Monday, January 19, 2009

Dos chaços não reza a história



Nos últimos tempos tem sido tema de conversa recorrente, a nova fase Diesel da Porsche. Tenho recebido e-mails com fotografias de Porsches a puxar roulotes, a baterem recordes de consumo ou a comprovarem a sua segurança passiva em brutais acidentes na auto-estrada.

Têm sido, de facto, tempos muito difíceis, para os entusiastas. Difíceis porque o Porsche que vive no imaginário de todos os que gostam de automóveis, não habita nesse nosso local sagrado por qualquer das razões atrás mencionadas.

A todos os que deliram com todas estas “novas” características da marca de Estugarda, àqueles que têm um VW Touareg e que estão em bicos de pés por trocá-lo por um Cayenne a diesel, aos empreiteiros que esperam pelo início das obras do TGV trocar o classe E pelo Panamera, àqueles que têm um 307 CC e que sonham fazer o dia-a-dia num Boxster diesel, tenho a dizer que tais aspirações e anseios não têm nada de mal, são legítimas e válidas - se bem que não foi para este tipo de condutores que se criou o 911.

Aos outros, os que tinham o poster do 550 do James Dean pendurado por cima da cama, aos que tinham o 917 em miniatura, ao lado do 911 do Toivonen, aos que ainda se lembram do barulho do V6 turbo que equipava os McLaren de F1, ou do inconfundível trabalhar do seis cilindros opostos refrigerado a ar de um RSR e aos que conseguem identificar todas as versões do 911 só pela forma dos faróis da frente. A todos esses digo que estes devaneios não são de hoje, já existiram no passado, mas que no final será por tudo aquilo que a marca significa para vós que um Porsche será sempre um Porsche. Talvez esta sabedoria popular mude um pouco e passemos a dizer: “Um 911 será sempre um 911” ou “Um Carrera GT será sempre um Carrera GT”.

Afinal esta coisa do diesel e dos carros com utilidades de trabalho já não é de agora, o Cayenne diesel teve um antecessor no passado, como a foto testemunha. De certo uma viatura competente e briosa nos trabalhos da lavoura, mas da qual não reza a história. Será assim daqui a trinta anos, por exemplo o GT2 ainda figurará como um dos carros mais temíveis de sempre e da carroça a gasóleo que fez as delícias dos “patos bravos” e “azeiteiros” nacionais, não haverá qualquer memória.

3 comments:

Anonymous said...

Aguarda-se um comentário feroz do PLAKONA.

Anonymous said...

É com este tipo de textos autistas que faz com que os comentários deste blog tenham diminuido a olhos vistos! Também não será o meu texto que fará aumentar as audiências...e por falar em audiências talvez seja melhor o AC dessertar sofre programas humorísticos ( humor não lhe falta!)pois desperta mais as atenções e principalmente do sexo forte...o feminino!!!!


PLAKONA

Peter J said...

Quando se diz que a Porsche está a quebrar tradições é porque não se sabe do que se fala!
O 911 não sofre alterações, apenas é actualizado, este sim é o ícone da Porsche...
Mas todos os outros modelos do passado da Porsche têm história que muita gente desconhece!
Um Porsche de motor à frente, que estranho; um Porsche Diesel, pior ainda...
Quem faz estas afirmações não sabe o que diz!
A Porsche nasceu com a intenção de criar carros desportivos com qualidade... e não é o que tem feito?