Wednesday, June 27, 2007

Quem é que corre para vencer?



Nesta altura em que muita tinta ainda corre sobre a pseudo-luta entre o Alonso e o Hamilton no GP dos "states", lembrei-me desta entrevista do Ayrton.

Quantos pilotos correm de facto para vencer?

No último GP o Alonso não foi um deles. Para quem diz que estava mais rápido, o Alonso fez muito pouco para vencer. Tentou uma vez, não conseguiu e depois ... depois nada fez, passou a concentrar-se em fazer tangentes às boxes para reclamar com a equipa e a gritar pelo rádio que estava mais rápido, como se isso desse direito a ultrapassagem.

Também o Raikkonen, mesmo achando que é um dos mais rápidos do pelotão, também ele pouco ou nada tem feito para ganhar, está sem chama, limita-se direccionar o carro para o final. Decididamente não tem corrido para vencer.

Quanto ao video em si, mesmo quem não goste do Senna não pode deixar de achar piada ao brasileiro a tratar o Sir Jackie Stewart, por um singelo Stewart, como que a dizer dizer - "estás para aí armado em Larry King e mais pareces a Lili Caneças a fazer entrevistas".

6 comments:

Anonymous said...

Conseguiu ser um dos melhores pilotos de sempre da f1 e ainda um guru do desporto motorizado sem nunca se ter reformado.

Anonymous said...

Foi uma pena!!

jocasipe said...

Acho que o Raikonen vai aparecer a vencer na Europa. Talvez já em França.

Anonymous said...

Albano@DE said:

Caríssimo AC,

Muuuuuuuito obrigado por nos ires relembrando deste Senhor e da sua (quase sempre politicamente incorrecta) coluna vertebral.

Infelizmente já lá vão cerca de 13 anos do seu desaparecimento e as memórias da sua postura "de elefante em loja de porcelana" se vão desvanecendo.

Sem querer parecer o meu avô (mas que na realidade me sinto muitas vezes ao passar por estas recordações), mas o que apetece dizer é:
"Neste tempo é que era!!"

É certo que eramos nuito mais novos, mas que saudades do tempo em que nem sequer havia dúvidas de que TODOS os GP's se viam em directo.
Juntavam-se os amigos, via-se quem é que tinha os pais fora o fds e já se sabia que a casa em questão era o acampamento do fds.
Ia-se para a noite, regressava-se a casa pelas 02h45 para ver o GP e quam ainda tivesse "movida" voltava a sair pelas 04h30 para acabar a noite no "Via Rápida"...

Agora confesso que muitas vezes apenas o resumo vejo...
A última razão que fui tendo para seguir a F1 com atenção foi o Tiago Monteiro.
E aí F1 pela televisão e ao mesmo tempo seguia-se a telemetria básica da F1.com, a verficar os tempos por volta do Monteiro, os parciais e a ver quando é que apareceria novamente na televisão a ser dobrado ou por uma eventual tentativa de ultrapassagem.

Voltem Senna's, Mansel's, Alesi's, Patrese's e (imaginem eu a dizer isto) até Prost's. Estão aperdoados!!!

Anonymous said...

Não podia concordar mais contigo, Albano.

Esta é que foi a época de ouro da F1, com aqueles 4 fabulosos a disputar-se cada corrida com unhas e dentes, segundo pilotos com talento suficiente para dar-lhes o troco de vez em quando, um regulamento que dava para experimentações técnicas, aqueles nomes míticos (Tyrrell, Lotus, Ligier, Brabham, Arrows…) ainda no activo e a possibilidade para formações independentes de chegar *quase* de mãos a abanar e, mesmo assim, de conseguir abrir uma vaga entre as equipas de topo…

Também eram tempos em que o público costumava invadir as pistas para festejar ao pé do pódio... há quanto tempo já não se vê isso?

Naquela altura, cada piloto, cada equipa tinha a sua personalidade própria, a sua filosofia desportiva, técnica, a sua forma de competir e de comunicar. Agora está tudo nas mãos dos tipos do marketing, oriundos das mesmas escolas, aplicando placidamente os mesmos métodos. Está tudo calculado, tudo “policiado”. A estreiteza do regulamento técnico matou toda inventividade, as corridas decidam-se nas boxes (ou até antes mesmo da largada, na privacidade dos motorhomes), os pilotos falam sob controlo dos patrocinadores e parceiros técnicos… e até já “se fabricou” o primeiro piloto de laboratório, seleccionado, criado e treinado para vencer (Hamilton).

Então, onde está agora aquele palpite, aquela velha adrenalina? Bem, ao que parece, fica toda por conta de umas tantas babes de mini-saia... e mais nada! Bem sobre alguma coisa dos bons tempos no WRC, no LMS e no MotoGP, mas até quando? É de aproveitar enquanto dura, já que a FIA também está de olhos neles!…

PS: acerca do vídeo, também acho hilariante ver a cara de satisfeito do Senna, à espera de elogios por parte do Stewart (ver 1:08) fechar-se radicalmente quando se dá conta de que, muito pelo contrário, o “velhote” o está a criticar severamente (0:55). Um clássico!...

Anonymous said...

Pois, mas ainda muitos anos antes de alguém sequer imaginar que Senna seria um dos melhores pilotos de sempre, já Stewart tinha visto e anunciava isso. Ele disse que Ayrton Senna seria o novo grande campeão da F1 quando um dia o viu pilotar num teste dominando de forma perfeita e em simultâneo vários controles mecânicos do carro, antes da era da electrónica.