Monday, June 04, 2007

Isto é um não-comentário


Este “post” é um não-comentário. Deixei passar um dia para ver se haveria algo a dizer acerca da participação do Armindo no Rali da Acrópole e nada, simplesmente nada.

Talvez quem tenha acompanhado por “dentro” a participação lusa, possa tecer algum tipo de comentário, eu por aqui, que acompanhei apenas pelos tempos das classificativas e pelos resumos da TV, não consigo emitir opinião acerca de algo que, à distância, foi perfeitamente inócuo e sem conteúdo.

Li e ouvi, mais que uma vez, que entrou em prova com cautelas a pensar no campeonato. Acredito que sim e que esse seja um motivo válido para se andar a minutos do líder.

Para mim só se pensa no campeonato depois de se estar à frente deste.

Num campeonato que se supõe uma ante-câmara do WRC, o que se procura são pilotos que dêem nas vistas pela sua velocidade e virtuosidade. Regularidade para mim é no TT, depois dos quarenta.

Durante a prova ainda soubemos que perdeu tempo atrás de um tipo que tinha furado. São azares dos ralis que só não acontecem a quem não lá anda, ou a quem vai à frente dos outros todos.

No final ficou a saber-se que o carro tinha problemas desde a super-especial, o que daria mesmo origem ao abandono da prova. Algo que infelizmente também pode acontecer a qualquer um.

Dar a entender que um motor novo entregou a alma ao criador por algo apenas imputável a forças do oculto, ou por outra coiza qualquer tão vaga como o azar, é mais típico de uma sessão da Igreja Universal do Reino de Deus do que de uma equipa profissional, de um desporto que se suporta na ciência – a mecânica já é uma ciência reconhecida desde o Renascimento.

Todos estes acontecimentos naturais, plausíveis e justificáveis não deixam margem de manobra a comentários levianos. São coisas menos boas que acontecem – citar uma expressão do treinador Artur Jorge é algo que cai bem nestas alturas.

Só houve uma coisa digna da típica má lingua nacional, que praticamente passou à margem da percepção pública, muito devido à falta de comunicação, provavelmente por ser difícil aos editores acreditarem em tão invulgar acontecimento. Uma penalização aplicada (20 segundos) ao piloto luso, devido a linguagem imprópria para com outro piloto, proferida pelo rádio.

Até eu estou surpreendido, não pelo acontecimento em si – quem é que não dá as suas “carvalhadas” via rádio sabendo que uma multidão estará a ouvir? – mas pelo facto deste ser, de facto, o único facto que nos vai fazer lembrar a participação do Armindo Araújo, no Rali da Acrópole 2007.

3 comments:

Speeder76 said...

Pois... confesso que também vi a prova à distância. Até achei que estava a fazer uma prova mais ou menos boa. Chegou a ser terceiro, e desistiu quando andava em quarto.

Eu não sou daqueles que dizem mal do homem só porque desistiu ou porque não atacou. Para mim, isso é sintoma de alguém que não gosta de desporto, gosta dos vencedores. Ele há de ser melhor na próxima prova, isso tenho a certeza...

Já agora, amigo blogtorsport: tu estudas na Rep.Checa, não é? Não me digas que também queres ser médico...

AC said...

Os tempos de estudante já passaram, por aqui trabalha-se. Se de carros quase nada, de medicina nada sei.

Anonymous said...

Definitivamente este não é o piso do Armindo. Ele é bom é na neve...vamos esperar q pro ano neve no algarve para n voltarmos a assistir ao triste espectaculo deste ano.