas a vontade já não seja tão forte. É natural, são muitos anos em cima de duas rodas e julgo que já pensa como continuar a correr no futuro, mas agora em quatro rodas.

Tenho pena por duas razões, porque faz falta ao campeonato um Rossi competitivo e porque um campeão como ele merecia um final de carreira mais bem gerido.

De qualquer das maneiras, penso que ele melhorará um pouco assim que se habituar à Yamaha, que é radicalmente diferente da Ducati que pilotou nos últimos dois anos.

Sunday, April 28, 2013

Lisboa Art e Moto





Parece que nestes dias andaram uns "ferros" por Lisboa, muitos espanhóis, mas também muitos portugueses, numa coisa chamada Lisboa Art e Moto.

Não sei nada sobre a Art, sei um pouco sobre as Moto e honestamente, gosto. Gosto desta moda das Cafe Racers. Não pelos cromados, pelas patilhas, ou pelas calças com dobras. Gosto porque é uma celebração da moto. Gosto porque não cheira a mofo, como a cena das clássicas.

Do que muitas vezes não gosto é do condutor e/ou do pendura, com os seus cabedais e penicos "anos cinquenta ou sessenta". Não gosto porque estamos noutro século e se as motos espelham bem isso, os sinais dos tempos, os seus utilizadores parecem muitas vezes presos a um tempo que já não volta e que, entre nós, é até um pouco ridículo. Lisboa ou Porto, nunca tiveram uma onda rockeira ou de corredores de café. Isso é coisa de filme, do outro lado do Atlântico ou do Canal.

Mas o que importa mesmo são as máquinas e neste fim de semana, andaram muitas e bonitas por Lisboa.

Thursday, April 25, 2013

Hidrogénio em Le Mans




Vai estar em Le Mans, utilizando hidrogénio para transformar em energia para alimentar o motor eléctrico. Nada contra, a não ser aquelas laterais parecerem-se com dois tanques, provavelmente de hidrogénio a alta pressão...

Tuesday, April 09, 2013

O erro de Descartes



No Sábado estive em Fafe e partilhei da emoção daqueles milhares de fãs, quando se começou a falar de uma hipótese real do rali de Portugal voltar aquelas paragens.

Honestamente, nunca pensei que tal fosse voltar a acontecer, pois a razão - e as duas horas que demorei a sair do Confurco - leva-me a crer que em termos objectivos, o Algarve é um sítio muito melhor apetrechado para receber uma prova do mundial. Tem um aeroporto por perto, uma oferta hoteleira impar, melhores acessos, classificativas mais desanuviadas e uma região que bem precisa deste tipo de eventos para compensar um pouco a época baixa.

Foi um português, António Damásio que escreveu que não há razão sem emoção. Ficou famoso com tal afirmação, no livro que se tornou um best-seller, "O Erro de Descartes".

Fafe é o oposto do Algarve, é em tudo o que é concreto e objectivo, pior que o Algarve. A razão desaconselharia a troca, não fosse a emoção. A emoção de ver milhares a vibrar à beira da estrada. A emoção da verdadeira paixão pelo desporto automóvel. É essa emoção que justifica a razão da decisão de trazer o rali de volta à catedral.

António Damásio tinha razão, nada se decide sem emoção. A prova disso pode ser encontrada aqui mesmo, em Fafe e no seu Rali de Portugal.

Tuesday, April 02, 2013

OCC da Trafaria




Aquela série que passa no Discovery, em que o pai tatuado e com um bigode de Sandokan, passa a vida a ralhar com o filho que tem sempre os óculos de sol na cabeça, com o pretexto de que as motos que este constrói não são grande coisa, enquanto o outro filho aparece de repente, em frente à câmara, depois de uma trip de ácidos, tem seguidores pelo mundo inteiro. Até mesmo em Portugal existem fãs acérrimos que pegam numa pileca qualquer e com as sobras do talher lá de casa e com uma máquina de soldar, acreditam que irão reinventar a cena custom americana algures na Trafaria ou em Rio Tinto.

A diferença é que os broncos do programa do Discovery, dentro do género, até sabem fazer umas coisas, já por cá...

Saturday, March 30, 2013

O mais triste pódio de sempre

Muito se escreveu acerca da fraca obediência de Seb Vettel no último GP da Malásia. Honestamente, como espectador prefiro a desobediência do Vettel e a azia do Webber, do que as injustas ordens de equipa da Mercedes.

É claro que se fosse fã do Hamilton, da Mercedes ou mesmo se tivesse responsabilidades na equipa, diria sempre que as ordens que o Ross Brawn deu ao Rosberg, para nem sequer ousar ultrapassar o Hamilton, foram o mais correcto a fazer. Como já aqui escrevi antes, se tivesse alguma responsabilidade numa equipa de F1, haveria sempre um primeiro piloto e o outro teria que preterir sempre em favor do primeiro. Pura e simplesmente porque essa é a melhor estratégia para se ganharem campeonatos; que se lixe o desporto, a F1 é uma competição e os patrocinadores pagam para ver resultados.

Como espectador, prefiro sempre ver dois colegas de equipa degladiarem-se em pista - excepção feita ao Alonso e ao Massa - mesmo que isso signifique o fim da corrida para ambos.

Quanto à fraca obediência de Vettel, quanto à deslealdade para com um Webber que de repente ficou muito certinho, também observei tal desvio de carácter com agrado. O desporto automóvel tem essa particularidade fantástica, trazer ao de cima o melhor, mas muito mais, o pior de cada um.

Agora sabemos que o Vettel fará qualquer coisa para ganhar, passará por cima do colega, do chefe de equipa, da própria equipa se necessário... E depois? O mundo aclamou o Schumi durante uma década e ao pé dele o Vettel é um menino.

Também sabemos que o Webber consegue bancar a vítima, o sonso, a virgem ofendida; que o Rosberg será sempre um manso, e mansos não ganham campeonatos; que a Mercedes tem gente, a gerir a sua equipa, capaz de lhe dar um campeonato - com excepção do idiota do Lauda.

Mas para mim, mais importante que tudo, foi ficarmos todos a saber que, apesar de ser muitas vezes a "vaca louca" da corrida, de entrar nas boxes de outras equipas que não a sua, que apesar de ser dos mais fortes pilotos em corrida de sempre, o Hamilton é um tipo cheio de carácter, um tipo bem formado, o mais parecido com os pilotos da F1 do antigamente, daqueles que gostavam de ganhar, só mesmo com mérito próprio.

 

 

(***)

O que a mim me faz confusão é a ordem de equipa da RedBull. O Vettel estava claramente mais rápido do que o Webber e ainda faltavam algumas voltas para o final. O mais correcto teria sido: "deixa passar o Vettel" - é que no final do ano a diferença entre 25 e 18 pontos pode ser decisiva (recorde-se o que aconteceu no ano passado). O Vettel demonstrou que é um campeão e um verdadeiro corredor.

O que mais me surpreende em todos os comentários acerca deste episódio é a mudança de ponto de vista: no tempo do schumacher quando havia indicações para o Barrichelo deixar passar, o cabrão era o schumacher - nem sequer se falava da equipa; agora ninguém (e bem) personaliza estes acontecimentos. Estranho, ou talvez não?

Finalmente gostaria só de corrigir uma afirmação que revela alguma falta de memória: o mundo (excepto alemanha) nunca aclamou Schumacher. Foi sempre o mais detestado de todos os campeões...

Também uma coisa é certa. Não conheço verdadeiros campeões que não sejam/tenham sido polémicos.

Gonçalo

 

Saturday, March 23, 2013

Deixem lá as comparações

 

Ontem à noite, já só se ouvia dizer que Kubica era o novo Loeb, tal a sua forma de guiar e a maneira avassaladora como dominava o primeiro rali do europeu.

Que ele seja bom piloto, até acredito, mas para chegar a Loeb falta ainda muito. Para começar, diga-se que o Loeb não ficou conhecido por dar "frutas" como a que o Polaco deu hoje com o Citroen. As comparações de talento são sempre ingratas e quando se compara um extra-terrestre como o Sebastien Loeb, com um comum mortal, então a comparação passa a idiotice. Neste caso é como comparar um fósforo com o fogo de artifício da Madeira.

 

Sunday, March 17, 2013

Com esta vitória ninguém ficou triste

 

Toda a gente gosta de uma boa história de David e Golias, como tal, ninguém deverá estar triste com a vitória de hoje de Kimi Raikkonen, nem mesmo os tiffosi da Ferrari, os ferrenhos espanhóis do Alonso, ou seja lá quem for que torce pelo Vettel. Hoje ganhou uma equipa improvável, dizem que tecnicamente falida, com um piloto que há dois anos por esta altura, estava de calções no Algarve a preparar-se para correr no Rali de Portugal.

Por aqui, para além do David e do Golias, gosta-se especialmente do piloto vencedor. O Kimi é o piloto mais rápido que já vi correr. É certo que também já vi ao vivo o Ayrton, o Schumi, o Hakkinen e o Vettel, mas o que mais velocidade natural tinha é, sem dúvida o Kimi.

Para os que não gostam de Davide nem de Golias, que não gostam do kimi, nem da Lotus, mas que gostam de desporto automóvel, também estão certamente contentes, pois para além de todos os factores emocionais já enumerados atrás, o que assistimos hoje foi a uma tremenda corrida por parte do finlandês da Lotus. Corrida absolutamente perfeita.

Saturday, March 16, 2013

Pneus italianos

Toda a gente diz que o que a Pirelli fez é imoral, já que parece que os pneus para este ano serão novamente uma lotaria, de tão imprevisíveis. Acho que está toda a gente a exagerar e se há culpa não é da Pirelli, mas sim da FIA, que decidiu fazer um contrato com a marca italiana.

Toda a gente pensa que a Pirelli está a fazer de propósito, mas eu acho que estão enganados. Eles não conseguem é entregar pneus que funcionem normalmente. É só isso, incompetência para fazer algo durável e previsível, como estávamos habituados nos tempos da Bridgestone.

Mas poderia esperar-se outra coisa? Estamos a falar de Itália, a antítese do durável e do previsível. É gente que gosta de viver a vida, isso dos pneus, é uma coisa paralela. Senão vejam o video

Teoria da conspiração

É sempre difícil avaliar seja o que for através da televisão, mas já vi corridas em condições piores do que aquelas que levaram ao cancelamento dos treinos qualificativos no GP da Austrália. Todos já sabemos que a F1 se está a transformar num desporto para meninos, mas cancelar uma sessão de treinos só porque estava a chover, havendo pneus de chuva com fartura, é um pouco patético.

A FIA diz que estava a ficar sem luz natural e parece que a cadeia de televisão SKY, ficou sem electricidade para poder fazer a transmissão. Em primeiro, a escassês de luz natural deveu-se apenas aos sucessivos atrasos e adiamentos no começo da sessão classificativa e em segundo, estavam cadeias televisivas de todo o mundo a transmitir sem problemas.

Continuo sem ver uma razão plausível para a anulação da qualificação, a não ser devido à loucura que estes acontecimentos, intempestivos e incontroláveis, causam nas casas de apostas.

Os recentes escândalos no mundo do futebol, com resultados combinados e jogadores envolvidos numa teia mundial relacionada com as apostas desportivas, deram-nos a ideia de que essa coisa da vedade desportiva é uma piada. Com a possiblidade de termos hoje um outsider qualquer, a qualificar na frente dos habituais tubarões, devido à incerteza climatérica, estava instalada a loucura nas casas de apostas, já que,por exemplo, uma pole do Grosjean pagava uma autêntica barbaridade.

Isto tudo pode não passar de mais uma teoria da conspiração, mas uma coisa é certa, se houve alguém que benificiou com a restituição do status quo, foram as casas de apostas desportivas.

 

Monday, March 11, 2013

Síndrome de Sporting





Neste momento espero que já não haja dúvidas da incompetência de Malcolm Wilson, que durante anos acobertou, como chefe de fila, um piloto pouco mais do que aceitável.

O que assistimos hoje na VW, é mais do mesmo que assistimos durante anos na Ford. Um piloto que desperdiça todas as oportunidades, que queima tudo o que lhe dão para as mãos, um piloto que tem uma incapacidade tal para ser bem sucedido, que só se pode dizer que padece do "Síndrome Sporting Clube de Portugal".


Se fosse tudo assim, por cá no burgo




AJP de novo na frente. Depois da KTM Freeride ter inaugurado um novo segmento de motos TT, numa espécie de cruzamento entre uma moto de trial e outra de enduro, aí está a marca protuguesa, sem perder tempo, a dizer "presente", na sua filosofia habitual, de máquinas fiáveis a baixo custo.

Só o nome me parece pouco feliz, "AJP Ultrapassar", mas pode ser que além fronteiras funcione.

Esta moto mereceu destaque novamente na imprensa internacional. Nós por cá, para além de desgraças, só damos mesmo destaque ao futebol.

Tuesday, March 05, 2013

MV no Mundial





Este é o ano do regresso da MV Agusta ao mundial, concretamente ao Mundial de Supersport. A equipa ParkinGo tem credenciais e parece que o projecto tem potencial. O primeiro título já ganhou, com larga distância, o da moto mais bela do pelotão.

Sunday, March 03, 2013

Por favor, não estraguem

Já lá vai uma semana, mas com um início tão auspicioso, nunca é tarde para falar do Campeonato Português de Ralis.

Há muito que não via tanta gente na estrada, ou melhor, à beira dela. O dia estava bonito, havia mesmo muito público, apesar do frio e havia muitos carros para ver passar - quase que dava para esquecer a total falta de acolhimento do público, por parte da organização; não havia uma indicação, uma zona marcada para os espectadores, ou um parque de estacionamento, enfim, não fossem os carros de última geração e as torres eólicas na Lameirinha e parecia uma prova dos anos oitenta.

Gostei de ver passar o Bernardo, o Moura e o Meireles. Não gostei de ver o Campos, nem o Fontes.

O Bernardo vê-se que andou no Mundial. O Moura vê-se que tem muitos kms com o Mitsubishi e o Meireles, apesar de ter montado uns pneus de madeira que transformaram o Skoda num carro de drift, estava cheio de moral e de confiança.

O Campos nunca se encontrou com o carro, sabe-se lá porquê, mas há quem diga de o Mitsubishi espanhol pouco mais era que um carro do troféu que se pratica por aqueles lados - já agora, há que dizer a todos os fanáticos do piloto, que ele afinal não faz milagres e quando não tem um carro à altura, leva na cabeça como todos os outros.

O Fontes andou toda a manhã a pensar que estava num circuito aos comandos do Mercedes SLR e só lá para a tarde mostrou, neste caso ao Miguel, que ainda tem o kit de unhas para ralis.

Como disse, o começo foi auspicioso. Esperemos então que seja o primeiro de muitos e que a federação e os clubes não estraguem o que os pilotos conseguiram, seguramente a muito custo. Neste caso, já caiu a primeira nódoa num pano que se quer imaculado. Aliás, não sei se caiu a nódoa ou se esta já lá estava, pois há muito sabemos que o FCP não apresenta qualquer competência para organizar provas do Nacional de Ralis. Se juntarmos este clube, incapaz de fazer sequer um regulamento condigno, a uma federação que não é capaz de fazer cumprir o regulamento geral dos ralis, temos tudo para acabar com mais um campeonato de ralis em desgraça.