Tuesday, May 22, 2007

Momentos de antologia - Senna vs Mansell no Mónaco 92



Em 1992, o Williams do Mansell era a base do carro que se tornaria, no ano seguinte, num dos F1 mais evoluídos de sempre, mas era já um carro fantástico.
O McLaren do Senna estava já no final da curva descendente dos motores Honda, para além disso era, como todos os McLaren, basicamente um chassis comum sem "gadgets" nem aparatos.
Mesmo com toda a desvantagem técnica, o Brasileiro conseguiu colocar-se à frente do Inglês após as paragens nas boxes - o Senna era também um bom estratega e foi o percursor nas tácticas de corrida, mesmo que sem a ajuda de um Ross Brawn - sendo que as três voltas finais desta corrida são impressionantes em impetuosidade, virtuosismo e velocidade, mas acima de tudo pela correcção com que tudo se disputou. Dois senhores!

2 comments:

Anonymous said...

O Williams FW14B de 1992 é, de longe, o melhor carro de sempre desta escuderia, claramente superior aos modelos de 93 e 94.

Além disso, também é o carro mais évoluído da história da F1 (e não o FW15C de 93 como está dito no comentário), com assistências électrónicas por todo o lado: caixa semi-automática, suspensão activa, contrôlo de tracção, contrôlo de arranque, ABS, direcção assistida...

Foi fruta de um desenvolvimento longo (mais de 2 anos), que permitiu ao Newey corrigir e melhorar o carro em todos os aspectos, sobretudo no que à fiabilidade diz respeito.

É que a Williams é uma équipa lenta e rigida, que gosta de trabalhar na continuidade, dum ano sobre o outro. Cada vez que muda o regulamento técnico, tem dificuldades em adaptar-se e perde terreno para o adversários.

Foi o que aconteceu em final de 92, e outra vez em 93 quando a FIA resolveu cortar nas ajudas électrónicas. Com esta viravolta radical, o novo carro ficou bastante mais difícil de conduzir, sendo mais "nervoso" na curvas rápidas e nos pisos irregulares.

Para 1993, perdeu a suspensão activa (agora só reactiva), pedra angular da sua filosofia de châssis. No entanto, manteve o reste da electrónica. Ironicamente e ao contrário do Mansell, o Prost não gostou muito dessa assistência toda, por preferir controlar o carro por meios mais naturais e directos, e lamentou uma perda crucial de "feeling mécanico".

Para 1994, o FW16 perdeu o que lhe sobrava da assistência électrónica e conformou-se ao regulamento sobre os reabastecimentos.

Até hoje, a Williams nunca mais teve um carro tão avassalador como o FW14B de 1992.

Anonymous said...

Isto sim é formula 1 em todo o seu esplendor. Ainda mais com comentarios à Jorge Perestrelo a sofrer pelo seu pais dá outro brilho a este video.