O miúdo outra vez
Caraças do miúdo, está a ficar insuportável, não basta nas MotoGP e na F1 com a Ferrari, agora tb com um carro de ralis.
Já escrevi acerca de Rossi, mas relacionado com a sua fantástica carreira nas motos, agora faço-o por causa dos seus feitos ao volante de um carro de ralis. Pois é “Il Dotore” ganhou o Master Show do Rally de Monza 2005, uma prova semelhante à corrida dos campeões, frente nem mais nem menos do que a Colin Mcrae. Está bem que o miúdo ía num Subaru e o Escocês voador num Skoda, mas mesmo assim bater um campeão do mundo de ralis conhecedor do Fabia e especialista da condução de um WRC neste tipo de super-especiais é sempre digno de nota. Não digo que Rossi é melhor que Colin, mas mesmo se o genial Italiano tinha um carro mais competitivo, teve sempre que se qualificar para a final, por eliminatórias batendo-se com outros experientes pilotos de ralis. E já agora, quantos pilotos no mundo inteiro se atreveriam a dizer que era fácil ganhar a Colin numa super-especial, mesmo que munidos de um Subaru WRC contra um Skoda Fabia WRC?
Na verdade, para além de se empenhar a fundo em tudo em que se envolve, Rossi beneficia tb dos milhares de kms de testes aos comandos do Ferrari de F1 e devido a ser quem é acredito que com os recursos ilimitados da scuderia, pode mesmo vir a tornar-se num piloto de F1 minimamente competitivo, em menos de um ano. Não sei se Rossi nasceu com aquilo que chamamos talento inato, ou velocidade natural, aos comandos de um F1, julgo que seria demais encontrar tanta virtude numa pessoa só, mas mesmo que assim seja, mesmo que seja um sobredotado da velocidade, seja ela com duas ou quatro rodas, julgo que não vingará pelo simples facto de que o talento necessita ser trabalhado e amadurecido, algo que todos os campeões de F1 fizeram em centenas de voltas desde o karting à fórmula Ford e por aí fora. Por mais dinheiro que a Ferrari coloque na formação do ídolo das duas rodas, não pode ultrapassar algo que não tem preço, a experiência. Não quero imaginar o pãnico de Rossifumi, na travagem para a primeira curva com 20 carros dentro de pista a desunharem-se por um lugar.
Lembro só uma das lendas do motociclismo, Jean Michel Bayle, que depois de ter ganho tudo no Supercross e Motocross, achou que poderia também ganhar nas pistas asfaltadas e apesar dos milhares de kms de testes e os meio ilimitados da equipa oficial da Honda, nunca passou de um piloto mediano, arrastando-se ano após ano no pelotão das 250 cc, nunca chegando sequer a mostrar-se competitivo para dar o salto para as 500 cc.
Agora que o sacana do puto encaracolado é rápido, lá isso é.
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