Friday, May 15, 2009

Mais do mesmo


Para além das tonterias na F1, a FIA prepara-se para introduzir a regulamentação do “motor único”, i. e., uma motorização a ser desenvolvida para que sirva várias categorias. A ideia é ter um motor que dê para um carro de ralis e que com algumas pequenas alterações também dê par um monolugar ou veículo de resistência. É claro que desenvolver uma coisa tão versátil assim não sairá barato e depois manter também não, pois os compromissos técnicos nunca foram amigos das poupanças.

Caso seja implementado, o que vai acontecer daqui a dez anos é que vão chegar à conclusão que afinal isto do “motor para gregos e troianos” não foi assim uma grande ideia, à semelhança do que se está a passar agora com a regra do parque de assistência único, nas provas de ralis.

Há dez anos atrás quando vieram com a “boa nova” de um parque de assistência unitário em cada prova, era proclamado que tal medida salvaria as corridas de estrada. Hoje em dia, praticamente toda a gente está de acordo, que essa maravilha da regulamentação desportiva, não salvou a modalidade, acabando mesmo por, em muitos casos, afastá-la do público dos ralis e criou situações ridículas como ligações de estrada com mais de 150 kms.

Não me canso de puxar pelo exemplo das Superbikes, porque é a competição com o desenvolvimento mais exemplar das últimas décadas. Se querem cortar custos, então obriguem as equipas a utilizarem motores derivados de série. Tal beneficiaria não só os custos mas também a evolução da tecnologia dos veículos do dia-a-dia. Veja-se a evolução das motos de estrada nos últimos quinze anos - não são só as super-desportivas com matrícula que beneficiaram, hoje em dia, até as scooters têm algo que primeiro foi desenvolvido para ganhar corridas, numa miríade de inovações que vão desde os travões, aos pneus, passando pela injecção de combustível e acabando num mundo de electrónica – para se perceber como os veículos comerciais podem ganhar com a competição e veja-se uma corrida de SBK para se ficar embasbacado com a forma como uma competição pode ser espectacular partindo de motos saídas de um qualquer stand junto de si.

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