Não havia necessidade
Quando me ligaram a dizer que o Armindo tinha ganho a super-especial do rali do Japão, retorqui de imediato que seria algum erro da cronometragem. Verifiquei em mais do que um site a tabela de tempos e todos apontavam o português como vencedor, até que quando o site do WRC confirmou a classificação, finalmente acreditei. Não que eu não saiba da rapidez do Armindo, mas um Grupo N ganhar um troço aos WRC é mais do que improvável e sendo um português a fazê-lo, eu nem queria acreditar.
Ganhar uma super-especial com menos de dois quilómetros não diz muito acerca de um piloto, fazê-lo num carro do agrupamento de produção já diz um pouco mais, numa prova do campeonato do mundo, diz que pelo menos o tipo que ia com o volante nas mãos é rápido o suficiente para ter acreditado que podia zupar aquela malta toda e isso conta muito.
Pelo que escrevi acima tinha todas as razões para já ter aqui postado, no mínimo os parabéns à dupla portuguesa. Não o fiz e só estou a escrever agora por causa de um comentário.
Não escrevi porque não consegui dissociar um feito extraordinário do piloto, com a extraordinária incompetência da equipa. Ir daqui para o Japão para ser desclassificado por causa de um tubo é anedótico e mesmo que se diga que a culpa é dos tipos que venderam o carro, não desculpa uma equipa que se intitula como a oficial representante da Mitsubishi em Portugal.
Uma vez fui autuado porque o motociclo que conduzia não tinha piscas. Ainda repliquei que quem os tinha tirado tinha sido o dono, esse maluco, eu nada tinha a ver com isso, era só o utilizador. O polícia bem que acreditou que o dono do motociclo tinha sido um doido negligente, mas quem pagou a multa fui eu. Sacana do bófia que agora deve ser comissário técnico no Rali do Japão.
No comments:
Post a Comment