Merecido
O miúdo é rápido que nem uma bala, já o tinha dito aqui há muito, mas não ganha corridas sozinho, para tal basta ver a quantidade de vezes que andou a lamber o asfalto no ano passado.
Os pneus Bridgestone são os mais consistentes do pelotão e os técnicos da marca japonesa foram os que melhor fizeram o trabalho de casa, mas somente isso não ganha corridas, veja-se as prestações das outras motos equipadas com as mesmas borrachas.
A Ducati foi a moto mais equilibrada no cômputo geral do campeonato, mas isso não ganha campeonatos, vejam-se as classificações do Capirossi que não é nenhum lento.
A conquista de hoje, do campeonato do mundo de pilotos de MotoGP, deve-se acima de tudo ao conjunto Stoner/Ducati/Bridgestone, sendo este um exemplo perfeito de um conjunto é muito superior à soma das suas partes.
Fica, no entanto uma palavra especial para a Ducati - o miúdo Stoner já aqui foi bastamente elogiado - pois a pequena marca italiana venceu sem apelo nem agravo os gigantes japoneses, no seu próprio terreno. Para se ter ideia do desequilibrio de forças, atente-se no facto de que o departamento de competição da Honda (HRC) emprega mais pessoas que toda a companhia italiana, incluindo os trabalhadores da fábrica em Borgo Panigale.
A todos os que habitualmente apelidavam as motos vermelhas de "Sucati", estas respondem com um título mundial conquistado num ano em que as máquinas vermelhas desfilaram de forma imaculada, sem apresentarem um única falha.
Há também quem diga que escolher uma moto destas é como casar com uma tipa jeitosa sabendo que se vai ter problemas. Pois este ano a tipa não só era jeitosa como rápida e os problemas parece que se afogaram com o champanhe da vitória.
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