As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Alfa Romeu SZ (21)
A Renault baseou grande parte da campanha de lançamento do novo Clio RS no pára-choques traseiro, onde supostamente existe um extractor que através de um melhor escoamento do ar na parte inferior do veículo, aumenta o "downforce" aerodinâmico (efeito de solo). É mais ou menos como montar uma tenda de campismo e dizer que se construiu o Taj Mahal, mas tudo bem, é a força do marketing. O que é incrível é ver alguma imprensa automóvel a suspirar por causa de um pára-choques, quando o efeito de solo já está presente no automóvel do dia-a-dia há mais de trinta anos.
O Alfa Romeu SZ há 17 anos atrás explorava na totalidade este efeito aerodinâmico, e o "grip" da carroçaria era tão grande que permitia que o aileron servisse só para para estabilizar a traseira, estando mesmo montado em posição neutra. Era um carro do caraças, com capacidade para suportar 1,4 G laterais, valor que envergonha ainda hoje a maioria dos superdesportivos. Não tinha grandes mariquices, um guloso motor V6 com 210 Cvs, tracção traseira com autoblocante, num chassis que vinha do Alfa 75, mas o segredo eram mesmo as formas da carroçaria, que provocavam o "cliché" de que se gosta ou se odeia, tão comum nas verdadeiras obras de arte. Chamavam-lhe "Il Monstro" e para além de ser um verdadeiro paradigma da aerodinâmica, vê-lo ao vivo é uma experiência comovente. É sem dúvida um dos mais belos carros de sempre.
No comments:
Post a Comment