Sunday, March 02, 2008

Cheirou a gasolina e a algum gasóleo


Este foi o primeiro fim-de-semana do ano com cheiro intenso a gasolina, mais algum gasóleo à mistura vindo dos fogareiros da Seat no WTCC.

Nas Superbikes, Troy Bayliss e a Ducati começaram no nível esperado, arrasando tudo quanto era concorrência japonesa, deixando que a única provável ameaça se auto-anulasse - Max Biaggi mais uma vez a acabar as duas corridas do fim-de-semana na escapatória.

Depois de enorme pressão das marcas japonesas, pela primeira vez na história do campeonato, o regulamento deste ano obriga as bicilindricas (Ducati) a um peso mínimo superior ao das tetracilindricas. Parece que tal não foi suficiente para abrandar a Ducati 1098 e se à quarta prova o domínio italiano se mantiver então começará a receber penalizações que podem ir da adição de peso até à diminuição do restritor da admissão, tudo a bem do espectáculo e da competitividade.

Onde houve uma competitividade aparente foi no WRC, com o Latvala a dar trabalho ao Loeb até meio do rali. Foi no entanto sol de pouca dura e mesmo se o jovem piloto da Ford parece ter velocidade para incomodar o francês nos pisos mais escorregadios, isso não se manterá nas provas de asfalto e em ralis onde as classificativas sejam mais estreitas e não se possa andar com o carro tão solto. Como já aqui escrevi, se a FIA não tomar medidas de nivelamento entre os pilotos, como existem no WTCC com a adição de peso ou mesmo nas Superbikes com a redução da secção do restritor de admissão, este será mais um passeio para o Loeb.

Mais duas notas acerca da prova mexicana, a primeira para o aparecimento dos furos - quem andar acima das possibilidades como o Hirvonen andou, vai ficar ainda mais sujeito; com o desaparecimento das mousses anti-furo os exageros dos pilotos são agora mais evidentes e penalizados.
A segunda nota vai para a falta de investimento da Citroen no campeonato. Não é que a marca francesa não invista na sua equipa, mas a bem do campeonato deveria fazer como a Ford, cedendo e apoiando mais carros em equipas privadas, a fim de engrossar o número de pilotos no pelotão do mundial. É tempo da Citroen servir um pouco a modadalidade e não só servir-se dela.

No WTCC não houve nada de registo, a não ser um circuito (Curitiba) perfeitamente desinteressante, não tendo praticamente nenhuma curva rápida à excepção da entrada na recta da meta, parecendo desenhado por encomenda para os motores turbo dos Seat TDI. Se eu mandasse na BMW nem sequer tinha embarcado os carros para o Brazil.

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