Quase tão rápido quanto um envelope postal
Já não é a primeira vez que me vêm gabar o interior do Panamera. E sim, o interior, ao contrário de quase todos os outros Porsches, é muito bem conseguido. O problema é que a conversa acaba aí.
Ainda não conheci ninguém que o tenha conduzido. Fala-se, neste caso como em muitos outros, sobre o que se viu ou sobre o que se leu. Infelizmente neste mundo mortal é assim mesmo, falamos dos golos que não marcámos, dos carros que não conduzimos e das mulheres que não...
Daí não vem mal ao mundo, pois se os verdadeiros automóveis vivessem só de quem os conduz, então já quase não existiam. Mas adiante, que é de um Porsche que estamos a falar, neste caso de um com quatro portas, que muita gente, por engano, diz que é o primeiro, eventualmente não querendo aceitar que o Cayenne também ostenta o emblema da marca de Zuffenhausen.
Gabar um carro desta marca pelo seu aspecto interior é pouco, muito pouco. É como falar da Pamela Anderson apenas por ela ser muito pontual. Melhores tempos virão certamente, caso a VW tome conta da Porsche, porque no sítio onde se fez o Carocha parece que ainda se sabem fazer carros a sério, do género do Veyron, Gallardo ou R8.
Entretanto teremos que ver um Porsche a levar na cabeça de um envelope postal, quando no mesmo programa já vimos um Bugatti zupar um avião ou mesmo um Nissan a escovar o comboio bala.
A seguir irão colocar um Cayenne a correr contra um beduíno no deserto...
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