O Corsa da condução
Estava a ler acerca das escolas de condução, mais concretamente sobre os carros das escolas de condução e isso levou-me a pensar que é realmente incrível o número de pessoas que tira a carta todos os anos.
Quando penso no Opel Corsa em que tirei a carta, ainda me questiono como é que após a primeira aula não virei as costas a esta ideia dos automóveis. Dizem que as primeiras vezes são sempre as piores e este é certamente um dos casos que confirmam a regra.
O Corsa, para além de ter uma caixa de velocidades feita em madeira, a direcção era tão pesada que parecia que estava soldada ao tablier. A embraiagem tinha servido de inspiração ao inventor daquela máquina de ginástica para trabalhar os músculos das pernas, o “Power Stepper”. O motor 1.5 L a gasóleo vibrava tanto que quando estava ao ralenti, o auto-rádio de gaveta (o sistema anti-roubo mais idiota do mundo) saltava do tablier. O pequeno motor, à excepção da potência, produzia tudo o resto em grandes proporções, as já mencionadas vibrações, o barulho, o consumo de óleo e o fumo. Sim, muito fumo, tanto que dáva a sensação de estarmos de volta ao tempo da revolução industrial com os seus combóios fumegantes – só por causa disto poderiam chamar-lhe máquina do tempo.
Vendo bem a situação, acho que um autocarro seria um veículo mais aliciante para se tirar a carta.
Hoje em dia a situação não é muito diferente, o Corsa já não tem a hegemonia, mas só porque existem muitos mais carros tão maus ou piores e só mesmo uma fé inabalável de que o mundo automóvel será algo de extraordinário é que nos continua a fazer passar pela provação das aulas de condução
1 comment:
:-)
http://autoemocion.wordpress.com/2007/05/25/opel-corsa/
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